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sexta-feira, 29 de abril de 2011

O QUE SE RECLAMA EM ANGOLA?


Há mesmo tumultos no espaço terrestre! Mas isto deve-se ao facto das ocorrências sociais que exigem tomar viragens rotativas de180 graus. Todavia as pressões tanto internas com externas, tanto individual como colectiva estão conjugando o mesmo verbo que exige metamorfoses. E soubemos todos que o movimento espiral da história não é regressivo, por isso a leitura dos sinais do ‘’time and seasons’’ é decisivo para a sobrevivência das pátrias, dirigentes e entidades.

Que acontece tudo que está acontecendo porque alguém tinha já profetizado que ‘’pode-se mentir um dia um povo mas não se pode mentir este todo o tempo’’. Esta realidade está hoje prevalecendo e vai-se transformando filosoficamente por uma verdade. E todos sabemos que a verdade nunca é quebrada, disfarçada ou escondida. Assim os lideres que habituaram-se a quebrar leis e dobrá-las estão hoje expostos e ameaçados pela verdade e não pelo povo.

Angola é aquele cego que ao Pedro e João tinha pedido uma esmola. Esses como não eram apetrechados com teorias da demagogia e discursos tautológicos, não negaram vergonhosamente dizer que ouro e prata não tiveram, mas com simplicidade deram o que tinham; a cura a enfermidade. Felizmente ao cego angolano, que durante longos anos se prometeu o bem-estar social, os santos justificam-se hoje com antecipação não serem promotores da pobreza. Não se deu ao angolano o ouro nem prata mas deu-se-lhe uma pedra qualquer. Isto só quem é desumano ou animado por espíritos fantasmáticos pode fazer.

O que realmente se pode proporcionar hoje ao desesperado angolano? Vejamos que o nosso povo já não vive nesta altura com promessas ilusionistas, pois mesmo analfabeto consegue ler os sinais do tempo. Tal como as analfabetas kitandeiras conseguem fazer negócios trocando dinheiro em todas as formas que o business exige, assim vai o nosso povo interpretando esses sinais do tempo. Muitas vezes o cego não precisa de esmolas para sobreviver, e muito menos pedir essas aos surdos. O facto que o cego não vê não implica que é estúpido.

O angolano precisa menos compartilhar os diamantes com a elite. As necessidades do tempo não exigem ao angolano de possuir essa riqueza mas precisa daquela cura que lhe foi tanto prometida. Pedro e João não temos, mas santos temos/tinhamos. Esses santos prometeram ontem as maravilhas, enquanto sabiam que não tinha capacidades de realizar as promessas. O angolano tem uma riqueza na sua cultura. O seu recurso humano já é uma fortuna mas o que tem lhe faltado é paz, liberdades pois foi-lhe negado todas as oportunidades. Acreditamos que a paz e liberdades valem muito mais do que milhões nos bancos estrangeiros. Até porque ‘’conta-se com o ovo que está na sua mão, de que com aquele que ainda repousa na galinha’’ como diziam os nossos ngavovos. Que prometeu o fogo vai recolher queimadas, isto é a lógica e princípio da produção. Diria Abraão ao rico: ‘’este é o tempo para o pobre Lázaro de viver o sossego que nunca conheceu na terra enquanto você vai recolher o…’’

Nesta hora os verdadeiros filhos de Angola não precisam mais promessas mas da paz e liberdades mas para isso é necessário aqueles cidadãos capacitados e confiados estejam nos respectivos lugar onde poderão fornecer o que se exige. Alguém continua esquecer que a eternização não se realiza no domínio físico. Os que investiram no domínio físico não terão lugar e nunca farão parte da próxima máquina operacional da governação angolana. Angola precisa de patriotas que contribuem para o avanço e desenvolvimento da pátria sem conflitos de interesses, onde a corrupção, demagogia e egoísmo serão irrelevantes.

O que se reclame hoje em Angola é a paz e liberdades. Portanto homens que garantem estes, precisa-se pois com caducos têm-se um atraso de três décadas. Esses ensinaram-nos a dar passos em retrocesso mas impuseram-nos pensar que progredíamos e fomos acustumados com relatorios/balancos positivos.


Nkituavanga II


sábado, 16 de abril de 2011

JES: SEREIS ETERNAMENTE POBRES!


Não é que tinhamos em Angola um PR visionário? Este presidente projectou sempre suas visões em slogans para melhor inserir a mensagem na consciência do povo. Assim uma vez declarara: nascemos na luta, crescemos na vitória! Este abreviado recado pode ser interpretado em várias formas, dando diferentes opções. Numa clarividência política, exprimia-se sobre as causas da nossa luta e as consequências ou efeitos preconizados como objectivos finais.

