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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A DRAMATICA E DESASTROSA LICAO DA LIBIA


A Jamahiriya socialista da Líbia com uma superfície de 1 760 000 km² é maior que Angola (contra 1 247 000) mas tem uma população com uma densidade de 3,5 hab/km². Isto representa quase o terço da nossa população. A Líbia é a maior produtora de petróleo no continente africano com uma produção de 300 000 barris por dia, cujo rendimento tem servido para o financiamento da promoção de Islão e banga para a família presidencial; isto o fashion show do arrogante Ghadaffi na Itália bem prova.

A dramática forma que facilitou ao coronel Muammar Ghadaffi a ascendência ao poder derrubando a monarquia num sagrante golpe militar em 1969 deu origem a uma revolução verde que foi-se angariando poderes a volta de um regime ditatorial e cleptocrático. Em 42 anos no poder, Ghadaffi só conseguiu travar muitos avanços sugeridos ou planejados para o continente em detrimento do avanço da religião islâmica que procurou a todo o custo implantar no continente. Este ajudou na instalação e financiou a construção de um mosque em Angola. Ghadaffi investiu muita riqueza na guerra religiosa no Sudão e Somália como tinha anexado no seu território uma parte chadiana. Ele foi um dos opositores a criação da Liga dos Estados de África Negra (LINA). Porém não vai-se negar que foi um dos activistas na criação da União Africana embora com a mesma intenção da expansão da religião islâmica.

Os últimos acontecimentos da dramatologia líbia têm tendência de culminar-se com um massacre económico e assiste-se já a um genocídio populacional. O coronel Ghadaffi vai desafiando a realidade e está determinado a morrer como mártir, levando ao mundo dos mortos seus filhos, que sempre teve por aliados político-militares, tudo igualmente como H. Saddam. A avalanche já partiu e não se pode travar!

A grande lição

Actualmente é difícil comparar a situação da Líbia com Angola, uma vez as similaridades são poucas. O que se passa presentemente na Líbia se difere totalmente daquilo que acontecera na Tunísia como no Egipto. A posição geográfica da Líbia não permitia evitar o vento destas manifestações, uma vez situada entre Egipto e Tunísia por enquanto Angola está longe deste espaço e tem uma população fatigada com guerras/sangue. Portanto pode-se também concluir que o surgimento deste movimento não tem nenhuma particularidade ou especificação em relação a este país ou aquela nação. Acredita-se que é um fenómeno do tempo porque chegou o tempo de mudanças e alteranças, já que o homem tem sofrido ao longo de séculos. Ninguém pode hoje explicar a origem dos ventos que sopram desde oceanos mas sente-se e vê-se as suas consequências e nelas o africano está postulando.

A única realidade em consideração é que o continente africano necessita mudanças e chegou o tempo para o africano dizer basta a miséria e sofrimento impostos pelos homens egoístas, dirigentes brutos, cobardes, ditadores, bandidos, gatunos, genocidários, assassinos, ameaçadores, esbanjadores e com gula de poder. Chegou o tempo dos sem vozes!

Logo que capturou o poder, Ghadaffi preparou-se para eliminar qualquer possibilidade para um golpe de estado. Ele investiu milhões para preparar regimentos para a protecção presidencial. Ele favoreceu a sua tribo com boas condições sociais mas negligenciou o resto do exército regular, como todo o resto de ditadores tem feitos. Eis a razão hoje que só a sua guarda pode suportar-lhe e a sua tribo continua alinhar-se com o regime. Este ponto prova com uma certa lógica a grande questão tão debatida de Makuta Nkondo. Ghadaffi tentou em vão na última hora encontra um terreno de asilo mas mesmo seus fiéis amigos como Hugo Chavez e Belursconi foram obrigados negar-lhe este direito. O máximo líder da Líbia viu-se isolado de todos e decidiu defender-se até o ultimo suspiro da sua vida. O homem foi sempre arrogante e o excesso da riqueza endoideceu-lhe por isso pensa colocar-se na posição de mestre dando lição ao seu povo e ao ocidente. Ele continua seguir cegamente o poder e disposto a eternizar-se na cadeira presidencial mesmo morto. Também tinha esquecido que nos tumultos, os comunistas russos não ajudam.

