O nosso portal informativo tem acompanhado de perto a situação de Angola; o que se vive dia-a-dia no soberano da nação angolana. Não só seguimos o percurso do desenvolvimento arquitectural das realizações angolanas mas também participamos de acordo as possibilidades que nos foram apresentadas. Muitos acreditam que a história não se repete, este relativismo de muitos é para nós uma realidade uma vez na prisma temporal o círculo não retrocede. Nos acreditamos o que se desenvolveu em Angola será elucidada porque acreditamos que a história de um povo não pode ser emprestada e nem tão pouco embrulhada, pois a nossa foi e é ainda.
O nosso observatório verificou muitos fenómenos e realidades das ocorrências que foram acompanhadas pela nação em geral, isto é de Cabinda ao Cunene embora alguma parte com muita clareza enquanto na grande maioria com obscuridade, uma vez não se permitiu ao angolano de agasalhar informações que lhe dizem respeito com veracidade. Tanto ao nosso governo como a nossa oposição, a informação foi uma arma de combate para se colocar na posição desejada. Assim o nosso povo foi muito manipulado, delimitado porque os órgãos informativos foram, ora privatizados ora nacionalizados, embora que não se sabe por quém e para que?
Muitos líderes, intelectuais e homens com autoridades tentaram em curtas palavras evocar seus sentimentos para explicar os eventos, ocorrências, enfim desbobinar o filme da vida que se projecta dia por dia em Angola mas especialmente em Luanda. A nossa capital continua a dominar tudo porque o nosso governo nega pensar na expansão da visão. O facto de aglomerar o terço da população na capital é suficiente para em qualquer eleição angariar votos que garantem uma vitória ao MPLA. Os investimentos restritos só a nível de Luanda facilitam a compartilha desequilibrada do rendimento, facilitam a obtenção da mão-de-obra estrangeira condenando angolanos no desemprego, na pobreza porque dirigir os pobres é mais fácil em qualquer parte do mundo. Luanda também ocupa uma posição estratégica no controlo da movimentação estrangeira, assim preferem que Luanda seja eternamente confundida como Angola. Luanda esconde a incapacidade de um governo de Luanda de cobiçosos que pretendem herdar o poder aos seus filhos desconectados com a verdadeira história de Angola.
Por áqui compilou-se todas as vozes que se levantaram do solo angolano, desde Luanda, de certos homens da oposição, como do partido-governo mas também de líderes religiosos e membros activos da sociedade civil. Essas declarações foram feitas no ano 2009 explicando-se com sentimentos de dores, de prazeres para defender estes ou promover estes mas deixamos uma vaga para o nosso leitor poder pensar e traçar umas conclusões.
José Eduardo Agualusa, escritor angolano que fez um balanço entre o produzido, lucros, investimentos, acumulados e desviados, comparando os recursos naturais e humanos, e as classes sociais declarou ‘‘Angola é um país com muitos recursos naturais, podia ser um país melhor para todos se essa riqueza fosse melhor distribuída’’. A sua explicação viria mais tarde ser esclarecida por um membro histórico do MPLA que justificou este cambalacho político-económico dizendo ‘’Estamos só educar a população no culto do chefe, como o é em todos os regimes africanos’’ Artur Pestana o incomparável escritor e politico angolano mais conhecido como Pepetela, membro do MPLA que acredita também que a máquina operacional do Movimento dos camaradas está encravada e que Angola vai seguindo as vias de outros países que conheceram o bem-estar mas que devido os erros políticos deste ou aquele chefe máximo, que identificaram-se ao culto de personalidade, que confundiram a propriedade nacional ao pessoal, finalmente sucumbiram na armadilha da cléptocracia, ditadura, oprimindo o seu povo de um direito divinamente estabelecido. Esta ideia foi também reforçada por Maria Eugenia Neto, esposa do primeiro presidente angolano, o Imortal e Saudoso Presidente Agostinho Neto reiterando "Olhe, o que eu acho é que quando havia partido único as pessoas falavam muito mais do que hoje. De tal maneira eles tinham liberdade que até montaram um golpe de estado - e nas calmas’’. Ela acredita que o actual governo está trabalhando no sentido contrário onde não há liberdade de tudo, quer dizer que o totalitarismo no pluralismo em aplicacao não funciona. Pelo menos não num país onde não há ainda a verdadeira reconciliação e com uma politica indefinida, que se diz democrática enquanto não é ainda. Talvez Nelo de Carvalho explicaria melhor já que se pretende sem Eduardo dos Santos, Angola não pode prevalecer e além dele Angola não tem outra alternativa. Embora que os angolanos acreditam que Deus é tão pobre, Nelo o bloggista angolano disse: ‘’A