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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O ANO 2009 ANGOLANO

O nosso portal informativo tem acompanhado de perto a situação de Angola; o que se vive dia-a-dia no soberano da nação angolana. Não só seguimos o percurso do desenvolvimento arquitectural das realizações angolanas mas também participamos de acordo as possibilidades que nos foram apresentadas. Muitos acreditam que a história não se repete, este relativismo de muitos é para nós uma realidade uma vez na prisma temporal o círculo não retrocede. Nos acreditamos o que se desenvolveu em Angola será elucidada porque acreditamos que a história de um povo não pode ser emprestada e nem tão pouco embrulhada, pois a nossa foi e é ainda.

O nosso observatório verificou muitos fenómenos e realidades das ocorrências que foram acompanhadas pela nação em geral, isto é de Cabinda ao Cunene embora alguma parte com muita clareza enquanto na grande maioria com obscuridade, uma vez não se permitiu ao angolano de agasalhar informações que lhe dizem respeito com veracidade. Tanto ao nosso governo como a nossa oposição, a informação foi uma arma de combate para se colocar na posição desejada. Assim o nosso povo foi muito manipulado, delimitado porque os órgãos informativos foram, ora privatizados ora nacionalizados, embora que não se sabe por quém e para que?

Muitos líderes, intelectuais e homens com autoridades tentaram em curtas palavras evocar seus sentimentos para explicar os eventos, ocorrências, enfim desbobinar o filme da vida que se projecta dia por dia em Angola mas especialmente em Luanda. A nossa capital continua a dominar tudo porque o nosso governo nega pensar na expansão da visão. O facto de aglomerar o terço da população na capital é suficiente para em qualquer eleição angariar votos que garantem uma vitória ao MPLA. Os investimentos restritos só a nível de Luanda facilitam a compartilha desequilibrada do rendimento, facilitam a obtenção da mão-de-obra estrangeira condenando angolanos no desemprego, na pobreza porque dirigir os pobres é mais fácil em qualquer parte do mundo. Luanda também ocupa uma posição estratégica no controlo da movimentação estrangeira, assim preferem que Luanda seja eternamente confundida como Angola. Luanda esconde a incapacidade de um governo de Luanda de cobiçosos que pretendem herdar o poder aos seus filhos desconectados com a verdadeira história de Angola.

Por áqui compilou-se todas as vozes que se levantaram do solo angolano, desde Luanda, de certos homens da oposição, como do partido-governo mas também de líderes religiosos e membros activos da sociedade civil. Essas declarações foram feitas no ano 2009 explicando-se com sentimentos de dores, de prazeres para defender estes ou promover estes mas deixamos uma vaga para o nosso leitor poder pensar e traçar umas conclusões.

