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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

POESIA: VALE DE CONTRASTES

No vale, na bacia ou numa erosão
Pouco importa cores, profundidades ou definições

No vale da injustiça, da corrupção ou de massacres
Ha vítimas, piratas e agressores
Vale de verdes no silêncio do ceu azul
Onde confude-se soldados da ocupação e da libertação

É o vale da sombra da morte
Ou vale da luz da vida
Respira-se o podre, mas semea-se a esperança

Ricos desmarcam-se de pobres
Dirigentes afastem-se de populares
Onde a felicidade agarra-se do sofrimento dos outros
A desolação se onipresente e a benção encontre refúgio

Eu vi chamas, ruinas, esqueletos e carapaças
Soldados sepultem companheiros
Civis pilhem sobejos
Urubus desmantelam carcaças
Deleito-me do meu achado tesouro de quatro preciosas pedras
No vale de contrastes

DJNsimba©2009publ/122