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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A EBOLANIZACAO DE AFRICA

Vive-se hoje este mundo nas aplicações da lei filosófica da negação. Isto faz com que em toadas as sociedades hajam bons e maus. Porem é muito preocupante quando o coração do homem se inclina mais para o lado negativo; embora cada tem direito a escolha e decisão. É lastimável deparar-se com um mau médico ou advogado. É muito falível ter uma esposa ou um marido mau. Ainda é azaradíssimo ser dirigido por um ditador, que acumula toda a riqueza como propriedade pessoal condenando uma maioria na miséria. Ser mau nunca depende da cor, capacidade financeira, cultura, nível de formação, estatuto familiar mas é um estado do coração humano por isso depara-se também com padres mafiosos e pastores gatunos, corrompidos etc.…

Devido acontecimentos dramáticos que vão sucedendo dum hemisfério ao outro, pode-se concluir que o mundo está passar um período global de muita agitação, um tempo perplexo. Há crises que têm mobilizado certos motivados para encontrar soluções. Da mesma forma existem homens e instituições que vão obstaculizando soluções porque são barreiras ao desenvolvimento. Tanto os problemas como soluções têm também origens e consequências, promotores e beneficiários.

O que realmente se passa como causa da preocupação deste universo é a superlotação da população mundial; o mundo está superpovoado. Actualmente a população do mundo é de 7 bilhões de habitantes com a previsão de aumentar em 10.4 bilhões em 2100. Portanto projecta-se diminui-la a 5 bilhões. Este alarme de pânico universal está baseado no desequilibro existente na incapacidade de alimentar esta colossal população. As instituições governamentais e onusianas (da ONU) já não têm respostas alternativas ou adequadas para alimentar a população dos respectivos países e do mundo. Um povo faminto é um perigo para o seu governo; assim como o explica um provérbio africano ‘’barriga vazia não tem ouvidos’’

A grande, constante e consistente questão é como controlar as populações do mundo? Para tal uma macabrosa maquina já anda activada há longos procurando soluções para esta equação. As resoluções foram testadas e implementadas em vários países. O controlo da população só pode-se realizar através a redução da mesma. O já aplicado demonstra muitas pistas entre as quais: método contraceptivo, a fertilização, abortos e esterilização. Esses métodos foram já aplicados em muitos países do mundo (Nigéria, Índia, Nicarágua, Níger etc.) tanto oficial como ilicitamente. Muitos governos foram pagos para aplica-los na sua população, especialmente em América Latina e África. Houve casos escandalosos onde mulheres foram vacinadas (sem que haja explanação) para perder capacidades reprodutivas. Houve distribuição em vários países de leite para esterilizar o mecanismo da criação biológica. Há crianças que também foram alimentadas com este tipo de leite e nunca irão reproduzir na vida.

Outra alternativa para o controlo da população é promulgar uma lei que limita o número de crianças na família. Esta lei foi implementada na China mas está-se revelando insuficiente. Sabeis que a China é o país mais populoso do mundo. Ela aplicou a lei de uma criança por família para o controlo da sua população. Esta medida introduzida desde 1978 conseguiu prevenir o nascimento de 400 milhões de crianças mas mesmo assim a China continua encher o globo. A outra medida é o uso da influência religiosa para controlar o crescimento natalício com um programa de planificação familiar. Nesta óptica, preconiza-se um projecto para reduzir a população de Quénia no ano 2030 de 4.6 para 2.6 crianças por família. Esta medida também foi aplicada em Angola no sentido de vencer eleições.

A provocação ou montagem de guerras e introdução sistemática de epidemias são também métodos para o controlo e redução da população. A guerra que não deixa de ser um factor económico para aumentar mais-valias faz parte de estratégias para ganhar novos mercados da produção económica. As guerras do Iraque, Afeganistão, RDCongo, Líbia e Mali são exemplos, onde o petróleo, opium, coltan e urânio foram riquezas atraentes como razão para instalação destas. Muitos teoristas da conspiração sobre a redução populacional atribui a guerra de Adolfo Hitler neste caso mas actualmente projectos genocídios contra a população hutu na Ruanda foi uma implementação de Bill Clinton e Tony Blair, que se alargou ao genocídio na RDCongo. A erupção de epidemia de malbury no norte de Angola e ebola no Congo foram partes deste projecto do controlo populacional.

