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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

LUPA BIBLICA: AS LACUNARIAS INFORMATIVAS


O direito a expressão ou simplesmente o direito a palavra é classificado entre os direitos primários do homem que complete o quadro, que consta na lista de direito a vida: direito de comer e beber (questão da quantidade) para não dizer ainda de se alimentar (qualidade) porque em Angola muitos nunca mais conseguiram se alimentar, pois constitui hoje um privilégio só para ricaços. Porquanto pouco importa ainda falar do trabalho, saúde, formação escolar e profissional, alojamento e salário compatível, porque crentes como não todos vivem a base da fé, com a expectativa de um milagroso acontecimento.

Na Lupa bíblica nunca se manipulou a palavra, oferecendo-a uma autoridade de lapidar a nação ou o sistema angolano mas procuremos uma forma de interpretar as coisas numa visão especificada angolanamente. Isto é localizar as causas e efeitos da palavra dentro da realidade angolana, focalizando-se mais na sensibilidade do dia-a-dia social do terreno. Não é fácil debruçar-se neste sentido, por enquanto muitos ainda não se aperceberam que a Bíblia é a mãe de todos os livros e a teologia é o fulcro de todas as ciências. Esta autenticidade da palavra santa foi o estímulo para Cristo de falar, declarar, argumentar sobre a história, geografia, oceanografia, agricultura e agronomia, matemática, finanças, economia, filosofia, medicina, física, biologia física e marítima, cultura e tradição, literatura, demografia, estatística etc. Eis a razão que surpreendia, aturdia e escandalizava os fariseus e escribas dizendo: não é este a carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de judas e de Simão? E não estão aqui connosco suas irmãs? De onde lhe vem esta sabedoria? Ele que nunca estudou!

Hoje seleccionou-se uma passagem para expor uma veracidade que o homem vê, sente e nela vive mas prefere ignorar, negar e rejeitar as acções dos seus ouvidos, olhos e consciência. Contudo entende-se porque alguns nasceram ou escolheram de ser teimosos, limitados e outros continuam no cativeiro do obscurantismo colonial reforçado hoje pela política da exclusão social. Vejamos

Oséas 4:6
O meu povo está padecendo, porque lhe falta o conhecimento…

O Livro da sabedoria está generalizando, ou melhor globalizando este versículo. Esta passagem uma vez dirigindo-se só aos angolanos seria assim apresentada: O meu povo de Angola padece, porque lhe falta o conhecimento. A Bíblia fala aqui deste direito a palavra não como direito primário mas divino. O homem que se difere completamente do animal recebeu do seu Criador o direito a palavra porque foi-lhe dado capacidade de analisar, planificar, decidir, resolver e inovar. Sendo o único ser espiritual que tem alma e vive num corpo, o homem tem uma especificidade que nenhum outro elemento possui.

O direito a palavra que também constitui um importante e decisivo atributo na democracia existiu mesmo antes da sociedade primitiva. O direito a palavra é simplesmente aquilo que se considera como direito ao conhecimento, que doutra forma seria o direito a informação. Na democratização das estruturas dentro de um sistema social primado pelas liberdades a informação seja ela escrita, verbal ou oral em diferentes formas serve de pontes da correspondência e troca. O conhecimento ou informação é o elo da ligação em qualquer tipo de relação social entre humanos, grupos ou colectividades ou comunidades.

Esta falta de informação ou direito a informação adequada é a causa de padecimento do nosso povo (de Angola). Esta falta de conhecimento pode ser visto como 1) alto nível de analfabetismo 2) manipulação da informação 3) deturpação das fontes informativas. 4) desequilibrada/injusta distribuição. Esses quatro pontos colocam em causas os trabalhos negativos ou as nefastas funções que desempenham os meios de comunicação social de Angola. Este não deixa escapar o silêncio de políticos e historiadores angolanos, incluindo sobas, pastores ou homens da religião e anciãos que detêm as verdades da nossa história, cujos políticos sujam com todas as sequelas segregativas só para se manter no poder, só para promover uma certa ideologia, um determinado grupo de homens cobiçados de poder. Estes réus que deformam hoje a nossa história desprezam as consequências desses crimes pensando que é possível mentir eternamente um povo. Foi desta forma que o colono privou-nos da nossa consciência angolana.

Esta falta de conhecimento está muito presente entre os deputados que trocaram seus direitos a debates pelo silêncio, remunerados com casas, luxuosos carros, avultosas contas bancárias no estrangeiro como na terra. Estes escolheram a via do silêncio mesmo vendo os sofrimentos dos seus familiares demonstrando assim que cada um por si, Deus para todos. Este cambalacho de fazer e desfazer a informação deixou a população indiferente perante qualquer situação infelizmente silenciá-lo não quer dizer torná-lo mudo.

O direito a palavra não foi concedido ao homem pelo nenhum governo do mundo, por isso qualquer governação que retira-lo a sua população pratica ditadura e não faz a diferença com qualquer partido ou governo colonial. Segundo o Criador, o poder do homem reside na força da sua palavra, por isso o direito a palavra não deve ser nacionalizado e nenhuma força governamental deveria ‘’jogar’’ com a consciência do homem. Um angolano sem palavras não pode se defender, não consegue se justificar e não é capacitado de definir-se socialmente.

Por falta deste direito a palavra, o angolano está confuso sobre a data do inicio da luta armada e sua historia. Pela falsa industrialização do direito a verdade nos laboratórios das ideologias políticas entre os três movimentos históricos, o angolano vive num tribalismo tão agudo que até filho duvidam das proveniências dos próximos parentes. Por falta de conhecimento a maioria dos angolanos vive miseravelmente com migalhas enquanto uma minoria detentora de informações vive folgadamente em cima do luxo.

Por falta de conhecimento no seio do governo, o país está sendo vendido aos chineses e sujeitado pelo estrangeiro que domina protegido pela suja prática da mundialização. Em nome desta mundialização o angolano está condenado ao desemprego, sua cultura é violada, sua economia é pilhada, seu poder político é manobrado pelos bunguladores nos laboratórios alem fronteiras e a sua única música consiste repetidamente num diapasão aguda pelo refrain: estamos paiados mwangoles! Estamos paiados mwangoles! Estamos paiados mwangoles!

Nestas lacunas de precisas informações Luanda, o espelho da riqueza angolana continua reflectir a imagem de uma economia sã e a penumbra duma população faminta que sonha do prazer da vida num sentido oposto e em retrocesso. The best brainwashing process!


Nkituavanga II