Partindo daquela data que o MPLA obteve possibilidades de comunicar tanto clandestinamente como direitamente ao povo angolano, trouxe-nos sempre uma mensagem da esperança, usando métodos e mecanismos bolchevicos. Este movimento/partido apresentou-se sempre como uma força que luta ao lado e com o povo para ultrapassar os obstáculos de forma sistemática prometendo resultados positivos ou simplesmente mudanças. O MPLA fez-nos crer que o comunismo era a melhor ideologia social que garante o bem-estar ao povo. Que era o movimento que tinha a melhor visão, melhor sistema político e que mais se preocupava e melhores soluções possuía.

A verdade é que o MPLA lutou contra um sistema colonial que condenou o povo angolano a pobreza. O partido da situação tem sempre lutado contra a política da exclusão social e contra o divisionismo tribal imposto ao angolano. Nos conhecemos um MPLA que se dizia ser o povo e que na sua politica o povo é que manda. O movimento era a melhor alternativa não só para o angolano mas também para o africano. Não é assim que éramos a trincheira firme da revolução em África? Dali socorremos os povos da Namíbia, África do Sul para suas independências. Partimos depois para implantar a paz económica em São Tome e Cabo Verde. Também fomos derrubar governos de Lissouba no Congo Brazaville e de Mobutu na Republica do Congo. Angola foi uma alternativa para restabelecer a paz em Bissau e ainda ontem lutamos lado a lado com Gbagbo. A verdade é que com o MPLA sempre estivemos ao lado da razão. Infelizmente hoje a historia vai provando-nos que o comunismo foi simplesmente a exploração do povo pelo politico.

O bem-estar social que nos foi tanto prometido é hoje envergado com uma toalha da corrupção comunista. Tudo que se vive hoje, não implique que o visionário de ontem pecou algum lado mas talvez foi um lapso de tempo e mau gosto na interpretação das visões dos fieis seguidores, por isso diz-se hoje que a pobreza no solo angolano já existia desde tempos remotos. Eh pa, vamos ver uma coisa! O angolano sempre viveu pobre mas foi-lhe constantemente prometido o bem-estar social. Essas ilusões de ontem foram sempre apresentadas como realidade do tempo e veracidade do futuro porque alguns estratégicos prometeram-nos maravilhas. Aceita-se que hoje Angola é soberana, embora que não tenhamos certas liberdades. Portanto a pobreza que se vive hoje é pior daquilo que se viveu na época colonial. A política colonial era mais clara pois o angolano não era considerado como ser humano. Na sua promissiva mensagem o MPLA nunca prometeu o bem-estar social para alguns angolanos mas para o angolano em geral. Porem não se sabe como explicar o engrandecimento económico de certos vizinhos do bairro, colegas da escola ou do trabalho, especialmente os partidários. Hoje a pobreza é para a maioria enquanto uma minoria regozija nas grandes praias do mundo com a massa do suor angolano. E temos a coragem de declarar indirectamente que nunca prometemos melhorar a condição do angolano! Dali o treinador deitou a toalha no ringue. Esta coragem de admitir a incapacidade do partido da situação publicamente deveria ser feita com um discurso direito e simples.

O MPLA aceita hoje depois de 30 anos que não tem capacidade de combater a pobreza em Angola pois não foi ele que trouxe-a. Ele nega hoje todas as promessas do bem-estar social prometidas aos angolanos, negando suas posições anteriormente assumidas. Mesmo assim esperem que alguém os vote, porque conta-se distribuir estrategicamente cervejas, camisolas, dando motorizadas aos sobas e outras promessas endiabradas como sempre. Este treinador deita a toalha no ringue já que o seu pugilista já não tem gasolina no peito mas procura acusar o árbitro no fim do combate dizendo que só deitou uma toalha vermelha (pouco importa a cor da toalha), então este não tinha direito de terminar o combate. Ele espere que seu pupilo vence a todo custo. O MPLA deitou as luvas no chão mas quer manter-se eternamente no ringue. A ironia é clara que: nos nunca iremos terminar com a pobreza angolana mas vamos manter-nos no poder. E que as promessas sobre o bem-estar social não eram para todos, especialmente não para o povo. Desbobinar esta fraseologia não necessita manipular as opiniões e compreendê-la não exige ser do lado da oposição!

Não esqueceis que o colonialismo foi a causa da pobreza em Angola mas que a corrupção agudizada, a pilhagem económica, as distribuições desiguais do rendimento, a politica cleptocrática, a exclusão social, a injustiça e egoísmo são as graves causas que o partido da situação adicionou e ampliou na nossa sociedade. Sim conhecemos a guerra mas muitos bilionários angolanos surgiram depois de acordos da paz, cuja maioria pertence a classe dos generais e políticos.

Se um jornalista da meia-tigela como eu, posso discernir estas palavras, então não sei o que resta aos profissionais da média angolana para entender que a verdade não tem cores. Isto não é propaganda, nem tão pouco demagogia!

É verdade, nascemos na pobreza, crescemos eternamente na miséria.



Nkituavanga II