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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

UMAS ENTRE AS ANGOLANAS

Luanda: Num rápido e curioso movimento, as lâmpadas da minha consciência ficaram hipnotizadas pelas forças que emanam da imagem que elas fitam. Uma imagem chocante e deceptiva que força as lágrimas de qualquer observador a desaguar nas derradeiras da pele suave. Parece-me que as pessoas já não tem almas porque aproveitam desta ocorrência para criticar emvez de solidar-se com o sujeito exposto as graças do sofrimento que assistem. Vejo mas não acredito o que vejo. Oiço mas não concordo com a minha própria audição. Isto não é Angola que eu nascera, crescera e conhecera. Tudo se passa numa tarde, embora com novas medidas rodoviárias estamos ensardinhados num mini-bus que leva-nos à um destino incerto. Entendo que cada tem uma direção à seguir, mas, de facto que não tenho a certeza de chegarmos aos destinos devido as condições das estradas, do próprio carro e da atmosfera de cada indivíduo, prefiro considerar a nossa viagem sem destino. Vejo no canto do mini-bus uma mulher bem sentadinha a mamentar uma criança. Eu estou muito limitado para poder bem descrever este cenário uma vez que tenho insuficientes vocabulários e as palavras em si são insensitivas, talvez só utilizando a língua russa ou eslovaca que tem mais de 30 letras alfabéticas que serei apto para descrever o fruto da minha observação.

Esta cena é muito pobre, amarga e chocante mas os efeitos que produzem são insuportáveis, inconcebíveis. Numa fracção de segundo nesta observância, a minha memória reflectiu imagens indescriptíveis. Em Angola há mulheres que se classificam como sendo de business class. Aquelas que vão passar férias nos Estados Unidos e nas praias brasileiras. Que vão fazendo compras em Portugal, França ou Italia e que dirigem as organizações, associações de massas, empresas até simples mães de familias com infinitas influências. Por consequências existem também aquelas que não tem férias porque os maridos são desempregados (condição obrigatória a baixa classe) e elas são hoje a fonte de ganho-pão da familia. Elas vão trabalhando 24 horas por dia e 7 dias por semanas. Elas são domésticas e zungueiras, quitandeiras e tudo que a poeira de Angola colore. Não possuem calendários por isso não conhecem férias pois vão duma rua à outra e duma praça à outra e que as pernas nunca pisaram o elevador rolante, o chão interior do Nosso Super...

Ô mulher angolana! Não quero relatar da Mãe-Africa ou da Mãe-Angola como fomos habituados porque Agostinho Neto ensinou-nos a poesia. Falo daquela mulher que foi ontém a nossa irmã e que tomorrow será a nossa esposa e um dia a nossa filha. A mulher que é o grande amor do homem pois este nasce da mãe, cresce com as irmãs e finalmente casa-se com a esposa para um dia produzir umas filhas. Esta mulher que adoramos nas nossas poesias, que honremos nas nossas músicas. Aquela mulher que faz de nós verdadeiros homens. Não gostaria de falar das heroínas que por uma causa (in)justa envergaram o fardamento e foram satisfazer o apetite dequeles comandantes de unidades ou quarteis ou líderes politicos nos máquis. Não daquelas que enquadraram-se as fileiras da bofia só para fazer banga nos bairros ou para desafiar homens com os quais opuseram-se. Falo da mulher angolana que toma conta das crianças e da casa familiar, que soprando as lenhas só para conficionar refeição para seus filhos ficaram com olhos encardidos. Aquelas mulheres que por destino político da nação tem filhos cujos os pais são desconhecidos, porque foram forçadas as matas para serem segundas, terceiras esposas de uns militares que nunca amaram. Daquelas que injustificadamente são morteladas ou foram violadas por causa da revolução, como se fosse um ritual no comunismo africano.