A Líbia foi sempre isolada do resto do mundo porque Ghadaffi não permitia a presença da média internacional no seu território. Os órgãos de comunicação social eram uma propriedade privada do ditador que operava como instituição de controlo. A internet e outros meios de comunicação que foram utilizadas para a mobilização desta revolução foram na Líbia suprimidas. Verificava-se que seria impossível manifestar-se hoje sem a massiva presença da média internacional e Ghadaffi impedira a penetração desta no seu solo. Portanto a voz e os gritos do povo da Líbia transbordou as ondas marítimas.

Outra coisa que Ghadaffi pensou anular foi a possibilidade de qualquer eventual manifestação na capital Tripoli, mas foi bem surpreendido uma vez a revolução partiu das províncias. Ele ficou traumatizado pelas reclamações da população e tentou refugiar-se numa toca dando espaço político ao seu filho, Saif Al-Islam Ghadaffi para calmar os manifestantes. Saif que apresentava-se com moderado e reformista tenta jogar a ultima carta mas se perdeu num discurso ameaçador e intimidativo contra a população, igualmente como de Dino Matros. O discurso do nosso Matros deixa transparente o antecipado pânico do MPLA, de dirigentes angolanos e de famílias do círculo da influência. Este apelo não vai repulsar as demonstrações, mas, é um agradável convite as manifestações! O discurso de Saif que precedeu o endiabrado discurso do ditador e arrogante Ghadaffi viria completar-se por acções barbáricas, onde o mundo inteiro assiste ao bombardeamento do povo indefeso pelas forças armadas com artilharia pesada, tanques, blindados e aviões.

Muammar G que em 42 anos no poder trabalhou negativamente está agora recolhendo os frutos das suas obras monstruosas mas procure culpabilizar a América de Obama até Osama Bin Laden. De forma que ordenou no passado a sabotagem do avião de Lockerbie matando mais de 300 britânicos e outros, está ordenando a carnificina das suas populações sem remorsos. O coronel não quer morrer sozinho mas quer primeiramente danificar e destruir completamente toda a economia para deixar atrás um povo numa ruína sem hipótese de vida. Este drogado está disposto a morrer como um sujo kamikaze maluco.

Ghadaffi não foi só negado, rejeitado e abandonado pelo povo que oprimiu durante longos anos mas batalhões militares aliaram-se ao povo. Pilotos desobedeceram ordens de bombardear as populações. Diplomatas que o representaram fielmente abandonaram o barco em naufrágio e levantaram vozes apelando contra as atrocidades de uma desesperada família e desequilibrado presidente.

O comportamento de Ghadaffi demonstra hoje a qualidade de homens que dirigem-nos em África. Esses homens não só vem para dirigir-nos com ferro e fogo mas são dispostos de massacrar quando entender e como quiserem. Eis a razão que nunca conseguiram diferenciar seus bolsos privados ao do estado. Hoje o mundo que ficou silencioso aos massacres económicos perpetuados pelos dirigentes que foram-nos impostos aceita que fomos liderados por maníacos; homens com corações de ferro que nunca pressentiram feelings.
  
Uma coisa é certa, Angola ainda tem influências no exterior e consegue comprar o silêncio do mundo capitalista para presenciar a um divertimento muito horrível na praça da independência. Isto a governação angolana tem coragem de oferecer ao mundo, mas o angolano tem surpresas como o africano tem determinação. Então tudo é possível…

Who will be the next? The time will tell.



Nkituavanga II

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O CACHORRO DO VELHO


Ainda não terminei a minha frase prognóstica sobre os acontecimentos que se desenvolve neste ano na casa do meu vizinho, quando de repente as concretizações vão dando aparências numa velocidade surpreendente que exigem uma reflexão e analises daquilo que o tempo reserva para mim ou na nossa casa. A verdade é que não sou humano mas sim um simples canino que foi comprado por simples razões e para simples objectivos. O tumulto que vejo, assisto e vivo hoje não é em consonância aquilo que foi preconizado pelos donos que foram forçados pelos ventos das forças misteriosas que carreguem tudo no seu perfilo negando qualquer hipótese aos patrões de confrontá-los ou mesmo de resistir contra suas pressões.