José Eduardo Agualusa, escritor angolano que fez um balanço entre o produzido, lucros, investimentos, acumulados e desviados, comparando os recursos naturais e humanos, e as classes sociais declarou ‘‘Angola é um país com muitos recursos naturais, podia ser um país melhor para todos se essa riqueza fosse melhor distribuída’’. A sua explicação viria mais tarde ser esclarecida por um membro histórico do MPLA que justificou este cambalacho político-económico dizendo ‘’Estamos só educar a população no culto do chefe, como o é em todos os regimes africanos’’ Artur Pestana o incomparável escritor e politico angolano mais conhecido como Pepetela, membro do MPLA que acredita também que a máquina operacional do Movimento dos camaradas está encravada e que Angola vai seguindo as vias de outros países que conheceram o bem-estar mas que devido os erros políticos deste ou aquele chefe máximo, que identificaram-se ao culto de personalidade, que confundiram a propriedade nacional ao pessoal, finalmente sucumbiram na armadilha da cléptocracia, ditadura, oprimindo o seu povo de um direito divinamente estabelecido. Esta ideia foi também reforçada por Maria Eugenia Neto, esposa do primeiro presidente angolano, o Imortal e Saudoso Presidente Agostinho Neto reiterando "Olhe, o que eu acho é que quando havia partido único as pessoas falavam muito mais do que hoje. De tal maneira eles tinham liberdade que até montaram um golpe de estado - e nas calmas’’. Ela acredita que o actual governo está trabalhando no sentido contrário onde não há liberdade de tudo, quer dizer que o totalitarismo no pluralismo em aplicacao não funciona. Pelo menos não num país onde não há ainda a verdadeira reconciliação e com uma politica indefinida, que se diz democrática enquanto não é ainda. Talvez Nelo de Carvalho explicaria melhor já que se pretende sem Eduardo dos Santos, Angola não pode prevalecer e além dele Angola não tem outra alternativa. Embora que os angolanos acreditam que Deus é tão pobre, Nelo o bloggista angolano disse: ‘’A ideia obsessiva de que um homem só garante a paz e estabilidade é uma grosseira, uma estupidez que não se compara com nenhuma das ideias do passado’’ Este pensamento de Nelo não concordam com a citação de Marcolino Moco, antigo primeiro-ministro angolano, membro do MPLA e docente nas universidades angolanas que também opinou: ‘’...acredito que o MPLA é a única organização que, seja no poder seja na oposição, pode garantir, com certa eficácia, a construção de um país africano do tipo moderno’’ Se dermos hoje a nova possibilidade ao Marcolino talvez não seria capaz de reproduzir as mesmas palavras porque já entendeu como amarga é a pílula que o MPLA inflige aos angolanos. Coisas não funcionam e Angola anda doente porque tem um governo e uma oposição que só tem políticos cheios de teorias enquanto Angola tem procurado políticos cheios com teorias e práticas, por isso José Gama, um activista politico angolano que tem observado com lupa o progresso de muitos países justifica assim: ‘’A diferença é que a África do Sul é um país dirigido por um partido que monstra o que faz e Angola, por um partido que promete fazer’’. Mesmo assim as eleições presidenciais foram abolidas porque as teorias não conjuguem com vontade do PR e talvez da maioria da Assembleia. Esta imposição é justificada por um líder católico que defende o valor humano e do angolano exortando: ‘’Governantes angolanos matam pessoas que falam’’ –Frei João Domingos, padre. Isto porque na equipa do MPLA os deputados não são defensores de direitos e vivem com/nos conflitos de interesses, por isso Eduardo Agualusa voltaria justificar que: ‘’O que acontece é que há pessoas, que até há pouco tempo se diziam marxistas e apologistas de uma sociedade igualitária, que estão hoje alheios ao sofrimento da maioria da população’’. Noutro lado essas declarações foram ouvidas pelo próprio PR. Sua Exc. José Eduardo dos Santos que também declarou: ‘’não devemos pactuar com a corrupção ou com a apropriação indevida de meios do erário público ou do partido. Temos agora que passar para o concreto e o concreto é assumir compromissos sobre metas dos problemas que vamos desenvolver para melhorar a qualidade de vida do povo angolano’’

Da Unita em 2009 não se fez nada, talvez tenta também mergulhar na burocracia. Mas ainda sofre a atormentação da massiva partida que sofreu durante as eleições legislativas. A Fnla não teve expressão uma vez que se debate com um monstro de 7 cabeças, Lucas Ngonde feito presidente eleito num tribunal do partido-governo.

JOSE EDUARDO DOS SANTOS, Presidente reeleito do MPLA, Presidente não eleito da República de Angola também observou a nossa sociedade, viu e acredita que está doente, por isso fez a declaração acima citada. As declarações do nosso Presidente nunca foram-lhe impostas pela mulher ou filhos porque sabe-se que tem um raciocino e capacidade de sentir o sofrimento dos outros mesmo depois de rejeitar os conselhos da sua própria consciência por um tempo prolongado. Talvez as ocorrências obrigaram ao nosso presidente de compreender que as raízes da corrupção já não só se desenvolvem no subsolo mas está subindo a árvore da frágil revolução. O enriquecimento do partidário angolano não se pode justificar e ninguém pode pactuar com ele uma vez ultrapassa todas as expectativas. De mesma forma o sofrimento do angolano já não se limita aos ossos mas penetrou profundamente até enraizar-se a espinha dorsal. O PR anuncie uma revolução acreditando que o MPLA esteve adormecendo e que é preciso acordar para iniciar o trabalho. Ele diz mesmo que era um Partido do Trabalho sem trabalho mas agora é preciso trabalhar sem saquear. Ele vai pedindo a partida duma nova revolução colocando-se como cabeça a liderar o novo destino de Angola. Ele está pedindo mais 32 outros anos no poder desde as eleições de 2012, assim poderá reorganizar Angola. O nosso presidente anunciou o começo da guerra contra todas as epidemias económicas e contra toda nocividade na consciência angolana e promete termos desde 2012 uma sociedade nova onde serão realizadas todas as promessas do MPLA feitas desde 1975 até hoje em dia. Doravante seremos sérios no MPLA, e vamos também considerar outros angolanos assim como da oposição uma vez que deposite confiança ao eternal PR.

