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sexta-feira, 9 de março de 2012

COM DIAMANTES E PETROLEO SE ESCREVE A NOVA HISTORIA DE ANGOLA




Sabe-se perfeitamente que Angola como nação tem a sua história. Mesmo que, infelizmente tendo muitas historietas, a realidade não deixa de ser única. Confrontado e exposto as varias demagogias o homem angolano foi desde os tempos remotos do colonialismo visto como instrumento que se pode facilmente tornar e retornar, virar e rebolar ate rebangular, vincular aqui e desvincular acolá. O tempo sendo um factor precioso, que inspira e ensina, trouxe uma clareza a consciência angolana dando uma brecha aos natos de Angola de berrar: basta!

Este berro revolucionário foi um único golpe que arrancou as raízes do sistema colonial dando lugar a independência da nação angolana. Estrategicamente o desesperado colono já contava os dias com seus arrepiados e tortos dedos cobertos com o sangue do angolano. Espertinho de sempre, o colono português planificou abandonar Angola, estando (ao mesmo tempo) presente em Angola. Assim deu-se a independência ao MPLA, colocando-se todavia na postura de colono e mentor do novo governo. Incumbiu-se a este movimento a liberdade de escrever sozinho a história do povo de Angola sob a supervisão do pai-colono. Os mancebos copy cat do Mpla não tiveram a percepção de discernir que Portugal tem dado-lhes a mão direita guardando atrás uma navalha dissimilada a mão esquerda. Os comunistas não sabiam que o princípio estratégico do colonialismo é sempre dividir para melhor reinar. Foi assim que o Mpla com o sangue dos angolanos começou escrever a história de Angola na base da mentira, do tribalismo e da exclusão usando uma fraseologia orneada e slogans revolucionários para melhor se camuflar.

O MPLA foi então recebido em todo território nacional como um movimento de santos e anjos. Com a distribuição de sobejos de queijo, macarrão e outros produtos alimentares herdados aos colonos atrapalhados em varias armazéns de Angola, o povo caiu fanaticamente numa armadilha dos lobos feitos cordeiros. Distraídos pelos lindos discursos de Agostinho Neto, ninguém se apercebera da caída da mascara na face destes marxistas na véspera do 27 de Maio em Luanda quando foram barbaramente massacrados centenas e centenas de angolanos autóctones carimbados por fraccionistas. Na verdade e pela verdade, o … tornou-se anjo da luz.

Nas mesmas ondas de mentiras forçaram outros movimentos da libertação, seja de abandonar ou de mergulhar-se numa guerra suja e injustificada. Como tinham-se conseguido de autoproclamar-se justos revolucionários e libertadores, os heróis do MPLA emergiram como únicos merecedores de governar Angola num totalitarismo burocrático produzindo portanto prejuízos em regresso socioeconómico e politico da nação.

O MPLA soube sempre nos brandir com anedotas, lendas, fábulas e outros preconceitos tendo um acento profissionalmente sofisticado de aldrabices aperfeiçoadas e preparadas nas grandes instituições comunistas da KGB soviética mas também da famosa DISA angolana. Eis a razão pelo qual fomos engolindo sapos e gafanhotos sobre a própria fundação do MPLA, do 4 de Fevereiro, muitos mais dicas sobre Ngangula, Irene e outras ate culminar pela digitação tribalista do JES a cadeira presidencial.

Assim foi que com o sangue se escreveu a primeira história de Angola. Acreditem quem queiram mas a mentira nunca teve longas pernas…

Em tudo as justificações se inclinavam poeticamente na guerra. A guerra já não falava porque não tinha como se defender…tudo era guerra. Quando se falava da guerra o queixoso mirava direitamente a Unita como único destruidor. Em Angola a Unita era mais condenado do que o próprio diabo. Só que depois da morte do bruxo, as pessoas ainda misteriosamente morrem mesmo nas portas das eleições de 2012. Para resolver esta equação os fiéis e a elite do Mpla decidem escrever a nova história de Angola, mas desta vez com diamantes e petróleo.

Portugal exposto pela vigilância angolana já não depare frinchas para infiltrar-se perfeitamente no jogo. Ele tem seus problemas internos; não tem capacidade de sustentar seu povo ou oferecer emprego aos seus filhos enfim uma serie de problemas bicudos. Pelo seu egocentrismo o Movimento dos camaradas não aceita partilhar o poder com outros angolanos. Nasceram e cresceram ditadores, pensam continuar governar a mão de ferro contando com umas forças policial e militar armadas ate os miolos, capazes de raptar e torturar onde haja divergências. O nosso movimento da situação com o seu parlamento patético, uma oposição sem expressão vai dirigir sozinho a todo o custo o destino deste barco em naufrágio mesmo carecendo uma opção para salvar.

A intrigue tribalista do movimento popular já está flutuando nas superfícies da consciência angolana. Os incontroláveis choros de mortos angolanos já não se emudeçam. Já não existem lugares para sequestrar as almas dos angolanos. A média estatal já não tem espaço de manejo mesmo sem competição no mercado. A super capacidade financeira, mal empregue pelos fiéis da elite partidária e membros de clã afinado está criando um nó que irá certamente sufocar os beneficiários.

