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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

SE EU FOSSE PRESIDENTE DE ANGOLA

Actualmente, ser o Presidente dos estados Unidos de América é ser o homem mais poderoso do mundo. Ser o Presidente de Angola não obrigatoriamente coloca-lhe na posição cimeira no continente mas é ser o cidadão angolano número um, ser o homem mais importante, mais rico e praticamente ser o dono de Angola porque convive-se em cima da lei. A cadeira presidencial angolana não é feita de ouro como a de Bokassa, não tem feitiço como de Mobutu, não tem picos como a de Chissano, não rescende perfumes como a de Kadaffi, não cheira podre como a de Kabila, não é grande como a de Idi Amin Dada nem pequena como aquela de Ngwabi, mas, tem cola pois uma vez que lá se senta não pode-se retirar, abandonar, desistir, desertar e projecta-lhe a uma eternidade absoluta.

Ser Presidente é desejo de qualquer angolano menos o JES que já não pensa como o ser mas pensa como não ser um dia ex-presidente. Todo dirigente de algum partido angolano sonha ser presidente. Todo general do exército angolano procure como o ser um dia. Todo politico e todo deputado tem plano lá chegar. Alguns pensam em feitiço, outros em golpe de estado, certos esperem pelas eleições, uns confiam nos seus know-how mas há quem espere herdá-la, tudo isto porque temos uma nação indefinida, que não é comunista nem democrática, que não é República nem Dinastia, que não é totalitária nem pluralista mas que tem petróleo, diamantes, MPLA e cheia de desempregados.

Que me dera o luxo de ser Presidente em Angola! Este imparável sonho de todo angolano nunca encontrou espaço no meu cérebro uma vez detesto a poligamia. Não falto a curiosidade de conhecer e experimentar os contrastes desta posição uma vez nasci para servir, já que a frustração de ter cabelos brancos já sumiu, porque na minha cabeça conta-se hoje os cabelos pretos. Presidente não serei talvez por nascer no norte de Angola onde o português é falado sem sotaque brasileiro. Então quê esperar se existe uma possibilidade ilusionista de o ser em qualquer momento e espaço? Eis me então Presidente de Angola!

Se eu fosse Presidente de Angola resolveria facilmente a situação de engarrafamento em Luanda promulgando uma nova lei proibindo a poligamia nas cidades e municípios. Manteria simplesmente 5 ministérios em Luanda (finanças, relações exteriores, justiça, interior e defesa) transferindo o restante nas comunas. Estas duas medidas estratégicas vão permitir-nos também desenvolver as comunas e eliminar as grandes diferenças que tem-se nos países em vias de desenvolvimento entre a cidade e o kimbo. Os deputados e ministros vão aglomerando-se nas comunas, levando suas luxuosas caravanas de carros, montes de filhos mas também as quatorzinhas. Os desempregados recuarão facilmente as comunas como novas fontes de trabalhos. Os chineses e estrangeiros serão proibidos de viver as comunas e municípios. Com esta medida seremos capazes de resolver o problema de engarrafamento técnico de carros e da população. Iremos equilibrar tanto o desenvolvimento como a vida social do angolano; assim a pobreza vai paulatinamente desaparecer. A questão de mão-de-obra será em balanço pois teríamos cooperantes onde somente decisivo fosse.

Se eu fosse PR, teríamos anualmente uma olimpíada nacional só para paralíticos (diminuídos físicos). Teremos anualmente também uma participação obrigatória e activa de todos os generais da FAA nas corridas de São Silvestres.

Eu faria tudo para que a capital fosse para o centro do país onde se construirá um grande ginásio com um magnífico ringue para pugilistas, de lá defrontaria pessoalmente num combate de 15 rounds todo ministro e deputado que tem desfrutado nos cofres do estado, numa entrada gratuita da população; esta será a minha dinâmica tolerância zero. Ofereceria bicicletas aos ministros e deputados como meio de transporte oficial.