Talvez chegou a altura que o nosso PR desse razão ao cantor Bob Geldof que uma vez declarou: ANGOLA é governada por criminosos. As declarações do cantor e do Presidente evocam as mesmas coisas. Geldof só disse o que foi a sua verdade mas JES aceita aquilo e está determinado a fazer volta-face, usando uma linguagem politicamente adorna. Viva o PR, viva a nova revolução cuja Fidel Castro iniciou na sua própria família! Viva Angola.

O que nos preserve o ano 2010? a seguir!

JDNsimba©2009publ/127

FELICIDADES

AOS NOSSOS LEITORES, AMIGOS E CRÍTICAS DESEJAMOS FELIZ NATAL E UM NOVO ANO PRÓSPER. QUE O ANO VINDOURO TRAGA-VOS FELICIDADE, PAZ E AMOR.

KINZINZI AO VOSSO SERVIÇO, AO SERVIÇO DO BÉU E DE ANGOLA

Nsimba

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

DEZEMBRO: DICAS

‘’Não devemos pactuar com a corrupção ou com a apropriação indevida de meios do erário público ou do partido. Temos agora que passar para o concreto e o concreto é assumir compromissos sobre metas dos problemas que vamos desenvolver para melhorar a qualidade de vida do povo angolano’’ –JOSE EDUARDO DOS SANTOS

‘’Estamos só educar a população no culto do chefe, como o é em todos os regimes africanos’’ –ARTUR PESTANA PEPETELA

‘’Governantes angolanos matam pessoas que falam’’ –FREI JOAO DOMINGOS

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O REAL MADRID DE LUANDA

Foi-me incumbido uma tarefa quase impossível a realizar. Sabendo as minhas limitações e aproveitando as minhas relações na experiencia do meu know-how profissional procurei ajuda ao lado de um entrepreneur, perito internacionalmente reconhecido na resolução de assuntos impossíveis, o diplomata angolano Pierre Falcone. A nossa missão foi de transferir a equipa Madrilena em Angola, especialmente em Luanda para participar na Girabola. Não se pode justificar em nenhuma parte do mundo este unilateral permutação uma vez que Real Madrid se desenvolve geograficamente tanto demograficamente no e como fulcro da capital espanhola (Madrid). Real Madrid é uma organização ou pessoa moral de reputação elevada, é um brand cujo a presença em Luanda não justificaria a sua grandeza. Real Madrid que participa num campeonato considerado entre os três melhores do mundo não teria razão de participar no diminutivo e mal conhecido campeonato angolano. Pouco importa as infinitas razões desta deslocação mas a tarefa foi-nos dada, e a mágica mão, que não falha, de Falcone esta operacional uma vez milhões de dólares já poluem as contas bancárias do homem em Franca. Como tudo em Angola se faz com a base da lei corruptiva, eu fui contemplado por um ‘’obrigado’’ como se fosse dado ao cão que depois de servir o seu mestre. O facto de acreditar numa contribuição patriótica, o simples agradecimento foi-me suficiente.