Entendo que existem em Angola mulheres consideradas enquanto as outras são desconsideradas porque nunca tiveram pais capazes de enviar-lhes a escola. Porque a nossa actual sociedade não se preocupa delas e são condenadas pela nova lei da exclusão social de Angola e ficaram sem espreança nem possuem outras opções. Existem na nossa sociedade umas mulheres promovidas. Aquelas que tem títulos, ocupam lugares de destaque e que tem conotações devido à pertência a um determinado clã, talvez por via matrimonial. Portanto existem aquelas desprezadas porque foram desprezadas pela lei descriminativa da nossa sociedade. Elas foram promovidas no sentido oposto e pertencem hoje a lixeira social de Angola. São constantemente caçadas pela policia que proibem-lhes vender ou mesmo que desarmem-lhes a sobrevivência dos filhos. Elas não tem padrinhos nas cuzinhotas porque nunca pertenceram ao partido em poder ou talvez por serem duma região fora da óptica governemental. Há também as verdadeiras donzelas, mêstres da situação: aquelas mesmo sem título ou formação mas tem beleza, são atraentes tem capaciade pelas suas persuassivas belezas de carbonizar qualquer dirigente, político, famoso, estrela, homens com poderes. Elas não carregam nada nos míolos mas são tremendosamente empacotadas, tem algo doce a oferecer e são idolatrizadas pelos ministros e diretores. Porém umas são falsas porque não tem ninguém para as jicular, são odiadas porque não metem calças apertadas, não tem sutaque aportuguesado, não são sofisticadas, não conseguem hipotecar o sistema.

Eu observei longamente esta mulher no mini-maximbombo. Sentada com a criança no colo, concentrada a alimentar com leite natural (chuxas fora da blusa). Ela sente-se marginalizada porque cheira o perfume de milho que vai vendendo. Vendo-lhe embrulhada por si no canto, entende-se que sente-se isolada e rejeitada pela sociedade. Ela luta por si para não tocar ninguém pois será logo abusada com insultos. Ela perdeu a sua liberdade devido a sua actividade comercial. Ela deve batalhar para a sobrevivência da familia como as outras fazem nos gabinetes ou viajando de avião. Não são diferentes pois são angolanas e tem profissão; só que elas não tem salário mensal como outras. Não tem ficheiros, nem patrão e chamamos-lhes de zungueiras, peixeiras, prostituitas etc. Esta mulher no cantinho é esposa de um angolano como eu, ou qualquer dirigente. Ela é irmã de alguém e possivélmente é ainda filha de um cicrano angolano. O seu peito (chuxa) exposto é muito invitaminoso e tem uma aparência desértica provando que não tem o leite materno mas está alimentando. Curiosamente as moscas preferem pousar-se nela como se fosse pista de aeronaves. Outros passageiros lançem olhadelas ferozes e criticam sem imaginar as dores que vão somando nela. Ninguém pensa na responsabilidade do governo mas furiosamente todos insultem até ao ausente marido sem portanto saber a condição social deste. Quém procura saber se é viúva? A criança já reconhece viver no mundo cheio de hostilidade, encolhe-se bem ao colo da mãe. Quém sabe do futuro desta criança? A criança tem duas filas de ranho que escorregam das narinas e está cuberto num tecido emvoltado pela poeira e sem a mínima higiena. Quém pelo menos oferece um bocado de sabão? A cruelidade angolana sabe bem criticar.

Fiquei involvido nesta atmosfera entre a tristeza, a hostilidade e tudo que emocionalmente era nagativa. Quiz gritar mas consegui controlar-me sem portanto reter as minhas lágrimas. Algumas mulheres também foram amagoadas pela cena mas... a juventude, o futuro d’amanha! Tive que descer súbitamente preferindo progredir andando.

Onde vão os milhares obtidos no negócio petrolífero? Angola é rica e riquíssima mas a pobreza também tem a pura nacionalidade angolana! As damas de consideração não tem sequer ... para aconselhar os maridos e namorados!?