Malnutrição e fome fazem parte do grande plano. O uso da ciência criou capacidades para inventar, estimular fenómenos naturais catastróficas tais como provocar tsunamis, secas e fome, pobreza etc. Assim sabe-se hoje que a fome na Etiópia, Somália e Sudão foram obras da invenção humana, como a fome de Kunene foi a vontade de lideres. Falando da fome como mecanismo para o controlo e redução da população; um globalista e zoologista universal, David Attenborough fez recentemente uma (escandalosa) declaração científica: ‘’apelo as nações do mundo para parar enviar ajuda alimentar (comidas) as nações esfomeadas para reduzir a população do mundo’’ ele reiterou ainda que ‘’a actual população é um perigo para este universo’’ Ele queria simplesmente apelar ao mundo civilizado e desenvolvido de não enviar comida a África. Noutra forma mais simples: ‘’vamos eliminar africanos’’ Nujikuleno meso!

Tudo que o homem mal-intencionado cria para o seu egoístico beneficio acaba sempre atacar e combater contra os objectivos do próprio; assim acredito e as experiencias o provam. Existem outros métodos para o controlo e redução da população como: a mundialização e o global warming.

Ebola no continente: provavelmente em Angola

Quanto a ebola, não tenho como defini-la mas este vírus esta provocar pânico não só em África onde foi implantado mas no universo. Esta sofisticada e incontrolável febre é contagiosa pelo contacto com toda substância da biologia humana. Ela provoca uma mistura interna com o sangue e o resto que o corpo humano é capaz de produzir. Ebola é realmente uma criação humana, queria aqui dizer que, este vírus ou super-micróbio foi inventado nos laboratórios de América por fins militares. Ebola é obra do cientista Jonathan S. Towner com a denominação de EBOBUN sob a licença EP2350270A2 e CA2741523A1.

Cientificamente a ebola é a arma suprime com capacidade de eliminar massivamente a população duma região e atingir os objectivos da redução populacional num tempo recorde. É uma arma eficaz para que se consegue a Ebolanização. Ebolanização é simplesmente o processo de controlo e redução massiva da população através a secreta introdução deste vírus numa determinada região para facilitar a recolonização económica que se preconize.

Desenvolve-se muitas teorias americanas para explicar esta monstruosa criação. Há teses como se justifica o uso deste vírus no campo civil e não militar. Portanto as experiencias no terreno provam ao contrário. Vejamos que para reter a propagação desta epidemia os estados Unidos de América e Reinos Unidos enviaram primeiramente contingentes militares/armas nas zonas afectadas, portanto soubemos certamente que qualquer doença se combate com médicos/medicamentos. Outra coisa nunca pusera a disposição do africano uma vacina contra esta epidemia quanto ela só o afectou, e ate hoje não se conta sobreviventes africanos desta epidemia. Logo que ela infiltrou, não se sabe como, as terras poderosas criou-se sem hesitação uma vacina (que já foi criada há longos mas para uso especial). A propagação do pandemónio dum ponto ao outro de África resta misteriosamente inexplicável mas prova a transportação, transferência ou deslocação deste no espaço africano.

Diminuir as populações africanas é mais coesa, fácil e (para eles) justificada uma vez que o continente tem um subsolo prometedor e uma economia muito emergente. África nunca teve uma independência económica e é fácil recuperar o seu controlo uma vez lideres são facilmente corruptíveis e demais trabalham para seus patrões. Também na vista dos poderosos, o homem africano não possui um valor moralmente igual aos outros e não tem voz com autoridade universal. A qualidade da saturada indústria e economia do mundo desenvolvido já não oferecem muitos alternativos para o seu desenvolvimento, enquanto a África virgem oferece grandes hipóteses. Assim as antecipadas cimeiras vão oferecendo vias desta recolonização: a cimeira de Lisboa, a cimeira USA-Africa e ultimamente a cimeira Alemanha-Africa são vias, pelas quais Angola cegamente milita. Portanto entende-se que uma África sem capacidade de defesa contra ebola será constringida de voluntariamente convidar a esta recolonização.

