Vive-se momentos
maus e não se prevê nada que num futuro próximo trará sorrisos nos lábios de
angolanos. Os estrategas do partido da situação são nesta circunstancia do tempo
irrelevantes; já não tem estratégias para a mudança. Seus cálculos e projectos são
direccionados para a obtenção de lucros pessoais ou interesses próprios.
O mundo está atravessando
um período financeiro muito caótico. A economia do mundo conhece momentos turbulentos
nesta crise. Para alem de ocupar, conquistar novas terras ou mercados para
explorar, pilhar recursos minerais: vegetais, marítimos, agrários como o
subsolo em geral, as hipóteses para o melhoramento são reduzidas, raras ou inalcançáveis.
O regresso do Irão no cenário da politica internacional vai ainda complicar
pois tem petróleo de qualidade melhor e tem ambições para uma economia melhor.
Por isso a batalha da politica de preços no mercado petrolífero será bruta e
Angola vai sofrer nisso; independentemente das ocorrências na Sonangola.
Os estrategas do
partido da situação estudaram a conjuntura do país, embora caducos entenderam
que Angola já não tem probabilidades para melhorar a sua economia. Qualquer que
seja o clima ou a temperatura o escassez predomina a economia angolana e os
escapes de recuperação são para este governo inatingíveis. O mercado do
petróleo angolano está corrompido ate a sua espinha. A transição da economia dolarizada a uma economia propriamente
angolana que está sendo feita com intenções egoísticas, com inclinação as
multiplicações de lucros da família em questão. A atmosfera politica também já não é a
mesma. As crises politicas no seio da família do partido da situação conhecem
graves vertigens. A protecção e segurança das instituições estão cada vez mais
débeis, perto a anunciar o desabando. A moral politica de membros está
quebrada. O poder corruptivo vai enfraquecer-se visto a falta da circulação da
moeda habitual, o dólar. Esta condição reviravolta afectou a forma e maneira
como esses estratégicos operam. Como a crise abalou toda a economia nacional
tem que se localizar em que departamento, gabinete ou gavetas repousa o dólar
neste território. Este estudo permitiu aos estratégicos discernir que só a presidência
que nunca poderá ''secar''. Secar entende-se por falta, crise, escassez ou
penúria.
A nossa presidência
está conhecer momentos difíceis. A nossa presidência já não se identifica com a
inovação. Ela já não tem aquele poder operacional do passado pois não só perdeu
membros calibrados em termos de raciocinar, mas os poucos restantes perderam
confiança entre componentes da cúpula. A estratégia do comunismo virou contra a
própria maquina do vermelho-preto. Os estrategas do movimento pensaram
aproveitar esses últimos momentos da decadência do poder para fazer dividendos.
Estudou-se a questão como fazer fortuna e onde encontra-la. Estudou-se então o
que neste momento perturba a consciência da cadeira presidencial. O que na
realidade rouba a paz na consciência do líder máximo não é a oposição. A
oposição que temos já não tem capacidade como tal. Uma oposição que come na
cozinha e nos pratos do partido com o qual opõe. Uma oposição que respira
dólares que lhe são fornecidos pelo poder. Esta oposição só existe para acompanhar
o partido em fim de oficializar seus mandatos, permitindo-lhe renová-los. Uma oposição
que senta com o poder na mesma ''komba'' nos lugares incógnitos; por isso nunca
poderá estremecer o poder. Ela não é para o poder um tira-sonho. Ela é um
elemento parasitário que vive nas veias do poder.
Os estrategas do
partido compreenderam que só os estudantes, a juventude e os activistas que tem
poder de atemorizar a presidência. Portanto a mesma presidência é actualmente a
única fonte que pode ''pagar'' fortunas. A hora é de incertezas com um futuro imprevisível.
No desabando cada opera egocentricamente numa inconsciência, onde a traição é
moeda corrente. O principio é saudável: ''cada
um por si Deus para todos''. Para melhor ''chupar'' a presidência, o
triangulo foi facilmente traçado. Da presidência aos activistas passando pelos dólares.
Vai-se sacrificar as cabeças de activistas num belo prato a presidência pondo
em questão a segurança do estado ou simplesmente da presidência em troca dum
preço volumoso em verdes. O
cenário foi fácil a desenhar, montar e aplicar. A presidência ficará satisfeito
uma vez terá o seu tira-sonho inesperadamente com muita facilidade sob
assistência duma oposição parada, cega e muda. A presidência é actualmente o
melhor poço para cartar verbas, dividendo e fortunas. A nossa presidência já
habituou com esse género de troca, cambio humano. Neste tipo de troca onde está
em causa o tira-sonho do PR, a presidência só tem uma mão livre, suave e fraco
que vai pagando com olhos fechados. Assim nasceu um golpe de estado imaginado,
montado e arquitectado pelos estrategas do movimento da situação.
O que se ignora
voluntariamente é que a mentira tem sempre curtas pernas. Os especialistas do
partido no poder esqueceram que os activistas tem somente poder de manifestar-se,
capacidade de organizar marchas sem portanto possuir habilidades de golpear um
estado soberano, um partido rico e politicamente enraizado, um tronco curvo da
revolução vermelha. Os pobres activistas angolanos não tem uma base de reforço.
Eles não tem uma base de concentração ideológica nem politica. Não tem suporte
de nenhum partido. A medrosa oposição escolheu sua equipa ao lado do
partido-governo. Os activistas não tem capacidade financeira para sustentar a
oposição como o partido da situação tem feito.
Neste momento de
parto doloroso, a criança está pronta para sair mas a mãe não tem forças para
puxar e precisa-se uma parteira para ajudar. Para os estrategas, o tempo é
favorável para fazer dinheirão chupando a presidência. Neste propicio momento é
muito lucrativo e encorajado para os angolanos que tiver possibilidades de
subtrair certos dólares a presidência visto que os ...