Sabe-se melhor que Real Madrid detenha ainda o estatuto da equipa mais endinheirada do mundo, deixando pela traz o Manchester United e City, Chelsea como também Barcelona, Milan, Bayern e outras. Real Madrid que testou seus músculos financeiros na compra de grandes estrelas do mundo futebolístico para melhorar seus resultados nesta época, adicionando o estilo e mágicos toques do português Ronaldo com a elasticidade do brasileiro Kaka. Desde que a poderosa equipa espanhola chegou em Luanda participando na Girabola, os resultados que tem acumulado no seu palmares tem demonstrado um fracasso não só da equipa mas de todo o trabalho realizado por mim tanto por Falcone, vejamos

Tinha-se pensado que o Real seria um super-power da Girabola que iria derrotando e destronando equipas como Petro de Luanda, Asas que eu preferiria por TAAG (a única equipa angolana que já foi campeã do mundo), Kabuscorno,…… mas é lamentável como o Real Madrid foi afastado da taça da Espanha por uma equipa da 4. Divisão.

Tendo grandes estrelas e craques, o Real Madrid não consegue ainda duma forma elevadíssima colocar-se na onda do Barcelona. Real não conseguiu durante toda a temporada passada adicionar ‘’coroas’’ a sua colecção de medalhas e troféus, já que não venceu o matemacista Primeira liga da Espanha. O troféu ficou entre as mãos de Etoo, o célebre Henry, Yaya Toure, Mesi e outros.

Na liga europeia dos campeões, o Real Madrid não conseguiu espelhar no campo de futebol a bela imagem da cidade que ele representa. Os talentosos jogadores, por tanto que fácil foi, não conseguiram colocar a peça de cabedal nas balizas de outros deixando o seu mais próximo rival, Barcelona com os sylvawares. Mesmo tendo uma performance matemágica, Ronaldo não teve suficiente condição de manter a sua posição do melhor jogador do mundo, deixou escapar esta com o talisman Mesi de Barcelona.

O que realmente se passa com o tão triunfado Real Madrid de Luanda? Mesmo com todo poder financeiro que tem, já que controla o mercado de diamante e petróleo angolanos, a multinacional de Luanda não consegue vencer mesmo tendo ao seu favor o trapaceiro de Caetano na arbitragem. Mesmo com craques como Kaka, Ronaldo e outros não deixe estes exprimir-se profissionalmente demonstrando seus talentos.

A capacidade táctico-tecnica da equipa já não produz efeito porque a estratégia da equipa é reproduzida de forma repetitiva dum jogo ao outro sem portanto distinguir as diferentes jogadas que se apliquem duma equipa a outra. Real Madrid que na sua equipa júnior alinhou sempre um jogador sénior, mal inscrito, decidiu nesta época reforçar a sua equipa sénior com este talentoso Paulo Pombolo e com mais recrutas como o possível substituto Manuel Vicente. Isto porque prepara-se para aposentar muitos maquisards que há longos fizeram os belos dias na revolução e que são hoje cansadíssimos. Actualmente nas suas jogadas as estrelas do Real Madrid de Luanda jogam individualmente cada um pensa-se melhor do outro, cada um pensa resolver e decidir o jogo sem ajuda dos outros, cada joga por si. Esta falta da coesão interna e familiarização fazem que real tenha um vestiário com uma atmosfera não amigável. O próprio treinador não confia seus jogadores e não consegue formular uma equipa principal, por isso dum jogo ao outro faz mudanças dramáticas e bruscas quebrando o team spirit. Ele até tenta alinhar seus familiares a jogar mesmo que não fazem parte da agremiação. Outros jogadores só querem e ganhar mais numerárias mesmo sem prestar serviços à equipa. Uns com mais massas optam não treinar mas querem conservar suas afiliações para auferir mais. Alguns estão sempre doentes devido o excessivo uso da droga. Tudo se faz em desordem, na indisciplina, no invejo, na concorrência. Os calejados não querem os recentes recrutados. Os craques não respeitam a nova geração. Os da reserva fazem brigas entre eles na bancada, fora do estádio e vão perdendo tempo dum bar aos outros e muitos estão constantemente em férias no Brasil, em Manchester e Espanha. Há batota interna onde não há colaboração para construir boas jogadas. Os guarda-redes só confiam na makumba. Os membros da equipa técnica gostam de corromper à torta e direita. O recinto de treinos é sempre invadido por quatorzinhas. Cada jogador desconfia os restantes e cada quer ser o melhor jogador e melhor goleador. Jornalistas são agredidos tanto nos recintos de treinos e mesmo nas ruas. Tudo que é Real Madrid de Luanda e intocável.