Angola tem uma economia sã e emergente. Ela tem um crescimento populacional muito forte devido o desenvolvimento da sua natalidade infantil. Rica Angola encontra-se em África central zona que se considera economicamente como escândalo geológico. Angola também faz parte da zona da actual observação politica: isto é onde presidentes manipulam constituições e estão muito mais tempos no poder. Angola encontra-se na zona preconizada para a dominação tutshi. Em Angola pratica-se ainda o totalitarismo no pluralismo. Esses poucos factores provam que Angola está entre os países onde ebola será plantado e capitulado. Nujikuleno meso!


Nkituavanga II

 

 

 

 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A LOGICA DO TOPO

Chegar ao topo pode ser normal mas não é natural. Eu queria dizer todo homem é chamado a escalar um certo ‘’chain of command’’ numa empresa, organização, grupo sociocultural, partido, comunidade etc. Todos iremos avançando dum lugar, dum posto ao outro mas todos não foram convidados a chegar ao topo. Eu acredito sempre que nenhum ser humano é vazio; por isso cada tem algo contributivo. Ninguém está neste universo social para acompanhar os outros. Daí não compreendo como alguns se coloquem voluntariamente a disposição dos outros para ser usados. Também não acho justificativo como outros se tornem lambe-botas, e finalmente admiro o poder cruel daqueles, tendo um sorriso irónico no cantinho dos lábios, orgulhosamente condenam a grande maioria no sofrimento, pobreza e cativo.

Forjar o caminho para o topo é uma batalha para ambiciosos mas também de cobiçosos. Cada elemento vai lutando, dando o melhor de si para chegar ao destino dos seus sonhos. Nesta caminhada, o estilo empregue vai dividindo-nos em diferentes grupos tais de corajosos, combatentes, ambiciosos, cobiçados, monologamos etc. Cada individuo vai chegar no seu tempo, investindo a sua energia, tempo e finanças; uns antes dos outros e no seu estilo; facilmente ou dificilmente: alguns com mérito, uns fraudulentamente (cunha, batota, corrupção), outros digitados. Se permitisse dizer por azar da natureza; então a infelicidade cai naqueles que tem competências porem não tem padrinhos na cozinha! nunca serão vistos, conhecidos, nem promovidos. Neste cortejo para lobos, as raposas fiquem logo na esquina da despromoção.

Subir ao topo é já uma luta, mas manter-se no topo pode ser mais brutal e fatal; o topo tem suas realidades. O raríssimo caso é manter-se eternamente no topo da hierarquia de qualquer estrutura organizacional. Bem, o facto é que há vitalícios no dinamismo desta politiqueira africana! A explanação que este cenário oferece é que esta sociedade/organização não concebe inovação; refuta evolução, está pútrida talvez rota. A outra alternativa é dada pela crise de leadership no movimento político de África, determinando desta forma que o homem do topo seja antes de tudo auto-superlotado ou talvez auto-ditador. Em Angola contemporâneo manter-se no topo é ditado pela ferocidade da competição que ocorre no meio sócio laboral entre as hienas. Estes, em vogue sobrevivem envenenando-se uns aos outros com a poeira como se denomina na gíria de Luanda. A outra lógica do topo que a sociedade africana/angolana proporciona é recorrer a religião ou kimbanda. A religião já muito decepcionara por isso muitos membros da classe media emergente de Angola preferem a segunda via; da makumba/magia negra que melhor combate contra exonerações. Bem aventurados são os pastores, professores, doutores, directores, técnicos, políticos e outras elites desta nova classe social que vão se inclinando pela magia branca. Há quem se orgulha pertencer a um aquartelamento/lodge satânico da Rose-croix ou maçónico. Eis a nova moda da prosperidade angolana. Que pena?