ideia obsessiva de que um homem só garante a paz e estabilidade é uma grosseira, uma estupidez que não se compara com nenhuma das ideias do passado’’ Este pensamento de Nelo não concordam com a citação de Marcolino Moco, antigo primeiro-ministro angolano, membro do MPLA e docente nas universidades angolanas que também opinou: ‘’...acredito que o MPLA é a única organização que, seja no poder seja na oposição, pode garantir, com certa eficácia, a construção de um país africano do tipo moderno’’ Se dermos hoje a nova possibilidade ao Marcolino talvez não seria capaz de reproduzir as mesmas palavras porque já entendeu como amarga é a pílula que o MPLA inflige aos angolanos. Coisas não funcionam e Angola anda doente porque tem um governo e uma oposição que só tem políticos cheios de teorias enquanto Angola tem procurado políticos cheios com teorias e práticas, por isso José Gama, um activista politico angolano que tem observado com lupa o progresso de muitos países justifica assim: ‘’A diferença é que a África do Sul é um país dirigido por um partido que monstra o que faz e Angola, por um partido que promete fazer’’. Mesmo assim as eleições presidenciais foram abolidas porque as teorias não conjuguem com vontade do PR e talvez da maioria da Assembleia. Esta imposição é justificada por um líder católico que defende o valor humano e do angolano exortando: ‘’Governantes angolanos matam pessoas que falam’’ –Frei João Domingos, padre. Isto porque na equipa do MPLA os deputados não são defensores de direitos e vivem com/nos conflitos de interesses, por isso Eduardo Agualusa voltaria justificar que: ‘’O que acontece é que há pessoas, que até há pouco tempo se diziam marxistas e apologistas de uma sociedade igualitária, que estão hoje alheios ao sofrimento da maioria da população’’. Noutro lado essas declarações foram ouvidas pelo próprio PR. Sua Exc. José Eduardo dos Santos que também declarou: ‘’não devemos pactuar com a corrupção ou com a apropriação indevida de meios do erário público ou do partido. Temos agora que passar para o concreto e o concreto é assumir compromissos sobre metas dos problemas que vamos desenvolver para melhorar a qualidade de vida do povo angolano’’
Da Unita em 2009 não se fez nada, talvez tenta também mergulhar na burocracia. Mas ainda sofre a atormentação da massiva partida que sofreu durante as eleições legislativas. A Fnla não teve expressão uma vez que se debate com um monstro de 7 cabeças, Lucas Ngonde feito presidente eleito num tribunal do partido-governo.
JOSE EDUARDO DOS SANTOS, Presidente reeleito do MPLA, Presidente não eleito da República de Angola também observou a nossa sociedade, viu e acredita que está doente, por isso fez a declaração acima citada. As declarações do nosso Presidente nunca foram-lhe impostas pela mulher ou filhos porque sabe-se que tem um raciocino e capacidade de sentir o sofrimento dos outros mesmo depois de rejeitar os conselhos da sua própria consciência por um tempo prolongado. Talvez as ocorrências obrigaram ao nosso presidente de compreender que as raízes da corrupção já não só se desenvolvem no subsolo mas está subindo a árvore da frágil revolução. O enriquecimento do partidário angolano não se pode justificar e ninguém pode pactuar com ele uma vez ultrapassa todas as expectativas. De mesma forma o sofrimento do angolano já não se limita aos ossos mas penetrou profundamente até enraizar-se a espinha dorsal. O PR anuncie uma revolução acreditando que o MPLA esteve adormecendo e que é preciso acordar para iniciar o trabalho. Ele diz mesmo que era um Partido do Trabalho sem trabalho mas agora é preciso trabalhar sem saquear. Ele vai pedindo a partida duma nova revolução colocando-se como cabeça a liderar o novo destino de Angola. Ele está pedindo mais 32 outros anos no poder desde as eleições de 2012, assim poderá reorganizar Angola. O nosso presidente anunciou o começo da guerra contra todas as epidemias económicas e contra toda nocividade na consciência angolana e promete termos desde 2012 uma sociedade nova onde serão realizadas todas as promessas do MPLA feitas desde 1975 até hoje em dia. Doravante seremos sérios no MPLA, e vamos também considerar outros angolanos assim como da oposição uma vez que deposite confiança ao eternal PR.
Talvez chegou a altura que o nosso PR desse razão ao cantor Bob Geldof que uma vez declarou: ANGOLA é governada por criminosos. As declarações do cantor e do Presidente evocam as mesmas coisas. Geldof só disse o que foi a sua verdade mas JES aceita aquilo e está determinado a fazer volta-face, usando uma linguagem politicamente adorna. Viva o PR, viva a nova revolução cuja Fidel Castro iniciou na sua própria família! Viva Angola.
O que nos preserve o ano 2010? a seguir!
JDNsimba©2009publ/127