Abolia-se em Angola as prisões para serem substituídas com vários campos de produção em diferentes pontos do país. Eu iria eliminar o direito ao golpe de estado dando possibilidade a todo angolano de eleger e direito de ser eleito. Todo golpista seria publicamente pendurado na sua aldeia natal, os que não tem aldeias seriam botados vivos no mar. Remeteria o poder aos civis. Assim iria se também eliminar a existência de todos os partidos políticos mantendo simplesmente os três históricos adicionando dois novos partidos nascidos de fusões e garantir o direito a candidatura aos independentes. Recrutaria novos membros do MPLA deixando apenasmente 10 % dos antigos. Colocaria o Lucas Ngonde, Jorge Valentin e Bento Bembe numa gaiola pendurada num espaço na Torrada. Ao Tiago Nzita daria um contrato de indeterminado tempo para gratuitamente mamar unicamente maruvu em qualquer ponto do país e em qualquer fábrica vegetal; assim seria resolvida a questão da reconciliação nacional.

Mas também eliminaria todas as seitas religiosas, deixando apenasmente 12 congregações verdadeiramente cristãs. Eu nunca iria inaugurar casas ou pontes, outorgando a responsabilidade aos comissários comunais e municipais. Caberia ao comissário municipal da capital a recepção de Presidentes europeus. Agora o que faria você, uma vez Presidente na República da sua consciência?


JDNsimba©2010publ/026

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O FIM DO TRIBALISMO ESTATAL EM ANGOLA

O facto que o governo angolano do MPLA procure hoje instaurar um mecanismo de combate contra o tribalismo, racismo, regionalismo e o comportamento anti-social prova a disponibilidade do MPLA de combater o mal. Logicamente para embarcar neste processo, é preciso começar na fase de aceitar a existência do tribalismo no país. Não serei o único angolano a festejar esta iniciativa porque não fui o único a expor a teimosia do movimento dos camaradas no concerne. Esta nova atitude do governo não pode significar uma derrota porque finalmente estamos todos de acordo que Angola era doente e doravante sabe-se que é preciso um tratamento para se curar contra estas epidemias.

Foi um longo período de ladrar porque tanto o governo do MPLA comunista como o dito democrático nunca aceitaram que havia em Angola um tribalismo. Sabe-se bem que quando o MPLA refuta alguma coisa não haverá deuses para retirar nem aumentar as vírgulas no que se acredita no círculo do Partido do Trabalho. Por isso as lágrimas, os gritos e todo tipo de reclamações não fizeram efeitos, então a única via que restava era de ladrar; como de nos fizeram uma nação de cães. Ladrou-se tanto, dias e noites só para que se aceite a existência do tribalismo na terra. Esta vitória é do povo angolano, e, mesmo aceite hipocritamente, vamos com toda a consideração agradecer o MPLA, porque isto será o inicio da reconciliação entre angolanos e da reconstrução nacional; caso se abraça a lógica da experiencia histórica.

Ninguém foi capaz, do que eu saiba, a descobrir a fonte do tribalismo angolano no espaço como no tempo. Mesmo o grande Pepetela que no seu livro O cão e os caluandas desbobine o segredo do operacional tribalismo e racismo não conseguiu localizar a sua fonte. Não se sabe quem foi o primeiro tribalista angolano, de que província era, como e quando publicamente revelou-se. Eu não vou cair na tentação de escavar para encontrar uma solução que já não se precisa. Primeiro é que sou muito jovem, segundo é que os velhos angolanos não escreveram sobre este caso, terceiro é que o governo português que aproveitou deste sistema não poderia pronunciar-se neste caso. Com toda a certeza sabe-se hoje que existe tribalismo em Angola. Sabe-se também que fomos oficialmente chamados a combater contra esta epidemia social. A chamada do Vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida da quinta-feira não é só para a JMPLA porque é um dever nacional. Do meu lado sempre fiz apelo a quem cabe esta responsabilidade dentro do aparelho de estado para que possamos encontrar um instrumento capaz de erradicar este monstro na nossa sociedade. Voltando cinco décadas atrás, eu curiosamente acusaria o colono de fomentar o tribalismo em Angola porque optou sempre pelo ‘’dividir para melhor reinar’’ assim os nossos irmãos foram vendidos a preço do tabaco ou espelho pelos chefes para ir cultivar canas em diferentes ilhas e terras do mundo tais que Cuba, São Tome, Cabo verde, Brasil, Haiti e outras.