 
Nkituavanga II

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A COR DO MAL ANGOLANO


Há quem profere que Angola é uma República bananeira. Dando possibilidade, este pode evidenciar a sua tese com argumentos que justificam suas declarações. Existem também aqueles que não aceitam Angola como uma República, pois pela prática justifica-se como uma dinastia. Outros ainda imaginam que Angola é um país rico, mesmo quanto a realidade fundamente a nossa pobreza e demonstra que somos ricos vivendo na calamidade; assim obrigam-nos crer.

Crescemos com uma mentalidade emocionalmente comunista porque fomos instruídos desde nossos locais de trabalho, quartéis, organizações populares como a jota, opa e oma mas também nos centros escolares, que éramos camaradas e não amigos, camaradas e não compatriotas, camaradas e não familiares por isso cada um tinha a missão de controlar o outro, até espiar o outro para conservar a segurança do estado, que era simplesmente o partido único. Isto implicava queixar, acusar, reportar o mínimo erro ou falha do outro. Num outro falatório diria denunciar ‘’o mal’’. Este mal só tinha características angolanas, definidas conforme o dito partido. Angola nasceu assim nesta ideologia!

Segundo o dicionário didáctico, o mal define-se por: ‘’tudo que prejudica, que causa dano ou que é contrario ao bem. Doença. Dor. Desgraça’’. Eu tive complicações para explicar isso uma vez que eu pensava defini-lo como pecado. Infelizmente declinei cair nesta armadilha para não ser incriminado de religioso, que nunca gostei de ser. Portanto acredito também que o mal é tudo que se faz fora das normas e regras gerais. O que não segue a lógica, não respeite a ética e não se execute conforme a deontologia profissional e patriótica. Tudo que se faz além, contra e em cima da lei e produz insatisfação.

A actual misteriosa democracia implementada pelos comunistas de ontem não foi suficientemente preparada para definir o mal. Como não pode se definir então não se denuncia. O mal integra o nosso dia-a-dia, entrou na agenda da República como positivo virtude. O mal é o convidado de honra nas instituições. Ele está vestido de casaco vermelho, calça preta e calçado amarelo. Isto porque nunca tivemos aulas de civismo nem da religião, porque alguém decidiu de fazer-nos fanáticos de um homem e não de deuses. Os valores morais da nossa cultura e sociedade vão cada vez mais se evaporando.

Denunciar o mal é hoje negócio de invejosos, de frustrados, de falhados até de fantochadas. Calar ou fechar a boca é patriotismo enquanto denunciar é covardia; por consequência reclamar seus direitos é rebelião, atentado contra a integridade territorial, contra a segurança nacional.

Se por uma obrigação sociopolítica não podemos denunciar o mal talvez tenhamos o mínimo direito de rejeitá-lo. Que fazer? Fomos erguidos como políticos no sentido oposto. Querem fazer-nos crer e aceitar que tudo enquanto feito por eles é sempre bom. Mesmo quando as consequências semeiam miséria, sofrimento e retrocesso. Que o mal não existe nesta terra onde foi instaurado o espírito de ‘’sim senhor’’ partindo do Parlamento que foi se alargando no seio dos populares.

Que somos nos então? Uma Republica bananeira, uma nação de mentirosos, ou um país de covardes? A proliferação do mal está atingindo todo tecido social e vai estendendo-se até agasalhar todas as culturas. Só que o mal não reina eternamente, queira como não, ele acaba sempre ser exposto a vista dos cegos. Aí está… tudo que brilha não é …O mal nunca mude de cor, cheiro e efeitos.


Nkituavanga II

 

 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

MPLA, DO PARTIDO A TRIBO

Desde a sua (suspiciosa) fundação ate hoje, o MPLA conheceu uma história própria que não só evolveu com o tempo mas que causou e sofreu também grandes metamorfoses no núcleo e na fisionomia do Movimento. Partindo do Movimento revolucionário para a libertação a passagem ao Partido do trabalho, e ate que se transforma duma sigla a uma entidade propriamente denominada MPLA, acumulou-se atributos históricos que com o tempo provaram e caracterizaram o seu perfil, funcionamento, historia, destino, objectivos, tesouro e reputação.

