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sexta-feira, 7 de junho de 2013

ASSIM QUEBRA-SE O SILENCIO!


A não existência de um estabelecimento escolar para ‘’Presidentes’’ neste universo prova que pode-se adquirir qualidades para tal em diversas esferas técnicas ou profissionais, mesmo buscando aventuras. Não é por isso justificativo que na constituição angolana se estipula: todo cidadão angolano tem o direito de eleger ou de ser eleito; desde que reúna condições necessárias para o cargo. A experiencia ensina-nos que entre os líderes que a humanidade já criou nenhum nasceu presidente. Exerce-se a função de presidente como outras com ajuda de um Job description elaborado. Sabe-se pela lógica que todo presidente é antes de tudo um ser humano, tendo faculdades como outros com possibilidades de melhor contribuir ou de falhar e direitos de errar e corrigir.

Bem sabendo que discursar faz parte da arte de governar temos que ter em conta o tipo e estilo da governação que este mandatário empregue como metodologia de trabalho. Naturalmente sabe-se que o nosso PR não manda tanta cantura como tem-se procurado exigir a um shy. JES não é radicado no seio do povo como a maioria dos presidentes em nações em via de desenvolvimento, especialmente africanos. Pouco importa as obrigações morais da actualidade, os gritos de angolanos, JES fala pouco!!!

Para alem das condições arrendais (temperatura, luz, conforte, material e sonorização e segurança) que foram óptimas, a reacção do entrevistado vai correspondendo a acção do jornalista. Não vamos julgar ou mesmo condenar o facto desta entrevista ser indirecta porque razoes existem. Seria também injusto criticar a posição do jornalista, mesmo que foi péssima, pois ninguém decifra as cláusulas deste business.

Pela expectativa, diria-se que deixou muito a desejar porque a prolongação do silêncio era tão silenciosa que o próprio silêncio. Seria normal uma vez que os políticos angolanos não foram chamados a fazer a leitura do tempo no meio do povo, senão somente nos sofás do parlamento. O facto de colocar este quebra-silencio nas mãos da mídia não angolana enxugou o dulçor da fruta. Vejamos que no decorrer de 45 minutos da entrevista, o jornalista foi bem limitado. Procurou afastar-se da deontologia jornalística, esquivando importantíssimas questões que preocupam a inteira nação. Talvez que não dominasse bem o dossier angolano ou que tivesse medo da máfia angolana. A sua acção demonstrou claramente que foi uma entrevista ficcional onde a água só seguiu o percurso do rio.

Em toda entrevista houve simplesmente duas perguntas: a primeira e a penúltima. Do resto foi protocolar! Acredito autenticamente que os locais fariam melhor, mesmo alem das camisolas partidárias.

Para responder a primeira questão, o Presidente basculhou repetidamente da esquerda a direita seus olhos fitando incessantemente o seu caderno de notas. Na sua resposta, Ele não desenvolveu os pontos que anotara mas sim foi recapitulando no seu caboche o que já tinha memorizando, repetindo varias vezes duma tarde a outra sem nela introduzir o sentimento (que se espera) de aperfeiçoar tanto nas promessas como nas realizações.

Psicologicamente, o Presidente ficou muito mais meditabundo na gramática, como se tivesse medo de errar. Este ultra concentração usurpou o sentido e o valor do pronunciado, do patriotismo e da própria serenidade. Assim no discurso, orneou-se um quadro numa tábua roto, oco e podre com cores permeáveis. A seguir retomou o controlo da entrevista respondendo facilmente tudo que lhe foi atirado sem transpiro para agradar o desempregado português e um publico angolano incógnito. Na sua presentação física, daria-se-lhe a máxima nota. Ele tem vigor de quem não está disposto a deixar brevemente. Portanto foi triste ouvir como conotou de forma pejorativa certos jovens manifestantes (de falhados, frustrados). Uma desconsideração que um verdadeiro Pai não faria aos seus próprios filhos. O nosso PR não foi posé nas suas locuções. Ele ofereceu muitas aberturas ao jornalista dando-lhe cem e uma possibilidade de bombardear com mais perguntas e sob questões sensitivas, mas o cara ignorou todas as brechas.

Na penúltima questão:
Q. que tipo de regime ideológico vigora actualmente em Angola?
R. Uma sucessão nebulosa de palavrões. Umm… de esquerda, umm…democrático, umm…de centro esquerda… enfim boa fraseologia. Seria muito vulnerável perante reputados bons jornalistas por ai. Então, indicadores provam pelo menos não é hoje que: angolanos vão matar a sede.

Assim o PR quebrou um abstracto com o concreto? ou foi um concreto com o abstracto? Advinha quem poder!



Nkituavanga II