Sendo jovem que presenciou o nascimento de Angola soberana, eu nunca fui capaz de entender as origens e causas do tribalismo num país novo como o nosso mas tive toda a sensibilidade de ver, sentir e conhecê-lo. Fui muitas vezes vítima deste sistema da corrupção social. Não só eu mas como os meus irmãos, primos, amigos, colegas etc. Como chegou-se ao senso e decidiu-se de ‘’estimular a cultura da democracia e do amor aos ideais da reconciliação, paz, justiça e desenvolvimento’’ como profetizou R.A estou consciente que a casa será arrumada começando no próprio quarto do MPLA (a caridade bem ordenada começa em…).

A minha realidade sobre o tribalismo angolano parte em 1975 quando o MPLA querendo posicionar-se na plataforma política e poder em Angola, usou da sua macabrosa estratégia do comunismo para enfeitiçar os angolanos do norte, depois de envenenar os do centro, expondo-lhes perante a comunidade internacional, demonstrando provas do canibalismo. Este cenário não foi uma fábula ou ficção, nunca uma montagem ou invenção, não é imaginação nem sonho. Essas acusações foram feitas oficialmente e não se limitou só aos fiéis da FNLA mas expandido a toda região. Dali ficou impresso no miolo de cada angolano que seus vizinhos de Cabinda, Zaire e Uíge são verdadeiros canibais. Tudo se fez para convencer os nossos vizinhos do sul como do centro que era propaganda tribalista do MPLA mas viram-nos sempre de lobo com cara de cão. O nosso povo não faltou sabedoria porque acreditou nas provas materiais que lhe foi apresentado e ficou eternamente hipnotizado desacreditando todo homem do Zaire, Uíge e Cabinda com a excepção de homens que comem no prato do MPLA como Ambrosio Lukoki, Pascoal Luvualu, Paulo Jorge, Abilio Sianga, Dino Matrosse, Maria T Pedalé, Quarta Mpunza, Mankenda Ambroise, Garcia Miala, A Canga, Venâncio de Moura e outros que eram e ainda são fiéis do Partido do Trabalho. Os dembos, Nzau Punas, Ernesto Mulatos e outros eram classificados como Holden, mesmo Hendrick Val Neto, de grandes canibais.

Hoje não teremos timidez de chamar ao MPLA de continuar com a mesma coragem e esclarecer esta situação aos angolanos; isto é vital. Foi esta prática que, irrigou a semente da obra colonial, nacionalizou e encorajou o tribalismo angolano. Nesta altura a UNITA não tinha uma expressão militar ou politica para influenciar o povo angolano. Se JES nunca teve coragem de ver este caso e algo oficial fazer, vamos explorar a coragem do Vice-presidente para iniciarmos a verdadeira reconciliação. Que Roberto de Almeida venha ainda explicar aos angolanos que já não é tempo de fazer politica a base da mentira. Queira como não, Deus está ao nosso lado. Que se acredite ou não a verdade triunfará sempre, dando mais que a mentira nunca teve longas pernas. Qualquer governo humilde e democrático não terá vergonha e não faltara coragem de retirar todo obstáculo que impede o desenvolvimento da sua nação. Esta abominação continuará julgando a consciência dos angolanos de geração a geração; caso não se faz algo agora. Não é que se dizia os homens passarão mas o MPLA não passara? Assim também os povos do norte não passarão e de geração a geração, serão coroados por canibais; se assim for o desejo do nosso governo.