Vejamos uma coisa: um Partido Político (latim pars, partis = rachado, dividido, desunido) ‘’é um grupo organizado, legalmente formado, com base em formas voluntárias de participação numa associação orientada para influenciar ou ocupar o poder político’’ conforme a definição de wikepedia.

Enquanto Tribo é definida pelo mesmo dicionário como sendo: (do latim tribu) ‘‘o nome que se dá a cada uma das divisões dos povos antigos, possuindo um território e com algum tipo de comando, possuindo em comum a mesma ancestralidade’’

Para especificar certos atributos socioeconómicos, nas sociedades africanas numas certas limitações que caracterizem uma tribo, diria-se que ela pode ter diferentes línguas que vem da mesma raiz linguística, e que nos remotos, os anciãos ou a geração contemporânea compartilha a mesma geografia social. Pode ser um conjunto de famílias, e mesmo de clãs que tem denominadores comuns tanto na língua, hábitos ou costumes, e elos matrimoniais.

Com um reduzido grupo constituído pelos braços políticos e militares, que veio instalar-se no novo território soberano de Angola em 1975, o Mpla colocou-se logo a disposição da pátria negando qualquer colaboração com outros movimentos revolucionários que também lutaram pela independência. Tendo uma ideologia socialista na bagagem, o movimento comunista optou a dirigir o destino da nação num estilo totalitário; sem concurso de outros que qualificara de fantoches. Foi uma longa governação sob a ditadura proletariado, num território poluído pelas guerras que dizimaram dezenas e centenas de filhos de Angola. Foi um Partido que se montou com todas peças marxistas a procura obrigatóriamente colocar-se no meio da população sofredora. Pareceu-nos como se a independência trouxe com ela uma certa maldição; porque Angola conheceu miséria e sofrimento, não havia esperança e o pior foi que não havia saídas, porque careceu-se também sabedoria politica. Por enquanto o factor guerra era um rico argumento que tudo justificava. De outro lado, partindo das matas o Mpla teve uma preferência de criar uma cobra no seio do partido como da nação. Com o tempo, as mudanças politicas do universo forçaram o Partido do trabalho optar pela democracia, uma vez o barco do progresso estava visível e a única oportunidade era nele saltar. Optar pela democracia não foi uma opção escolhida mas forçada pelos próprios ventos da democracia que abalaram o universo, depois da queda do murro de Berlim.

A mudança ou transferência da mata a cidade não fomentou tantos transtornos na consciência desses revolucionários como foi caoticamente provocado na passagem do marxismo a democracia. Isto porque seus membros beneficiaram de uma observação da Rússia e Cuba mas especialmente duma auto-espionagem nas estruturas internas do Movimento como do Partido. A presença tanto física como ideológica do Agostinho Neto também arrepiava, pois as consequências sofridas pelos ditos fraccionistas eram uma lição do proletariado. O histórico Mpla ou o Mpla movimento tinha uma consciência. O Partido do Trabalho nasceu logo com crises de perca de memória. Aqui os anti-candonga tornaram-se candongueiros. O marxismo começou enfraquecer-se apresentando sinais de rebentamento. A propaganda da oposição armada também desempenhou uma função capital denunciando ‘’os segredos sujos’’ do partido de JES. E o tempo permitiu que o povo visse a verdadeira natureza do cameliao.

A função de um partido político é de desempenhar um importante rolo no seio do governo, de unificar o povo num conjunto que tem controlo deste. Ele desenvolve linhas políticas favoráveis e avantajosas, que interessem seus adeptos mas também a população que poderá influentemente organizar para que votasse ao seu ideal candidato, baseando-se do seu programa. Um partido não é um estado mas um participante activo aos programas do governo em todos os níveis, colaborando quanto necessário com outros partidos para o progresso ou desenvolvimento da consciência nacional. Um verdadeiro partido aceita a oposição, aproveitando sua s falhas para lançar seu programa coeso para o sucesso.

