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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A LOGICA DO TOPO

Chegar ao topo pode ser normal mas não é natural. Eu queria dizer todo homem é chamado a escalar um certo ‘’chain of command’’ numa empresa, organização, grupo sociocultural, partido, comunidade etc. Todos iremos avançando dum lugar, dum posto ao outro mas todos não foram convidados a chegar ao topo. Eu acredito sempre que nenhum ser humano é vazio; por isso cada tem algo contributivo. Ninguém está neste universo social para acompanhar os outros. Daí não compreendo como alguns se coloquem voluntariamente a disposição dos outros para ser usados. Também não acho justificativo como outros se tornem lambe-botas, e finalmente admiro o poder cruel daqueles, tendo um sorriso irónico no cantinho dos lábios, orgulhosamente condenam a grande maioria no sofrimento, pobreza e cativo.

Forjar o caminho para o topo é uma batalha para ambiciosos mas também de cobiçosos. Cada elemento vai lutando, dando o melhor de si para chegar ao destino dos seus sonhos. Nesta caminhada, o estilo empregue vai dividindo-nos em diferentes grupos tais de corajosos, combatentes, ambiciosos, cobiçados, monologamos etc. Cada individuo vai chegar no seu tempo, investindo a sua energia, tempo e finanças; uns antes dos outros e no seu estilo; facilmente ou dificilmente: alguns com mérito, uns fraudulentamente (cunha, batota, corrupção), outros digitados. Se permitisse dizer por azar da natureza; então a infelicidade cai naqueles que tem competências porem não tem padrinhos na cozinha! nunca serão vistos, conhecidos, nem promovidos. Neste cortejo para lobos, as raposas fiquem logo na esquina da despromoção.

Subir ao topo é já uma luta, mas manter-se no topo pode ser mais brutal e fatal; o topo tem suas realidades. O raríssimo caso é manter-se eternamente no topo da hierarquia de qualquer estrutura organizacional. Bem, o facto é que há vitalícios no dinamismo desta politiqueira africana! A explanação que este cenário oferece é que esta sociedade/organização não concebe inovação; refuta evolução, está pútrida talvez rota. A outra alternativa é dada pela crise de leadership no movimento político de África, determinando desta forma que o homem do topo seja antes de tudo auto-superlotado ou talvez auto-ditador. Em Angola contemporâneo manter-se no topo é ditado pela ferocidade da competição que ocorre no meio sócio laboral entre as hienas. Estes, em vogue sobrevivem envenenando-se uns aos outros com a poeira como se denomina na gíria de Luanda. A outra lógica do topo que a sociedade africana/angolana proporciona é recorrer a religião ou kimbanda. A religião já muito decepcionara por isso muitos membros da classe media emergente de Angola preferem a segunda via; da makumba/magia negra que melhor combate contra exonerações. Bem aventurados são os pastores, professores, doutores, directores, técnicos, políticos e outras elites desta nova classe social que vão se inclinando pela magia branca. Há quem se orgulha pertencer a um aquartelamento/lodge satânico da Rose-croix ou maçónico. Eis a nova moda da prosperidade angolana. Que pena?

 
Nkituavanga II