JDNsimba©2009publ/097

SETEMBRO/DICAS

’A ideia obsessiva de que um homem só garante a paz e estabilidade é uma grosseira, uma estupidez que não se compara com nenhuma das ideias do passado’’ – NELO DE CARVALHO

‘’O que acontece é que há pessoas, que até há pouco tempo se diziam marxistas e apologistas de uma sociedade igualitária, que estão hoje alheios ao sofrimento da maioria da população’’ –JOSE EDUARDO AGUALUSA

‘’A diferênça é que a Africa do Sul é um país dirigido por um partido que monstra o que faz e Angola, por um partido que promete fazer’’ –JOSE GAMA

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

JP de MORAIS: QUI S'EXCUSE S'ACCUSE

Experimentando um estilo de leadership tradicional aplicado pelos Sobas na minha comuna do Béu (Maquela do Zombo) onde cresci, entendo que a política angolana não é ainda baseada numa filosofia científicamente estabelecida mas enrola-se à volta de probabilidades especulativas em mistura as condições duma atmosfera politicamente criada conforme as realidades autênticamente angolanas. Portanto a prática desta ciência não oferecia (nos kimbos)espaços para críticas amargas uma vez os erros eram argumentados com fundamentos e de forma construtiva. Isto não vejo no mundo intelectual de políticos angolanos: vejamos-

Quando na minha aldeia alguém perdesse algo importante, contactaria logo o Soba para puder ajudar a localização do objecto e a possível recuperação do mesmo. Lá o Soba teria então a missão de no anoitecer do dia anunciar a alta voz andando duma ponta à outra em 3 ou 4 voltas. No seu anúncio descreve-se o objecto e o desejo do dono para que se devolva o objecto, assumindo que foi perdido. Isto vai-se repetindo durante 2 ou 3 dias sucessivos mas que no último dia a mensagem tenha uma forma ameaçadora porque pensa-se que a coisa não se perdeu mas sim foi roubada. Por isso a mensagem do Soba seria agressiva. No fim se alguém encontrou o objecto vai devolver-lo. Isto era o normal dos acontecimentos porque nas aldeias as coisas não desapereciam para sempre e a gatunagem era um fenómeno raríssimo. O curioso acontecimento se passa quando o objecto desaparecido não aparece e que um elemento qualquer responde a mensagem do Soba de forma frontal. Dalí assume-se que este homem foi certamente o gatuno. Este será chamado perante um grupo de sábio para uma investigação posterior. Na forma abreviada diz-se nas nossas zonas que ‘’quém responde ao anúncio (n’tangu) do Soba sobre a gatunagem é o gatuno’’

A compilação de um dossier de 6 pages denominado teses da defesa do antigo ministro das finanças, José Pedro de Morais endereçado ao PR, José Eduardo dos Santos levou-me a uma reflexão que originou as seguintes linhas. Esta tese da sua defesa, escrita com terminologias técnicas do comercio foi digitado pelas errupções incessantes de críticas contra o homem que uma vez foi o melhor ministro das finanças em Africa.

Esta compilação reclamativa do JP Morais poderia não ser dirigida ao PR porque não foi o JES que o criticou. Entende-se noutro lado pois JES é o dirigente máximo do estado. Portanto procura-se saber o que JES deve fazer da mesma? Com todo o respeito, sabe-se que o nosso Presidente não tem tido tempo de conversar com a população explicando casos sérios e vai hoje ocupar o espaço televisivo só para defender o Morais.

Até áqui não se recebeu do povo ou de um qualquer angolano acusações, reclamações ou queichas, junto aos tribunais ou qualquer instituição jurídica contra Morais. Ele talvez tenha adversários mas são invisíveis, então o JES não poderá localizar-os. Não pode-se defender sem que haja quém acusa. Não pode-se explicar quando não tem complemento a quém explicar. Será que o nosso ex-ministro prevê algo a chegar? Não se pode escrever uma tese de defesa quando o processo não é oficial mas especulativo.