Na realidade sou um simples cachorro que foi ontem adquirido, quando afligidas pelas tautologias que as ocorrências sociais dos dia-a-dia as filhas menores solicitaram ao velho, meu dono, que é o pai chefe da família e dono da casa onde vivo, respondendo assim ao pedido da moçada. Fui então nesta altura comprado para servir de brinquedo as filhas do meu dono. Foi autenticamente neste contexto que fui instalado nesta família como objecto, de ser talvez eternamente uma propriedade privada desta família. Assim sou hoje um povo sem valor, excepto nas épocas das eleições!

Por ser um instrumento de pouco valor mas bom acompanhante nos momentos infelizes da família, vivo umas realidades que o mundo fora não percebe. Este mundo pode adivinhar e sonhar a minha fortuna mas acredita nela duma forma duvidosa. Duvidosamente acredita nos tratos que tenho sido alvo porque a aparência do meu dono, do meu mestre não se conota com nenhuma virilidade, agressividade pois é de natureza meiga. Pouco importa o que outros cachorros vivem nas suas respectivas casas. Não diria suas casas uma vez tem estatutos de propriedades e não proprietários mas o lapso de caridade que me é ofertada pela rapaziada nos poucos momentos da minha felicidade obriga considerar esta de minha casa. Na realidade sou…eu dizia que dentro das quatro paredes no quintal do meu dono sou muitas vezes capturado. Digo capturado porque vivo momentos sem liberdade, limitado de todos os meus direitos pois fico acorrentado. Esses foram e são sempre os momentos da angústia na minha inútil vida. Nos tais momentos, fazem de mim um escravo não destinado ao comércio triangular mas dão-me as mesmas características; amarado com uma corrente do pescoço a grande betão que serve de suporte a casota onde se armazena outros equipamentos. Dali fico exposto aos braços de calor, frio, chuva que também devoram a minha liberdade. Finalmente sou agradecido com uma chicotada quando neste dia ou nesta hora tento ladrar como sinal de reclamação e assim dizem que sou um zangado. Portanto sou hoje um povo sem liberdade, excepto para eleger um candidatado já apontado que me é indicado.

Vejo os homens pois vivo com os meus patrões. Eles levam uma vida diferente enquanto a minha foi-me imposta. Alguém entendeu e decidiu que tenho assim de viver satisfazendo-lhe nas suas necessidades e isso pode alterar conforma a evolução e reacção das suas hormonas teleguiadas pelos raios solares que aquecem a manteiga dos seu cérebro. Não temos comunidade nem organização de cachorros por isso não temos onde e como reclamar. Mesmo se tiver espaço e tempo, somos naturalmente afónicos. Quem iria prestar atenção a um ser irracional: assim somos considerados e chamados pelos homens. Sou um cachorro que conhece curtos momentos de felicidade, que antecipa sempre a minha miséria. Embora que o meu velho, pretendia dizer o meu dono é rico, eu vivo com toda a pobreza com expoentes elevadas. Não tento me comparar ao homem mas penso ter o direito a vida. Não só foi-me proibido utilizar loiças (pratos e garfos) durante as pobres refeições. Este meu mestre alimenta-me com ossos, que deitam em baixo da mesa; nos dias positivos, isto é quando tem bom senso, senão tenho desenrascado sozinho na lixeira no pátio. Sou muitas vezes ignorado. Passo horas e dias sem comida e riem-se de mim até apelam-me por esquelético. Sou na realidade a consequência de maltrato. Assim sou hoje um povo que se alimenta de migalhas e do odor de boas comidas que invadem minhas narinas e que os deputados por mim eleitos se entulhem.