Assim vive-se em Angola; com toda riqueza, todo recurso humano necessário, craques, equipamentos, técnico de renome internacional, bons meio-campistas e melhores atacantes, defensores carrascos, mas não se ganha jogos. Ninguém está preparado para botar luvas, mesmo incapacitados querem continuar no campo sem bons resultados. Ninguém aceita a substituição mesmo os doentes e lesionados querem jogar a todo custo. Os fãs são descontentes, a torcida está sumindo mas o que mais importa é encher os tufos. Quém vai se preocupando com os problemas de fãs? Sá lixa! Tem eles ditos!

A actuação do Real Madrid de Luanda não garante mesmo vencer o municipal de Luanda de futebol. Falcone seria capaz de negociar que a equipa jogue numa divisão inferior mas mesmo assim só poderá vencer com batota tanto como foi em 1992 como em 2008. Talvez a reeleição do muata mude as coisas!

Vem aí o CAN como virão as eleições em 2012!


JDNsimba©2009publ/124

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

ANGOLAGATE NO ESCOPO ANGOLANO

Fui totalmente surpreendido pelo facto de ler nos anais do famoso Jornal de Angola o artigo sobre o famoso escândalo de Angolagate. Na verdade ofereceria felicitações ao autor desta peça incompleta de forma vulgar. Todo jornalista tem direito (limitado) aos erros tanto gramatical como ortográfico mas um trabalho colectivo difere-se sempre ao trabalho individual. Não procuro por áqui julgar o artigo e condenar o articulista mas faço uma revisão de certos artigos que no passado coloquei à disposição dos meus leitores que talvez com mais paciência não cometeria ou publicaria. Porque faltou-me serenidade, fui pressionado pelas tarefas diárias, faltou-me um proof-reader, e mais justificativos; contudo aprendi com críticas. Enfim um trabalho mal apresentado ou inacabado, mas o interesse do autor no sujeito é muito deliberativo para…

Eu não creio ainda que pode-se desenvolver em Luanda um texto à base da verdade em casos tão sensitivos como do Angolagate. Angolagate é um tema muito interessante parar qualquer angolano já que seria gostoso para devorar. A matemática demonstra que Angola + gate = Angolagate. Angola explica-se como a nação de príncipes uma vez a palavra original é Ngola que significa príncipe. Quer dizer que Angola é uma nação constituída por príncipes, porque cada angolano é um príncipe. Gate é a palavra inglesa que se traduz por grande porta, ou melhor portão. A escolha desta designação para conotar um escândalo financeiro testemunha a grandeza ou tamanho de volumosas somas postas em circulação (que numa parte se ganhou e noutra parte se perdeu) entre nações, organizações, operadores económicos, aventureiros políticos e prostitutas económicas. Foi neste silencioso intercambio que abriu-se o portão de Angola para que um grupo de homens ganhassem massivamente grandes quantidades de dinheiro em troca à vida de angolanos, de sangue, almas, recursos até o destino de Angola.