Sabe-se bem, como agora o próprio Morais convida-nós a oficializar o processo, ele foi ministro no tempo de boom económico de Angola. Este tempo foi o mesmo que o sofrimento do angolano se agudizou no seu apogeu. Este balanço requere uma explicação das autoridades competentes da equipa dirigente da nação. Morais pertenceu ao grupo da influência do circuito presidencial. Morais foi também citado logo no dossier inicial do Mensalão, antes que nomes de dirigentes angolanos fossem retirados. Aqui Morais de-nós a liberdade de concluir neste caso que não há fumo sem fogo. O angolano pensa na reconciliação passando pelo processo de perdão. Morais que pensa defender-se oficialmente, entende reconhecer que há dirigentes que participem na depredação sistemática da nação. As entradas financeiras são altas (produzimos 1 656 000 barris de petroleo por dia) mas o angolano ainda vive em baixo de 2 dólares por dia. Morais foi listado entre os angolanos mais ricos, possuindo mais de 100 milhões de dólares. Esta riqueza foi-se constítuida por menos de 10 anos e tem fontes desconhecidas.

Morais não tem nenhuma justificação explicadura para comprovar as fontes da sua riqueza com a base do seu salário. Morais procura justificar-se queimando outros que na mesma turma pi..... a economia angolana, porque ele demostra e reconhece indireitamente que houve abusos no sistema.

Mesmo assim JES não ficou convencido com a papelada de Morais, pois trata-se de mais um caso de burocracia. O alertado PR preferiu orientar o ministro da economia, Manuel Júnior para engavetar-lo eternamente.


JDNsimba©2009publ096

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ESPANTALHOSAS ELEICOES

As formas que foram utilizadas nas eleições angolanas de 2008 na complementaridade a visão das eleições presidencias de 2011, previstas para 2009 apresentam muitas contradições, ambíguos, incertezas e levanta muita poeira. Sabe-se que neste ano 2009 já não se pode falar das eleições uma vez argumenta-se burocráticamente sobre as propostas da constituição. A colorida conferência do MPLA de dezembro não possívelmente terá lugar uma vez que o governo que é o MPLA será muito pressionado pela organização da CAN. Em 2010 não há probabilidades que hajam eleições porque haverá CAN e outras razões estratégicas nomeadamente a aprovação da Constituição, a conferência do MPLA e a substituição do PR por um elemento a sua escolha.

Meu avo foi Rejador da baca no meu Béu e meu tio, Soba. Procurei junto deles saber como que acham sobre a questão das eleições presidencias tão polemicadas que domina o tabloíde angolano. Primeiro é que devo explicar a estes o que realmente se passa na politica angolana e em que quadro se localize esta situação das eleições. Tanto ao avo como o tio as curiosas perguntas não param de escorregar, estranhando tudo que de mim oiçam. Muitas vezes resmugam silenciosamente na língua materna desviando a minha vigilância. Para eles a presidência é uma postura sagrada de mérito cuja a escolha se faz no ambiente da paz e amizade, seguindo duma festa de benções.

Será que a nossa política ou toda a Assembleia está num beco sem saida? Actualmente debate-se sobre as formas de eleições que se pretende realizar. O estilo, modelo sul africano é mais evidenciado pelo partido no poder embora que partiu duma proposta cómica. Na forma simplificada diz-se que só os deputados que deverão votar o PR. O meu avo e tio procurem saber quém elegeu os deputados e especulem no caso murmurando. Portanto o número de candidato ainda é desconhecido. Este sistema apresenta uma avantagem incontrolada ao MPLA que tem os 85% de deputados. Este mesmo MPLA ainda tem problemas internos na seleção do seu candidato uma vez há tendências divergentes, e, tem estruturas cadúcas em relação a democratização do aparelho partidário. Parece que desta vez o golo será do MPLA desde uma desmarcação feita em posição de fora de jogo.

Não se pode anunciar a partida para a mobilização uma vez as incertezas ainda estão incluidos nas incognitas. Espere-se que o PR marca a data para que se inicie as corridas financeiras, propangandistas etc Quando outros esperem pela data alguém esta forjando suas estrategias por uma vitória esmagadora. A lista de candidatos independentes demonstra a saturação de politicos e povo perante as venenosas promessas de movimentos/partidos históricos, optando a basculação as novas esperanças da juventude. A questão da data não é duma derrogação corporativa mas pessoal de JES, que sabe em que clima, condições e périodo.