Falando hoje do Mpla, encontre-se uma imagem muito diferente cuja historia não tem haver com aquela do movimento e do Partido do trabalho. Hoje o Mpla tem novas formas de gerir e dirigir o país. Tem novos dirigentes que continuam emergir não das escolas do partido mas digitados com critérios inexplicáveis, escolhidos nas famílias de elites e nas preferências de homens com influências no círculo da alta liderança. Negam as concurrencias loyais e rejeitam toda proximacao.

Hoje já não se tem aquele Mpla que se infiltrou e se apoderou do povo Kimbundo com que se identificava como movimento nacional e partido de angolanos. O Mpla criou suas estruturas, com nova ideologia, tem suas fontes da inspiração e do recrutamento do seu efectivo ideológico. Hoje o Mpla já não fala a língua do povo. Tem a sua própria língua de comunicação. Tem uma filosofia indefinida e indetectada, que só líderes da proximidade sabem classificar. O Mpla tem a sua linguagem, que não é Kimbundo nem português, o seu modo de vida enraizado na luxúria, tem seus aspectos morais, diplomáticos e estruturais, e formulou uma historia própria que os ideológicos do partido como Lúcio, Lukoki, nacionalistas do tamanho de Mendes, Lopo não sabem explicar e muitos deles vão abandonando por decepção e morrendo por desgostos.

Assim como tem-se mudado a imagem de Luanda, se mudou as acumulações financeiras, se mudou também a politica de gerência. O proteccionismo do MPLA em vários domínios não facilitou a população reconhecer a visão deste. Este cegamente calculado proteccionismo continuou sobrevivendo nas bases da política da exclusão e do selectismo. Assim sofreram este, não só os povos do norte de Angola (conotados a UPA FNLA), como do sul (conotados a UNITA) mas também os próprios do centro (conotados hipocritamente ao MPLA). A exclusão social contra seus povos causou um isolamento e ruptura entre o MPLA e a população abandonada ao desemprego, pobreza e sofrimento enquanto nos alicerces do movimento caro ao Viriato da Cruz criou-se círculos de influência no poder. Esses privilegiados descobriram as debilidades do ‘’chefe’’ e lançam-se a caça da fortuna; pilhando tudo que Angola pode germinar e produzir. Sabe-se bem, quando o barco perde a direcção, há sempre confusão, debandado, massacres, torturas, saques, fugas, portanto distingue-se sempre na ultima hora um grupo de aventureiros prontos a procurar soluções para remediar mas define-se também heróis que desejam catapultar com o navio no seu naufrágio.

Como partido, o Mpla conseguiu seus objectivos de governar Angola. Ele fez muito para mudar a imagem de Angola, especialmente de Luanda. Fez tudo para reconstruir Angola; tarefa não fácil. Ele teve a vontade de realizar e realizou muitos empreendimentos embora que careceu-lhe experiencia. Falou-se constantemente da reconciliação nacional infelizmente procurou unificar-nos na divisão, com agenda tribalista. O Mpla se caracteriza como dois tipos de galinha. A primeira, o Mpla com história revolucionária, foi a galinha que deixe-se queimar protegendo seus pequenos. A segunda, o Mpla de hoje que continua sendo a galinha que chupa ovos. Este Mpla é visto pelos angolanos, e no exterior como tribo rica, multimilionária, que dirige uma nação capaz de produzir 2 milhões barris de petróleo/dia, tendo uma população que vive com menos de 1.00 dólar por dia, cujos dirigentes enchem salões de Bingos no Mónaco. Foi em 1992 que o povo perdeu a sua esperança neste grupo; porque as cascas de amendoins comidas nos fundos das águas têm paulatinamente subido nas superfícies.

Assim nascemos na luta e crescemos na frustração pois na família fomos criados em conjunto com cobras que foram digitados como filhos da casa. Nos crescemos ignorando que os nossos são realmente cobras. Essas cobras cresceram e vão multiplicar-se acreditando que são filhos da casa mas cobras… Os nossos pais da revolução ficaram sem vozes. Já não tem como dizer-nos que os irmãos não são filhos mas cobras; já que participaram nesta lavagem cerebral do Mpla contra os angolanos. Talvez a morte console estes e aqueles que partem pois há tendências que a tribo desse um salto, num futuro próximo para monarquia.


Nkituavanga II