Eu sou o cachorro da casa ou da família cujo mestre comprou para também guardar a casa. Passo noites fora para proteger e defender as propriedades. O meu ladrar de dia torna-se pelo homem como pecado mas as noites sou muitas vezes convidado a ladrar contra intrusos invisíveis. Tenho que ladrar contra gatos e ratos, e mesmo ladrar contra ruídos, sopros e murmures mas os meus verdadeiros inimigos são bandidos armados e comanditados pelas instituições estatais. Há vezes sou chamado a ladrar contra a minha própria sombra; ladrar em tempos de medo e de frustração. Ladrar é a minha defesa mas também a minha comunicação e consolacao. Tenho que ladrar para proteger a paz daqueles falsos amigos que maltratem-me. Assim sou hoje um povo condenado a fantochada vida, convidado a lamber botas dos homens com e influencia de poder.

Por destino qualquer fui sempre o cachorro do meu mestre, brinquedo das filhas do mestre. Hoje há tempestade que rasa as esperanças de uns mas traz mudanças aos outros. Já não sou kambua de ontem pois ganhei certa massa e volume, sou robusto e consideram-me de cão. Por azaro da natureza ganhei um certo respeito, que o mestre e as filhas não gostam pois temem-se ocasionalmente de mim. Com a minha teimosia adquiri certa liberdade de circular, de negociar certas condições. Hoje tenho a brecha de decidir sobre quem tem o direito de entrar no quintal do meu mestre ou não. Tenho forças e capacidades de se defender contra qualquer eventualidade nas ruas da cidade do meu mestre e não preciso hipócrita protecção do homem. Hoje já não é fácil acorrentar-me como habitualmente. Já não preciso muito da alimentação domiciliar. Assim sou um povo que os meus dirigentes já não gostam mas aqui já não sou o cachorro. Agora os meus patrões odeiam-me só porque engrandeci e sou incontrolável, pois já não manipulem a vontade. Então agora odeiam-me e pensam se libertar de mim a todo o custo. Eles tem um plano maquiavélico, que ainda guardam como segredo mas mesmo sendo irracional já o decifrei.

O meu mestre, o meu dono e velho da casa em colaboração as filhas pensam vender-me aos comerciantes mas enganaram-se pois já ninguém precisa de comprar um grande cão; prefere-se cachorro. A outra alternativa planejada é de botar-me fora da casa mas numa aldeia/terra longínqua que não garante possibilidades de regresso ao domicílio. Eles não vão eliminar a possibilidade de matar-me e deitar os meus restos na lixeira uma vez não há controlo das organizações de defesa contra a crueldade animal.

A minha ferocidade salve-me e torna-se impossível ao velho controlar-me, as crianças brincar comigo como antes, dali consideram-me de cão raivoso e desamparem-se de mim, mas como sou cão na época da democracia e democrático posso me libertar deste trauma africana. Assim como povo vejo o que se passa no continente e no mundo e vou ganhando coragem. Não preciso de depender aos outros, já que posso negociar os meus direitos e reclamar o que me foi tanto roubado, proibido e libertar-se daquilo que foi-me imposto. Já não sou afónico mesmo sem assistência da comunidade internacional, muitas vezes corrompida pelas governações locais. Tenho o direito de negar o estatuto que me foi imposto perante as indiferenças desta comunidade internacional. Sou o futuro da nação de do continente. Eu sou, inexplicadamente pelas vontades alheias, um bom rico africano pobre.

Ora viver bem não implica possuir uma consciência branca, e praticamente já foi verificada que foi a consciência branca que colocou a África a miséria; quando já existia uma consciência africanamente purificada.


Nkituavanga II

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

LUPA BIBLICA: AS LACUNARIAS INFORMATIVAS


O direito a expressão ou simplesmente o direito a palavra é classificado entre os direitos primários do homem que complete o quadro, que consta na lista de direito a vida: direito de comer e beber (questão da quantidade) para não dizer ainda de se alimentar (qualidade) porque em Angola muitos nunca mais conseguiram se alimentar, pois constitui hoje um privilégio só para ricaços. Porquanto pouco importa ainda falar do trabalho, saúde, formação escolar e profissional, alojamento e salário compatível, porque crentes como não todos vivem a base da fé, com a expectativa de um milagroso acontecimento.