O jornal de Angola dedica uma pequena porção da página ocupando o quarto da folha para explicar ao angolano como outros angolanos, diplomatas como Pierre Falcone e Arcadi Gaydamak foram injustamente condenados, mesmo com a imunidade diplomática. Para quém nunca seguiu este dossier seria difícil realizar o que se trata pois a informação é incompleta e insignificativo. O jornalista fez (talvez) um infortúnio cálculo porque foi-lhe profissionalmente ofertado pouco espaço de exprimir-se livremente. Ele até riscou a sua carreira para escrever sobre o assunto uma vez é um ‘’top secret’’ do estado angolano. Angola não só gastou bilhões para ‘’acabar a guerra com a guerra’’ mas ainda tem uma dívida incalculável que gerações vindouras vão pagando à Rússia sem talvez saber a causa. Nesta mesma guerra, dirigentes angolanos do MPLA como da UNITA enriqueceram-se com a troca do sangue daqueles que profetizaram defender. Uns são hoje patenteados por heróis outros por fantoches. Assim acordamos um bom dia tendo um angolano que caiu subitamente num helicóptero comprado com carnes de irmãos mortelados, ao tecto das instalações da UNESCO representando Angola. Foi colocado a este ‘’mais angolano’’ um estatuto de herói nacional. Infelizmente, tendo várias nacionalidades (que não é pecado), o governo francês recuperou o Falcone esquecendo os 18 milhões pagos anteriormente pelo governo do MPLA. Dentro do Angolagate, criou-se empresas multinacionais de angolanos com dinheiro angolano para vender armas aos angolanos para matar angolanos no solo angolano. Os corruptos franceses deste dossier são julgados em Franca enquanto os angolanos fazem a lei e banga em Angola. Estes tiveram o mesmo denominador comum, que foi a criação de lucros e são hoje milionários por consequência Angola recebeu uma factura constituída por mutilados físicos, órfãos, viúvas, deslocados e refugiados, doentes relacionados com violências sexuais, verbais e corporais, afectos com produtos químicos ou tóxicos, biológicos etc.

Que permitamos aos angolanos de descobrir que filhos de dirigentes políticos podem ser julgados. Que ex-ministros e presidentes corruptos podem ser chamados na barra da justiça: isto é nos países onde a lei funciona. Vem agora Tolerância zero onde o título laboral não tem valor mas que a participação ou colaboração naquilo que é contra a lei tem um papel preponderante. Parece-me que a lei foi feita para corrigir os rebeldes e que a justiça existe para julgar os ‘’fora da lei’’. A lei é uma colecção de normas e regras que regula a sociedade, o lubrificante do motor de qualquer organização.

Este processo é mais um teatro orquestrado pelo governo francês para absorver a riqueza angolana. Sarkozy procura resolver este caso amiablement fora do tribunal mas a França não é uma República de banana onde a lei da selva predomina como em África. Entende-se que o angolano não tem direito a esta informação porque mesmo o deputado que represente-nos no Parlamento não é informado oficialmente a cerca deste processo: não há explicação ponto final! O jornalista não tem espaço, liberdade, expressão e é corrompido, marginalizado e não é valorizado.

E pena que o jornalista não tem jornal e vai dando a sua língua aos cães raivosos de Luanda.



JDNsimba©2009publ/123

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

POESIA: VALE DE CONTRASTES

No vale, na bacia ou numa erosão
Pouco importa cores, profundidades ou definições

No vale da injustiça, da corrupção ou de massacres
Ha vítimas, piratas e agressores
Vale de verdes no silêncio do ceu azul
Onde confude-se soldados da ocupação e da libertação

É o vale da sombra da morte
Ou vale da luz da vida
Respira-se o podre, mas semea-se a esperança

Ricos desmarcam-se de pobres
Dirigentes afastem-se de populares
Onde a felicidade agarra-se do sofrimento dos outros
A desolação se onipresente e a benção encontre refúgio

Eu vi chamas, ruinas, esqueletos e carapaças
Soldados sepultem companheiros
Civis pilhem sobejos
Urubus desmantelam carcaças
Deleito-me do meu achado tesouro de quatro preciosas pedras
No vale de contrastes

DJNsimba©2009publ/122

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

LUPA BIBLICA: A CORRUPCAO

A corrupção é uma nocividade antiga que existiu nas sociedades onde o egoísmo humano predominou. A corrupção cresceu com o tempo nas sociedades onde a divisão de classes desenvolveu-se de forma agressiva e injusta, tendo um apogeu no mundo capitalista e sobretudo nas sociedades do reinato ditatorial.

A corrupção é simplesmente o acto de corromper. Corromper é a acção de pervertir a lei, o curso de eventos, acção de denaturar, afetar algo numa anomalia desviando a qualidade do resultado, suborno ou seguir vias curtas, injustas e negativas, demoralizar a consciência atravez actos ou trocas para render alvo/algo. A corrupção é o cancro angolano criado pelo angolano para castigar e condenar o angolano na miséria, pobreza enquanto um reduzido número de angolanos vive melhor sub a proteção deste mostro colocado pelo angolano em cima da lei permetindo a lei da selva dominar a nação. O presseguimento esquemático para adquirir facilmente o que se deseja, saltando normas.

