Tal como foi em 1960, altura pela qual muitos países africanos ascenderam as suas independências, derrubando o vergonhoso sistema da dominação colonial imposto pela oligarquia do velho continente ao resto do mundo, principalmente ao continente africano que durante longos anos serviu de mercado de matéria-prima tanto como o seu recurso humano foi dizimada barbaricamente num comércio triangular entre importantes matadores. O continente, até hoje não consegue reabilitar-se dos efeitos e consequências desta dominação eco-politica, embora as variedades da sua cultura, hidrografia, fauna e flora, do seu recurso humano e sobretudo da sua composição geológica constituída escandalosamente por abundantes minerais. Nesta passagem o continente conheceu também muitos efeitos negativos ou nocivos que paralisaram a sua marcha ao desenvolvimento. Assim dentro dos quais viu-se o surgimento de muitos dirigentes em vários países, que emergiram para servir segundo as recomendações dos mesmos patrões que no passados torturaram politicamente e economicamente o povo de África. Esses dinossauros postos pelo ocidente na direcção de vários países ajudaram com toda energia o empobrecimento do continente pilhando desde a sua cultura até a sua moralidade, passando pela riqueza do subsolo.
2011 será mais um ano da libertação do continente na sua luta contra a pobreza, alimentada pela corrupção estatal. Até hoje o dirigente africano continua demonstrar a sua fragilidade e imaturidade política preocupando-se mais no enriquecimento pessoal ou familiar; é sempre ao serviço do mesmo patrão do então! Parece-me que este ano vai surgir um fenómeno tão extraordinário que vai ‘’por a nu’’ todo dirigente. Este ano vai permitir ao homem do continente de poder bem classificar os diferentes dirigentes entre a lista preta e branca. Este ano chegou o tempo para o dirigente africano de dizer basta a toda manipulação estrangeira e unir-se para defender os interesses do continente. 2011 será um ano decisivo para cada dirigente, porque tudo está reunido para que os hipócritas sejam revelados, por isso será um ano de rectificação, como o consideraria Agostinho Neto. Em 2011 tudo será rectificado e só passarão aqueles que merecem e não mais os que querem. Em 2011 haverá eleições em 18 nações do continente africano. Bem! nunca se acredite em eleições justas e democráticas neste continente mas parece que as conclusões (a sobrevir) do conflito em Cote d’Ivoire levarão-nós a algum cubo visível, onde os manipuladores serão expostos, assim como homens de ma fé, traidores e usurpadores. Não só haverá eleições em Benim, Burkina fasso, Camarões, C.Verde, RC Africana, Tchad, DRCongo, Djibuti, Egipto, Gabão, Gâmbia, Libéria, Madagáscar, Mauritânia, Ilhas Maurícias, Níger, Nigéria, Ruanda, S.Tomé, Seychelles, S. África, Sudão, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe, mas a União africana (UA) quer implementar um mecanismo financeiro para criar uma organização monetária. Esta organização chamada por Fundo monetário Africano (FMA) vai preparar condições para a independência de diferentes organizações e instituições da UA, que até hoje restam financiadas pela União Europeia (EU) e outras instituições mundiais.
Essas eleições vão determinar os esperançosos rumos que este povo tem desde 1960 sonhado. O sonho do africano que foi prematuramente terminado pela acção do dirigente africano vai renascer na consciência africana. Em 2011 haverá demarcação dos ditadores que vão querer continuar a todo o custo no poder. Homens como Mugabe, Mubarack e companheiros são chamados a pensar duas vezes antes de manipular as constituições e candidatar-se. Mesmo copiando a Bélgica, que resista sem governo, Madagáscar terá que encontrar uma solução para a nação. Na África do Sul ainda reina incerteza sobre a continuação de Zuma que vai devastando a economia do estado. A prevalecente situação de Cote d’Ivoire que esta dividir a fragilizada politica africana vai trazer muitas surpresas. Para já Angola deve já se cautelar porque uma mínima inclinação negativa poderá basculhar a sua posição de força militar regional e poderá ainda complicar as já complicadas situações. O mundo que assiste a uma confrontação da teimosia entre os dois falsos vitoriosos das eleições ivoirienses, vê também o papel que o governo angolano está desempenhado as escuras. Em 2011 o governo de Paul Kagame que se vê já vencedor das eleições pretende fortalecer a sua posição dominante em África central. Kagame esta decidido de expandir as suas influencias a toda região central de África, mirando assim a ocupação duma parte do território congolês e possivelmente uma mudança forçada no xadrez politico angolano. As imprevistas mudanças no Sul Sudão e na RDCongo poderá causar uma guerra sub-regional no centro do continente.