Na Lupa bíblica nunca se manipulou a palavra, oferecendo-a uma autoridade de lapidar a nação ou o sistema angolano mas procuremos uma forma de interpretar as coisas numa visão especificada angolanamente. Isto é localizar as causas e efeitos da palavra dentro da realidade angolana, focalizando-se mais na sensibilidade do dia-a-dia social do terreno. Não é fácil debruçar-se neste sentido, por enquanto muitos ainda não se aperceberam que a Bíblia é a mãe de todos os livros e a teologia é o fulcro de todas as ciências. Esta autenticidade da palavra santa foi o estímulo para Cristo de falar, declarar, argumentar sobre a história, geografia, oceanografia, agricultura e agronomia, matemática, finanças, economia, filosofia, medicina, física, biologia física e marítima, cultura e tradição, literatura, demografia, estatística etc. Eis a razão que surpreendia, aturdia e escandalizava os fariseus e escribas dizendo: não é este a carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de judas e de Simão? E não estão aqui connosco suas irmãs? De onde lhe vem esta sabedoria? Ele que nunca estudou!

Hoje seleccionou-se uma passagem para expor uma veracidade que o homem vê, sente e nela vive mas prefere ignorar, negar e rejeitar as acções dos seus ouvidos, olhos e consciência. Contudo entende-se porque alguns nasceram ou escolheram de ser teimosos, limitados e outros continuam no cativeiro do obscurantismo colonial reforçado hoje pela política da exclusão social. Vejamos

Oséas 4:6
O meu povo está padecendo, porque lhe falta o conhecimento…

O Livro da sabedoria está generalizando, ou melhor globalizando este versículo. Esta passagem uma vez dirigindo-se só aos angolanos seria assim apresentada: O meu povo de Angola padece, porque lhe falta o conhecimento. A Bíblia fala aqui deste direito a palavra não como direito primário mas divino. O homem que se difere completamente do animal recebeu do seu Criador o direito a palavra porque foi-lhe dado capacidade de analisar, planificar, decidir, resolver e inovar. Sendo o único ser espiritual que tem alma e vive num corpo, o homem tem uma especificidade que nenhum outro elemento possui.

O direito a palavra que também constitui um importante e decisivo atributo na democracia existiu mesmo antes da sociedade primitiva. O direito a palavra é simplesmente aquilo que se considera como direito ao conhecimento, que doutra forma seria o direito a informação. Na democratização das estruturas dentro de um sistema social primado pelas liberdades a informação seja ela escrita, verbal ou oral em diferentes formas serve de pontes da correspondência e troca. O conhecimento ou informação é o elo da ligação em qualquer tipo de relação social entre humanos, grupos ou colectividades ou comunidades.

Esta falta de informação ou direito a informação adequada é a causa de padecimento do nosso povo (de Angola). Esta falta de conhecimento pode ser visto como 1) alto nível de analfabetismo 2) manipulação da informação 3) deturpação das fontes informativas. 4) desequilibrada/injusta distribuição. Esses quatro pontos colocam em causas os trabalhos negativos ou as nefastas funções que desempenham os meios de comunicação social de Angola. Este não deixa escapar o silêncio de políticos e historiadores angolanos, incluindo sobas, pastores ou homens da religião e anciãos que detêm as verdades da nossa história, cujos políticos sujam com todas as sequelas segregativas só para se manter no poder, só para promover uma certa ideologia, um determinado grupo de homens cobiçados de poder. Estes réus que deformam hoje a nossa história desprezam as consequências desses crimes pensando que é possível mentir eternamente um povo. Foi desta forma que o colono privou-nos da nossa consciência angolana.

Esta falta de conhecimento está muito presente entre os deputados que trocaram seus direitos a debates pelo silêncio, remunerados com casas, luxuosos carros, avultosas contas bancárias no estrangeiro como na terra. Estes escolheram a via do silêncio mesmo vendo os sofrimentos dos seus familiares demonstrando assim que cada um por si, Deus para todos. Este cambalacho de fazer e desfazer a informação deixou a população indiferente perante qualquer situação infelizmente silenciá-lo não quer dizer torná-lo mudo.