O tribalismo e a política da exclusão social do MPLA estão na origem e são a causa do desmembramento de Cabinda como da Lunda. Se não tivermos a coragem de retirar o veneno que foi implantado não se poderá resolver questões sensíveis de interesse nacional e não poderemos unificar os povos em torno de um governo qualquer que seja!



JDNsimba©2010publ/024

sábado, 13 de fevereiro de 2010

JES, ATE QUANDO

Eu sou angolano tanto como outros. Tenho uma opinião porque Angola é minha preocupação. Preocupação porque Ela é uma nação e não um rebanho. Lá vivem centenas de almas que como eu merecem respeito, direito da vida e de todos acessórios que o quotidiano da vida exige. Sabe-se melhor que por direito divino, o angolano foi bem abençoado para viver uma vida sã, coroada de sucesso porque o país tem um recurso humano muito variado, recursos naturais e minerais bem enriquecidos. Há mais motivos para se glorificar pois ser angolano é ser príncipe, assim o explica o termo Ngola, que é a palavra mãe da derivação de Angola. Falar de Angola deve-se constituir uma responsabilidade de todos angolanos. Então vamos todos contribuir duma forma a outra dependendo das oportunidades ofertadas pela sociedade política que actualmente detenha provisoriamente a chave de tudo.

Este tempo já não concorda com as brincadeiras comunistas ou diria mesmo passatempo do governo totalitário do movimento dos comunistas. Não vivo no obscurantismo para confessar que ser comunista é um pecado. Conheci o mundo comunista e nele tive a oportunidade de desenvolve-se em algo. O comunismo tinha o seu lado positivo que muitos angolanos nunca mais conhecerão porque foi-lhes apresentado um comunismo prestidigitador. Este tempo é época de falar sobre Angola: a sua politica, a economia, as esperanças do povo, os planos governamentais, os progressos da nação enfim tudo que a curiosidade sensorial pode carregar. Este é tempo de criticar e sugerir; é tempo de permitir ao angolano de exprimir-se profissionalmente, socialmente, culturalmente sem exibir a sombreada cultura do passado onde fomos conotados com a guerra, estupidez, alienação e tudo de negativo que se carregou durante longos anos do comunismo angolano.

O nosso Presidente, Sr José Eduardo dos Santos ou simplesmente JES para os mais queridos tornou-se um eixo da balança politica no país com possibilidade duma expansão continental mas também é visto como uma certa ‘’bermuda’’ no ponto de visto económico. Lembrai-vos do famoso triângulo das Bermudas no coração do Pacífico! JES não deve ser intocável como se pretende no círculo do MPLA. Me lembro ainda como criança pensava-se ‘’que o pai tem sempre razão’’. Que o pai era perfeito e sagrado por isso foi/é intocável. Esta mentalidade foi-me/nos incumbida pela mistura da cultura banto com a rigidez da educação colonial de chicotes. O PR assume a posição de Pai da nação e não deve ser uma queima-roupa. Fala-se do PR com respeito usando uma linguagem de mérito presidencial como paternal. Logo o respeito não é e nunca foi um presente. O respeito merece-se. Ele é uma qualidade que se adquire ao longo da vida, investindo-se no sentido de antecipar oferecê-lo aos outros. O respeito pode se adquirir conforme o resultado da sua contribuição professional, das suas maneiras de agir e reagir, do seu comportamento social no seu meio social.

