O povo, embora esquecido vai-se auto-desmantelado em partitivos insignificantes
grupos: uns festejando esta retirada uma vez já andam cansados, ''39 é muito''.
Outros vão chorando da crise económica que está abalando a nação desde que o
preço do petróleo baixou dramaticamente, quando a corrupção angolana continua
robusta e o esbanjo continua firme entre os membros efectivos da cúpula e da
dinastia. A escassez tanto da moeda nacional como de dólares nas ruas de Luanda
faz lacrimejar.
O mais alarmante e doloroso choro vai-se alinhando ao lado daqueles ''mais esquecidos''
que actualmente são ignorados tanto pelo governo como pela oposição. Enquanto
celebra-se por toda Angola este efeito boomerang simulado pela presidência,
milhares de nossos familiares estão morrendo secamente em vários bairros da
periferia de Luanda com a epidemia de febre-amarela
que vai dizimando a nossa população. Angola está calada ou festejando, enquanto
em todos os bairros há choros histéricos. Há em Luanda choros de desesperança
que vem do osso e carne, do fundo da alma. Há em Luanda gritos secos e
invitaminosos de perdidos. Há mortos em centenas nos bairros de Luanda enquanto
está-se wrestle em torno do bolo
presidencial já roído que será abandonado pelo cidadão JES.
Luanda está em perigo, pois a febre-amarela está matando. A cólera e
malária ainda estão resistindo e as campanhas de ''awarreness'' não tem músculos para convencer os cépticos e
religiosos mal informados. Temos 4, 5 ate 6 óbitos por ruas porque a
febre-amarela está eliminando seriamente desde 2015.
Nkituavanga II