Prov 17:23
O ímpio tira o presente do seio, para perverter as veredas da justiça.

Actualmente a evolução histórico-política que prova a intensificação da corrupção defendida pelos ditadores do continente africano é mais ecoada como uma epidemia europeia porque uns apois outros argumentam comparando-la com a evolução léxica e semântica. Isto porque defende-se que a palavra corrupção nunca existiu no vocabulário como nos dicionários das línguas africanas. A palavra pode não ter uma origem africana mas o comportamento adotado pela prática deste sistema de enriquecimento desequilibrado é mais musculativo no continente, sendo última bastião da ditadura. Actualmente é em Africa onde encontre-se mais ditadores. Africa ainda continua como o berço da corrupção porque ainda tem mais dirigentes egoístas, anti-democráticos, anti-patrióticos e sobretudo que não valorizem ainda o ser humano.

A corrpução angolana/africana pode ser combatida somente desde que o homem angolano aceite renovar a sua consciência porque até áqui a falha de Africa não é só alimentada pelos efeitos do colonialismo mas encorajada pela inconsciência patriótica de muitos dirigentes, alargando-se aos seus familiares, circuito de amigos antes que afeta a sociedade em geral. Ela traz luxo aos dirigentes e pobreza a população, retrocesso à sociedade. Uma vez cego pelo luxo, o dirigente angolano/africano pensa economisar este no continente europeu, que tarde ou cedo acaba duma maneira recuperar os acumulativos para alimentar a economia europeia.

O homem angolano/africano é naturalmente doutado de um espírito animado pelo amor pelo próximo. O africano herdeu dos seus antepassados a vida comunitativa; isto é saber viver em conjunto na conjutura tanto na abundância. A partagem é a principal porção que sustenta a vida de sobrevivência do africano. Infelizmente com o desenvolvimento estrutural da sociedade, o egoísmo instalou-se no coração do homem visionário de Africa que mergulhou agressivamente na acumulação de poder e bens, negando assim o direito da vida aos outros empurrando-os numa pobreza indefinida e ilimitada.

Para acabar com a corrupção na sociedade tem de implementar programas de re-educação cívica e moral para a conscientização do homem. Este programa tem de basear-se no verdadeiro sentido de amor pelo próximo e do perdão e adotar o regresso a educação cristã. Porque é necessário que os corruptíveis aceitem a sua condição e sejam dispostos a reconhecer públicamente a sua condição para que recebam dos povos o perdão.

A restituição de bens acumulados com o uso de força, injustiça e de várias formas de abusos é determinante desde que o ganho da nova consciência é provado. A implementação de um novo programa onde a redução da luxuosa vida é estabelecida para impedir um cículo rotativo. O combate serrado ou controlo da corrupção deve-se iniciar dentro do aparelho do estado antes que prossegue as empresas públicas para que abranje o sector privado. Estes mecanismos só podem ser funcionais uma vez a lei é estabelecida justamente e é respeitada nas instituições governementais e toda a cidadania. A revalorização do ministério da justiça como instrumento governemental de grandeza incomparável é decisivo.

Pro 16:8.
Melhor é o pouco salário ganho com honestidade, do que a abundância de colheita com injustiça.

A melhor forma de comentar este versículo deve-ser relativa, baseando-se na vida, visão e comportamento de cada cidadão/leitor uma vez ele oferece mais perguntas para responder. Coloca-se diante desta realidade e observa o seu posicionamento em relação a esta passagem e pensa... Tenho praticado a corrupção ou não? Sabendo que todo o desrespeito a lei provoca castigo, pergunta-se: quantas vezes fui castigado ou perdoado? Será o angolano capaz de castigar-me ou perdoar? Como posso ou poderei perdoar os outros? E serão eles capazes de perdoar-me?


JDNsimba©2009publ/121