O direito a palavra não foi concedido ao homem pelo nenhum governo do mundo, por isso qualquer governação que retira-lo a sua população pratica ditadura e não faz a diferença com qualquer partido ou governo colonial. Segundo o Criador, o poder do homem reside na força da sua palavra, por isso o direito a palavra não deve ser nacionalizado e nenhuma força governamental deveria ‘’jogar’’ com a consciência do homem. Um angolano sem palavras não pode se defender, não consegue se justificar e não é capacitado de definir-se socialmente.

Por falta deste direito a palavra, o angolano está confuso sobre a data do inicio da luta armada e sua historia. Pela falsa industrialização do direito a verdade nos laboratórios das ideologias políticas entre os três movimentos históricos, o angolano vive num tribalismo tão agudo que até filho duvidam das proveniências dos próximos parentes. Por falta de conhecimento a maioria dos angolanos vive miseravelmente com migalhas enquanto uma minoria detentora de informações vive folgadamente em cima do luxo.

Por falta de conhecimento no seio do governo, o país está sendo vendido aos chineses e sujeitado pelo estrangeiro que domina protegido pela suja prática da mundialização. Em nome desta mundialização o angolano está condenado ao desemprego, sua cultura é violada, sua economia é pilhada, seu poder político é manobrado pelos bunguladores nos laboratórios alem fronteiras e a sua única música consiste repetidamente num diapasão aguda pelo refrain: estamos paiados mwangoles! Estamos paiados mwangoles! Estamos paiados mwangoles!

Nestas lacunas de precisas informações Luanda, o espelho da riqueza angolana continua reflectir a imagem de uma economia sã e a penumbra duma população faminta que sonha do prazer da vida num sentido oposto e em retrocesso. The best brainwashing process!


Nkituavanga II

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

ANGOLA NO TURBILHAO EGIPCIACA ?


Depois duma boa observação da actual situação, no que concerne o desenvolvimento das economias e dos próprios rumos nas vias politicas que se auto-desenham no continente africano, descobre-se vários motivos para comparar diferentes situações entre diferentes nações. Os acontecimentos políticos que vão se desenrolar entre diferentes países neste ano provam o anúncio duma nova era, nova disciplina e mesmo nova ordem tanto politica como económica. Isto é um fatalismo que o continente vai descobrir, conhecer e viver. Desta vez os deuses dos antepassados estão dispostos a responder os incessantes choros dos filhos do continente, causados pelo sofrimento, miséria, ditadura e todas as formas de exploração do homem negro pelos europeus ou pelas potências mundiais.

Evidentemente o homem negro não veio ao mundo para assistir e aplaudir outros. Ele não surgiu, como diria o meu velho amigo intelectual, para só ajudar na cozinha enquanto vai morrendo com fome. O africano tem alma e conhecimento tanto como outros. Ele foi tão explorado moralmente, culturalmente, espiritualmente durante longos anos até que foi nele dilapidado toda energia só com a finalidade de ver-lhe tornar um elemento inútil a sociedade. O explorador nunca pensou que o homem africano seria um dia um importantíssimo recurso a economia do continente. Com o tempo, os dados foram mudando e o homem em todo lugar faz parte de uma potência económica, que se classifica como recurso humano. A resposta dos antepassados foi inspirando o homem do continente de aperfeiçoar-se em tudo. Outros até por imprudências dos patrões foram-se formando nas grandes escolas europeias junto aos filhos dos exploradores.

Hoje, o ano novo traz novas esperanças porque houve sempre expectativas como diz-se ‘’mesmo que a noite for tão densa, o dia acabará por surgir’’. Hoje, estes ventos políticos que sopram ainda na Tunísia e no Egipto trazem uma nova mensagem. Ainda grita-se com mais coragem para que este se expande no continente porque não foi só o Luther King que tinha sonhos mas grandes dignitários africanos como Lumunba, Mandela, Kimpa Vita e outros também tem tido sonhos.

Nestes ocorridos de eventos vai-se desbobinando e codificar a mensagem que estes ventos continentais trazem aos seus filhos, que a injustiça quis eternamente oprimir. O que já se passou e o que se passa ainda hoje na terra dos Faróis merecem as nossas atenções. O Presiden6e da Tunísia não resistiu a pressão daquele povo, que maltratou durante anos; abandonando assim a cadeira presidencial a qual jurou nunca deixar. Duma hora a outra, os mesmos ventos transbordaram as fronteiras para instalar-se no Egipto.