Eu penso que JES merece o meu respeito total, já pelo facto de ser o nosso Presidente. Esse respeito e consideração fazem parte dos direitos e deveres de cada cidadão, independentemente da sua afiliação partidária, da sua opinião política, das divergências em opiniões. Assim vou dando respeito ao nosso PR, José Eduardo dos Santos; até porque constitui uma recomendação bíblica. Opinar sobre a obra de JES não pode nem deve ser visto como pecado ou revolta; não creio! talvez se jogarmos a hipocrisia. JES é um jovem que foi digitado para substituir o Saudoso Agostinho Neto. Dirige os país há mais de três décadas e tem alcançado um resultado debatido. Debater um sujeito não é forçamente um pecado. Um debate exige que haja conhecimentos, poder de analisar, criticar mas também oferecer as alternâncias para não criar um clima negativista.

Diria eu que JES é um homem que fez e continua fazer o seu tempo na liderança do destino de milhares de angolanos. Ele soube cumprir as suas missões em diferentes tempos: guerra e paz, comunismo e democracia, pobreza e riqueza etc. Ele realizou grandes obras que mesmo sem querer ficarão definitivamente na história do angolano. Não vou me permitir por áqui dizer que ajudou Angola nadar num mar de rosas, porque na sua liderança aconteceram várias coisas que agradaram e feriram a consciência angolana. Não estamos perante um tribunal, onde o réu e o juízo acabem por ser culpados porque inventaram a lei e abusaram a mesma lei como é de costume na banda. Não tenho vergonha nem falto consideração para dizer que em poucos anos da democracia (isto é desde 1992), JES fez mais do que toda a sua eternidade no comunismo. Isto sem portanto considerar os motivos, as razões e mesmo da existência da guerra. Muitas coisas não foram feitas, porque não se sentiu na obrigação de fazê-las, questão da ética do MPLA, a própria consciência do JES. Outra coisas não foram feitas devidamente por falta de interesse, da experiencia, da própria pressão da oposição e por falta duma visão do movimento dos camaradas. Ele, tardiamente acordou, quando o tempo já tinha voado mas pensa ainda que pode realizar milagres! Bom Presidente foi, mas com certo desleixo. Este desleixo, é o sujeito que JES pensa ainda corrigir quando já não tem energia suficiente. Por cima quando os leões a sua volta esperem uma ocasião para devorar!

Hoje, penso eu que já não se espere muito do nosso JES. A sua própria lógica pode dizer muitas e outras coisas mas…o tempo não esperem por ninguém. Agora é tempo para os angolanos pensar como planificar o futuro. Temos que falar da política, pensar já no apois JES. Este é uma lógica que Ele (JES) não talvez gostaria de pensar nem ouvir mas vamos ser realistas. O nosso Presidente já fez o seu tempo e deu o que podia dar, embora que ainda lá permanece. Ele já não tem quase nada a oferecer em termo de estratégia ecopolitica. Eu não estou áqui para insinuar que JES é caduco. Pode ser um pouco ultrapassado mas ainda é necessário. Há ainda quem pensa que actualmente é o único homem capaz de dirigir Angola mas duvido bastante que seria o único capacitado para dirigir o MPLA. A experiencia que acumulou tanto no MPLA com na Presidência do país faz com que necessitamos o homem. JES é cidadão angolano que merece de viver apaziguado na terra da sua derivação. Este direito natural será simplesmente conservado pelo respeito que acumulou no seu trabalho. Pela prestação que ofereceu a nação angolana. Numa outra linguagem diria-se que isto depende da qualidade da luz que o seu coração tem emanado durante o seu reinado, e dos adicionais quer da família como do partido. Ele tem ainda capacidade de embelezar a imagem de Luanda, infelizmente Luanda não é Angola. Fazer o que tem feito, numa escala nacional, não lhe é possível uma vez já não tem este precioso e incontrolável tempo. A cadeira presidencial tem um ímano e um poder hipnótico que ninguém quer abandonar, e caso o angolano não entenda isto, vai-se um dia nela (cadeira presidencial) colocar o defunto de JES para continuar dirigir-nos, o que seria uma tolice jamais visto nesta humanidade. Muitas vezes quando homens não têm capacidades de decidir, o tempo decide e determina sem portanto dar opção ao homem, mesmo sendo Maestro de tudo.