Os muatas e os mutiamvuas não aprenderam a lição, continuem dominar no mesmo estilo, moda, forma, batendo na mesma tecla onde o Mpla era o povo e o povo era o Mpla. Só que o povo das alturas era mudo, comunista imposto, desinformado, restrito a monotonia, facilmente manipulado, incorporado involuntariamente, isolado e provavelmente analfabeto, condenado a miséria etc.

Hoje quando se escreve a nova historia de Angola, o MPLA está sentado num sofá, apreciando a brisa do ar fresco que amortiza o calor de Luanda, no belo recinto perfumado com a beleza de flores que reflectem o orgulho de milionários, animado pela cadencia rítmica do balancete que com vás e vens exprime com folga um vocabulário futungista e da nomenclatura ditatorial que sonha reinar eternamente neste pólo onde as eleições não tem significado uma vez funcionam sob as imperativas de elementos digitados pelo regime a satisfação das necessidades internas dos intocáveis. Robotizado pela macromagica do roubo sistemático, pilhagem e enriquecimento ilícito, o dirigente angolano fiel a manipulação e corrupção não espere pelo fatalismo, negligenciando ou menosprezando as aventuras de muitos outros ditadores que praticaram uma cleptocracia que os levaram prematuramente a derrota, falência perdendo lugares especiais nas bancadas históricas dos seus respectivos povos.

A tortura, a exclusão social, o desemprego nunca foram fiáveis instrumentos para a reconstrução de um estado nem para a reconciliação nacional. O Mpla nunca pensou nunca na legacia que deixará aos angolanos porque no processo da dilapidação nunca se pensa na fonte da herança aos filhos mas só no volume. Certamente que o angolano já não espere nada destes dirigentes uma vez a experiencia prova que aqueles que contribuíram na demolição duma economia nunca ajudaram para a reconstrução, visto que carecem desta mentalidade. Os comunistas da Rússia como da Cuba nunca se converteram em democratas. Isto não aconteceu com os padrastos e nunca poderia acontecer com as laranjadas angolanas do mesmo saco.

A própria lógica da matemática ensina-nos que 5-6= -1. Esta álgebra não coloque o angolano no lugar de ignorante ou ingrato. Ele reconhece as boas obras ou obras positivas do Mpla por isso dê-se-lhe 5 pontos, infelizmente Este pediu aos seus filhos de tapar os olhos para que lhe aumentasse algo na mão, portanto acabou por retirar mais do que já tinha-lhe dado. Assim retirou-se 6 pontos dos cinco que tinha e o Mpla terminou com uma nota negativa. O que continuamente se de ao povo é uma migalhinha em relação aquilo que os filhos herdeiros tem apoderado, ocupado e monopolizado. Para o povo angolano, já que não se fala sobre a nação pois numa definição bem apropriada Angola não é ainda uma nação. Entende-se que uma nação é um conjunto de povos unidos e coordenados a uma visão ou fim comum. O denominador comum dos angolanos de Cabinda ao Cunene resta a miséria, sofrimento, desemprego, falta das liberdades. O angolano não tem direito a escolha anyway nunca recuperou a sua voz. Por consequência sabe-se que Angola é o novo Eldorado do mundo, um paraíso africano; a massiva presença de portugueses, brazucas, malianos e outros prova isto. Esta projecção pode ser verdade mas só para uma minoria com conexão a cidade alta e famílias/clãs de classe superlativa. Como os cambalachos produtivos só rendem em combinação com estrangeiros, Angola tornou-se uma plataforma giratória onde como cachorro o angolano se alimente dos resíduos que se deitem nas lixeiras dos forasteiros.    

Na verdade e pela verdade, vos sabeis que numa mesma família, há sempre competição entre os filhos do mesmo pai. Este, tendo boas qualidades nunca deve proibir os seus filhos de comunicar entre si. Um verdadeiro pai nunca deixe padecer seus filhos de fome quando tem capacidade de suportar-lhes. Um bom pai nunca faz humor de mau gosto com o fim de desprezar um ou outro filho. Desculpe mas…foram os antigos carpinteiros que não possuíam boas cadeiras nas suas casas. Bem claro que não se vai distribuir o diamante nas ruas de Lunda como petróleo em Cabinda mas o verdadeiro filho das Lundas como de Cabinda nunca tocaram nestes produtos e muito menos beneficiar dos seus rendimentos. Isto, ninguém pode me provar contrario pois as contas revelam tudo.

Na nossa girabola, cada um tem a sua equipa. Cada equipa tem as suas cores, sua sede e suas estruturas mas joguem todos no mesmo campeonato onde o melhor ganhe. Numa outra altura alguns serão chamados para representar a nação e fazem-no patrioticamente com dignidade (aqui não se refere sobre a podre politica da administração da FAF). Na verdade e pela verdade, eis uma inspiradura!

O angolano sofreu muito com as guerras, torturas e injustiças, mas precisa hoje de alguém que o reconhece como ser humano, que valorize-lhe assim as lágrimas que percorrem sua face poderão secar e as feridas do seu coração serão curadas. Na verdade e pela verdade, quando o estrangeiro se prevarica do autóctone na sua terra, aproxima-se a calamidade.

O que se precisa é que se escrevesse a história de Angola com o sorriso do povo: todos os filhos de Cabinda ao Cunene (sem excepção).


 Nkituavanga II