O Egipto que nos séculos passados já foi força mundial mas ainda é uma potência regional. Militariamente o Egipto ocupa uma posição estratégica no médio oriente onde é também um potencial líder entre os países árabes desta zona. De mesmo como Angola tendo variados recursos minerais poderá dominar o mundo; uma vez que haja uma consciência patriótica. Angola é também uma potência militar na zona de África central e tem uma posição estratégica entre os países da SADC. Angola dirigida nos tempos pelos reis, fez parte do poderoso reino do Kongo (Ndongo e outros) que tinha uma estrutura organizativa muito desenvolvida como o Egipto que foi encabeçado por Faróis tendo um povo com uma organização socioeconómica. Egipto foi liderado pelo Presidente Sadate que devido a sua politica de inclinação foi assassinado como Agostinho Neto que misteriosamente faleceu por motivo da inclinação política. A população do Egipto é constituída por árabes, dominada por uma crença muçulmana enquanto os banto de Angola preferem a religião da tolerância. Josni Mubarack deu quase toda a sua vida servindo a sua pátria, tem desempenhado um importantíssimo rolo na manutenção da paz entre Israel e seus vizinhos árabes, portanto o nosso JES nunca goza deste privilegio mesmo a nível continental, mas jogou o certo rolo entre os estados da linha da frente. Contudo Mubarack que está no poder há décadas como JES apresenta os mesmos sintomas africanos: eternizar-se no poder. Uma vez que se consegue desarmar bruscamente a cadeira presidencial ao Mubarack, será uma estratégica chave para derrubar muitos tiranos africanos no poder. A actual resistência do Presidente Mubarack esta ajudando muitos dinossauros políticos a preparar-se eventualmente com os ocorridos e colocar novos mecanismos de protecção mas o que realmente está em jogo é a digestão do assunto pelas forças armadas de cada pátria e o jogo da complementaridade com a população. A voz do governo de Obama tem muita influência mas ela inclina-se a vontade dos povos. Mubarack tem um coração palpitando como o nosso JES e todos os dirigentes africanos que vivem de violência, corrupção, arrestação arbitraria, manipulação da constituição, ditadura, cléptocracia, gula do poder etc.

Egipto conheceu na sua cronologia sócio-histórica uma passagem ‘’nos sonhos de José’’. Mesmo aprovado pelos arqueólogos, muitos ainda persistem a acreditar que foi uma ficção como as fábulas de Ngangulas. Esta passagem atirou a minha curiosidade pois vejo algumas similaridades a marcha de Angola. Egipto conheceu períodos de vacas gordas que Angola ainda vive. Egipto conheceu também períodos de vacas magras que conseguiu desmarcar-se devido a sabedoria na implementação de regras económicas. Este período Angola ainda não conheceu mas que vitalmente vai conhecer sem hipóteses de aliviar. No Egipto, um prisioneiro foi elevado pelo King enquanto outro foi morto, assim acontecerá em Angola pois os pássaros irão alimentar-se das suas carnes, porque segue-se umas visões esquecendo o Inspirador de boas visões.

A realidade é que Angola não é Egipto. O angolano conheceu longos anos de guerra e prefere agora repousar e viver a paz. No Egipto ainda a lei opera mesmo de forma mbuco. O Presidente Mubarack não tem poder a arte de dominar as potências como JES. Egipto não possui reservas de recursos que passam incontroláveis e inapercebidos como em Angola por isso Mubarack não poderia esbanjar como os nossos dirigentes que continuam recolhendo nas hortas familiares.

A pequena conclusão que esta lição deixa escapar é que em qualquer país do mundo o estrangeiro pode dirigir para dominar mas nunca dirige para libertar como se tem feito em muitos países africanos. Caros Africanos vamos crer cruzando os braços e seremos mais miseráveis do que nunca. Sabeis que só os africanos poderão libertar esta África.


Nkituavanga II