Estamos perante um cenário, onde nada devemos esperar mas não se deve cruzar as mãos. O tempo de manas já não vai regressar. Se o MPLA ainda espere em JES e Angola já não espere ao homem, quer dizer que estamos perdidos. Quer também dizer que há crises no MPLA mas deve-se entender que Angola de hoje já não é MPLA. Temos muitos partidos, temos apartidários e declaramos sermos democratas. Os angolanos (do MPLA, da oposição e sociedade civil) podem ainda algo fazer. Podemos ainda fazer o cêntuplo do que fizemos no CAN. A lei do desenvolvimento e da evolução exige que os filhos sejam melhores que os pais (profissionalmente). Isto implica que os actuais novos membros do MPLA sejam melhores que os da revolução, os da historia dos comunistas. O que se precisa neste tempo é a mudança; mudança no MPLA, na oposição como na sociedade civil. Todo angolano será contente com a continuação do MPLA no poder, mas um MPLA democrático, com mudança - um MPLA que cresceu politicamente, estrategicamente com uma visão nova e forte. Este é o sonho, este é também a minha oração! O nosso sangue não deveria possuir uma cor partidária.

Sabe-se bem, e digo isto com todo o respeito. JES quer eternizar-se no poder só para proteger a sua família. Para proteger a riqueza que se acumulou nestas décadas. Ele vai lá ficar a todo o custo só para manter a dominância do seu clã em relação aos outros emergentes. Eu não sou perfeito mas duvido que JES tem alguma coisa nova a oferecer Angola, além da sua experiencia. Ele pretende continuar a jogar um decisivo papel. A ideia é boa mas pode se jogar este em qualquer posição, diria função. Ele deve abandonar para continuar assistir-nos com a sua experiencia. O homem está afogado e não está sorrindo (ou tem um sorriso falso) mas está morrendo à presença de toda Angola. Assim é que os naufragados morrem e eu não gostaria de cometer este pecado de participação!

Quem tem ouvidos oiça o que….


JDNsimba©2010publ/023

POESIA: RASTO DO TEMPO

Pouco importa como ou quando
Sofro na tua felicidade
Quando o pior e meu melhor amigo
Lamento não investir na tua fidelidade
Quando o futuro se declarou meu inimigo
Pouco importa quando as lágrimas não cessam

Sou a árvore seca no cachimbo da esperança
Sou a mulembeira abandonada na beira do Kandombe
Sou o pássaro fugindo o inverno
A procura de aventuras não existentes
Na doçura do seu poço que me foi roubado
Apagou-se o brilho do meu ouro, sou o menino em plástico
Sou o Symax que apagaste.

JDNsimba©2010publ/022

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

LUPA BIBLICA: CULPADO ANGOLANO

Grandes filósofos de tempos históricos ensinaram-nos que o homem nasce, cresce, reproduz, envelhece e morre. Esta forma de definir a vida humana numa concepção abreviada parece fácil de entender mas que não e fácil absorver uma vez a cronologia da vida conhece dramas e factores que muitas vezes tornam a vida num labirinto. A experiência do dia-a-dia ensina-nos que a vida é curta e que se vive uma só vez. Isto não tem nada a ver com a religião ou com qualquer outra inspiração porque o homem foi criado com uma capacidade de poder bem contar seus dias. Tanto os intelectuais como os analfabetos sabem e concordam que só se vive uma vez; isto quer numa outra forma demonstrar que não há reincarnação, e não pode haver distracção.

Eu pessoalmente não acredito que sou produto de um ‘’big bang’’ ou mesmo continuação evolutiva de um anfíbio ou talvez dum primata. Acredita naquilo que acham, mas eu refuto as tais teorias uma vez a minha consciência tem capacidade de raciocinar noutra forma e noutros horizontes. Contudo somos humanos a viver em diferentes sociedades e sobretudo em princípios democráticos, onde cada tem a liberdade de pensar e acreditar segundo a potência do licor do seu copo. Vive-se hoje em sociedades onde intelectuais não conseguem diferenciar o bem ao mal, macho a fêmea, liberdade a libertinagem etc.