O avo e tio não entendem o porquê um pacificador da nação teria medo das eleições? Eu também não entendo mas vejo diferentes cenários com surpresas. Mas eles entendem que ‘’no bolso do estúpido não se enfie a mão duas vezes’’ como remataram antes de afogar-se nas gargalhadas!

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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

NASCEMOS NA LUTA CRESCEMOS NA VITORIA

Eu não sou a pessoa mais indicada para analisar um poema de Agostinho Neto. A poesia de Neto encontra-se numa órbita descontínua porque a elaboração das suas ideias não foi ainda localizada e o perfilo poético tem fontes no desconhecido. Foi Agostinho Neto que propulsou a poesia angolana no universo poético oferecendo gosto e sabor aos angolanos de ler, escrever e desenvolver uma literatura popular. Na sua memória ainda há muito para ser revelado.

‘’Nascemos na luta e crescemos na vitória’’ esta declaração poética de Neto tem ocupado espaço na minha mente e tenho procurado formas de encontrar a continuidade desta mensagem. Eu não posso me focalizar no mesmo plano com o Imortal porque tem-se entre nós decalagens abismais de gerações, de visões, do condicionalismo socioeconómico e de muitas circunstâncias. O que eu tenho feito é de transladar esta mensagem do passado ao presente. Colocar esta história da luta de libertação à luta de sobrevivência social imposta aos angolanos pelo partido do Saudoso Guia Imortal.

Nascemos todos, como angolanos, sem excepção porque conhecemos todos o mesmo colonialista embora com estrategias diversificadas entre o norte e sul, entre o sul e centro e entre o centro e norte. Conhecemos todos as injustiças, a exclusão com diferentes graús. Todos, acordamos na mesma época para libertar a nossa pátria do jugo colonial. Alguns foram as matas, outros ficaram no território com o mesmo denominador: a libertação de Angola. Tinhamos a mesma visão com diferentes estrategias. Lutou-se em diferentes frentes, diferentes trincheiras e diferentes campos mas o inimigo era comun.

‘’Nascemos na luta’’ A luta era única mas tendo diferentes opções politico-militares. Neto profetizou sobre as lutas no local de emprego mas infelizmente hoje muitos de nós fomos negados o direito de emprego pelo partido do Neto. Neto visualizou a luta de sobrevivência do angolano mas infelizmente Neto não conseguiu de visualizar today’s Angola. Um país que é o primeiro produtor de petróleo em Africa. Neto não pensou sobre a economia emergente de Angola que hoje é uma potência económica regional. Talvez Neto pensou na sobrevida daqueles que perderam suas capaciades físicas na luta e que hoje são diminuídos físicos ou mutilados abandonados em si. A luta de sobrevivência é daqueles angolanos que não são membros do partido da situação. Neto não soube da mundializacao, da invasão chinesa, brazileira, maliano, do mercado do emprego angolano etc. Neto que só deixara 200 Kwanzas na sua conta bancária nunca pensou que Angola teria milionários em dólares capazes de comprar casas luxuosas em Miami Beach. Conscientemente Neto nunca pensou que o angolano poderia manipular grandes homens e incluir-se no Mensalão, Angolagate e noutros escândalos financeiros que abalam o mundo. Talvez Neto foi muito limitado, por isso pensou na luta da libertação que participou ao lado de Hoji e outros mas que a ideologia de Ngangula, Irene, Gika e a política de implantar orgãos humanos nos frigóricos de hospitais para acusarem os bakongo de canibais viriam a superficie. Neto nunca tinha acreditado que '’a mentira nunca apanha o elevador’’ por isso é sempre surprendida antes que desapareça. Neto pensou nas rusgas e incorporações forçadas para os filhos dos pobre enquanto seus filhos vão estudando em Portugal. Ele falou da luta de dia a dia porque nunca tinha imaginado que a Uinta e Fnala e outros teriam deputados na mesma Assembleia ao lado do Mpla. Neto nunca pensou que haverá angolanos deputados na Suiça, Alemanha, Canada e noutros cantos do mundo.