Em 2011 querer como não a África vai penetrar a um terreno muito escorregadiço onde muitos dirigentes serão incapacitados de diferenciar o sabor e a amargura.
Enquanto África vai organizar a maratona de eleições em diferentes países, Angola também terá uma maratona de congressos partidários, especialmente entre os três movimentos históricos. Em 2011 Angola vai conhecer situações difíceis uma vez haverá escassez das finanças em muitas organizações. O próprio governo terá muitas dificuldades financeiras mas vai sempre recorrer a certos fiéis da elite que não vão hesitar ajudar o barco do partidos de comunista a restabelecer-se com bom balanço nas superfícies das águas turvas onde se encontra.
Em 2011 haverá gritos no seio da UNITA, choros nas duas metades da FNLA mas não haverá também gargalhadas nas fileiras do MPLA, porque as cortes da electricidade política vão continuando causar vertigens. As dificuldades do terreno vão incentivar as direcções da UNITA e FNLA de trabalhar com as almas mas o preço a pagar será alto. Esses dois partidos históricos que já lutam pela sobrevivência vão ainda debater-se para a sua reorganização interna. Neste ano haverá muita decadência na UNITA, que vai enfrentar o partido da situação na luta contra as antecipadas fraudas eleitorais. Esta luta vai distrair o bom trabalho do partido do galo, causando grandes debilidades na direcção da equipa de Samakuva. A decadência da FNLA já é diferente porque este ano o partido da situação vai alimentar a cobra de sete cabeças com proteínas para dar um último assalto mortal a ala de Ngola Kabango. A FNLA vai conhecer maior dificuldade do que da guerra de Kifuangondo porque será atacado com novos mísseis soviéticos de 60 canos. Kabango poderá arriscar a sua vida mas Ngonde arriscará a sua carreira e assim a FNLA será o ultimo a rir apois grande ajuda de muitos partidos da oposição e intelectuais angolanos.
No lado do partido-governo haverá também muitas mudanças mas o partido vai conhecer uma ruptura moral interna. A insatisfação vai crescer e a resposta não será urgente devido a falta de verbas. As manobras eleitorais para 2012 já estão em jogo nas turbinas onde se calcula os premeditados resultados. Uma vez falha a maquinação do MPLA, então queira como não, 2012 será um ano de silêncio onde a falta de verbas será a maior razão (farsa/má gestão) que se deve avançar. O MPLA vai conseguir um bom trabalho a nível das comunas e municípios mas Luanda será o grande obstáculo para além de outras cidades. Mais uma vez as modernas construções serão a moeda eleitoral que vai justificar a capacidade dos camaradas. No inicio do ano 2012 haverá uma grande familiarização entre os elites crocodilos do MPLA, que depois de proteger o partido com uma contribuição financeira de grande valor, serão reconhecidos e darão mais esperanças ao partido. O MPLA não vai conseguir retirar o seu pescoço do nó que criou mas também não vai conseguir pendurar nenhum partido histórico mas esses perderão as habilidades físicas para a corrida de 2012. Em 2011 o MPLA terá a grande missão de soigner a sua imagem no exterior, pois este está cada vez mais ouvindo os choros da população.
Poderá em 2011, o MPLA aprender dos outros africanos? Que o tempo seja o novo arbitro!
Nkituavanga II