Pelo menos não se discute que o homem nasceu, quer dizer, tem uma origem humana. O homem pode não ter a certeza da sua origem paternal mas sempre sabe-se sem sombra de dúvida a sua ligação umbilical com a mãe que aguenta os nove meses de emoções indefinidas. O homem que dos seus pais recebe a vida, quer e procure, com toda a sua energia, viver uma vida satisfezante. A penetração do homem na sociedade se faz por várias feições, em diferentes localidades, alguns beneficiando de condições pré-arranjadas enquanto outros vão lutando para arranjá-las. Assim nascemos numa pátria, em determinada raça, nuns pais que não são da nossa escolha. Logo seremos abarcados pela cultura e tradição dos nossos pais e da zona da nossa raça ou talvez da etnia. Na sociedade o homem é chamado a forjar seus caminhos para uma vida melhor. Uns nascem nos perímetros da riqueza, outros terão que lutar para algo conseguir mas infelizmente nesta luta uns conseguirão, outros será talvez condenados ao sofrimento, reduzidos as desgraças.

Eccl 8:9
Foi com cautela que examinei toda a obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.

Quem herdou a miséria tem sempre uma vida de sobrevivência, perguntando-se infinitamente porque isto, porque aquilo. Ele vai procurando o culpado da sua miséria até condenando outros sujeitos. Tudo isto é porque o homem tomou a posição de escravizar e reduzir outros. O egoísmo humano fez com que outros acumulam por sós o que deveria sustentar todos. A caça da boa vida fez com que o europeu deslocasse à África e outras terras a procura daquilo que hoje chamem aventura. A caça da riqueza fez com que a religião fosse utilizada como arma de combate para dominar e colonizar outros. A caça de poder tem feito que alguns clãs dominam sobre outros e uma minoria tenha autoridade de manipular a maioria e manter-lhe no cativeiro de sofrimento. Alguém tenta culpabilizar a religião, outros a política mas tudo isto é porque o coração do homem foi corrompido. O homem tem a fé mas também tem consciência, nasceu com intuito, instinto e reflexo de distinguir o bem do mal.

Economicamente sabe-se que a pobreza é o resultado do trabalho bem esquematizado do homem e não tem nada a ver com o Criador. Deus criou o homem dando-lhe toda a provisão para viver dignamente na sociedade. O angolano foi abençoado de bem viver por isso Angola tem toda a riqueza amontoada no seu solo. O homem não foi criado para escravizar outros mas recebeu o poder de dominar o universo (natureza vegetal, animal e astral).

Uma vez que a consciência do homem foi corrompida, iniciou-se a luta de acumulação de bens, poderes, reputações, fama assim a bruta concorrência pode-se chamar business. Até o gatuno pensa-se hoje ser vivo; que maneira de ver as coisas.

Me pergunto sempre porque a juventude, que outra vez considerou-se o futuro da nação não pode corrigir os erros dos pais preferindo segui-los e neles viver com banga. Assim os filhos dos ricos serão ricos e os pobres são condenados a pobreza. Por isso mesmo que os endinheirados casem entre eles e os pobre são utilizados para matar outros pobres, defendendo os ricos. Os que dizem dinheiro é capim dizem também que dinheiro tem poder. Quem não manda, cumpre! Diz-se na terra.

Quando o homem comete erros a sua ira é contra Deus! Mas porque? Deus não criou pobres e ricos, bons e maus. Talvez, foi culpado ao dar liberdade ao homem. O Homem recebeu do seu Criador a capacidade de ver, observar, analisar, pensar, escolher e decidir.

Não havendo revelação, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado (Prov 29:18).

Não se revolte comigo; vamos sempre cumprindo!




JDNsimba©2010pul/021