Emfim Neto nunca pensou assim porque tinha a consciência de um pacificador. Ele reconheceu seus erros e estava pronto a reparar quando noutro lado deram conta...click o homem sumiu.

‘’Crescemos na vitória’’ O nosso pensador só realizara que nascemos nos todos na luta mas os que vão crescer na vitória serão escolhidos pelo Mpla. Não acredito que Agostinho foi egoísta. A frente norte foi abolida e fez-se a reconciliação com Mobutu porque sabia que um dia os filhos de Angola irão a volta da mesma mesa sentar e discutir o futuro da pátria. A nova história do novo MPLA é que procura cruxificar o Neto dizendo que a visão era só dos seus filhos e não daqueles que falam português com sutaque africano. Neto nunca disse que o filho do pobre serveria de carne de canhões. Neto nunca disse que Angola vai-se tornando uma cleptocracia, onde só filhos de muatas serão muatas dirigindo os filhos de pobre. Que os pobres nunca serão ricos e que Angola só pertence a uns clãs específicos e especiais. Não foi o mesmo Neto que disse que Angola é de Cabinda ao Cunene? Quer dizer Neto sabia Matala como Maquela do Zombo, Kibala como Muxima, longojo como ngoyo etc.

Nasceu o angolano na luta e cresceu o angolano na vitória. A vitória e a unidade nacional e não o tribalismo nacional. Neto praticou o tribalismo estratégico para temporáriamente o MPLA apoderar-se de Angola mas nunca apelou a nacionalização do tribalismo. A vitória e um parlamento nacional e não a integração de outros partidos. E porquê só a bandeira do M pode ser de Angola? Angola não é Mpla e Angola não é Luanda. De mesma forma que benefiamos em conjunto o solo, a lua, o mesmo clima neste território a mesma coisa devemos partilhar o resultado de nosso suor, para tal todos devemos ter as mesmas possibilidades e direitos, da mesma que temos os mesmos passaportes.

Não foi Neto que disse que MPLA é o povo; o povo é o MPLA? Neto nunca se limitou no totalitarismo, sabia que a revolução marxista ficará um dia na primeira esquina. E hoje, quém é o povo? Assim no actual MPLA, nascemos todos na luta, cresceram eles (os partidários com suas familias) na vitória. Foi mesmo assim que as vírgulas, acêntos, prefixos e sufixos foram trocados nos ensinamentos de Neto!



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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

AFRICA: O VICE-VERSA DA CLEPTOCRACIA A DINASTIA

Há dias que no solo africano da Assembleia Nacional, perante os parlamentários ganenses, Barack Obama, Presidente dos EUA tinha declarado: ’’O future de Africa depende dos africanos’’. Apelou a juventude de revolucionar todo o processo progressivo para o desenvolvimento do continente mais atrazado. Esta mesma juventude que se considera o futuro do continente é sujeito a cruelidade política orquestrada pelos ditadores do continente. A opressão política de todos os sistemas políticos implantados no continente força esta juventude a abondonar os respectivos países à procura da liberdade no velho continente.

A Russia oferece hoje a melhor plataforma para africanos e asiáticos de descortinar a Europa ocidental a procura de verdes pastos. Portanto nesta mesma Russia o hazarado estabeleceu a sua residência atravez o chamado ‘’black panthers’’. Quer dizer que a Russia tornou-se grande palco de massacres raciais. Este grupo de gangster, similar aos KlukluKan (KKK) de América, ataca os africanos só pelo facto de ser negros ou de possuir uma cor da pele não europeia. Este comportamento já existira há longos em mínima escala mas está cada dia ganhando novos tamanhos. Sabe-se bem que este tipo de crimes causou mortos de muitos africanos na Alemanha pelos ‘’skinhead’’ quando na cidade de Lubeck cometeram uma arsónica atrocidade do século queimando inteiras familias de negros. Ainda na Russia nos meados dos 70, o Presidente José Eduardo dos Santos, na altura estudante em Baku foi vítima deste vergonhoso comportamento. No ano passado foi empedeçado um cidadão angolano na cidade de Zurick/Suiça com alicates mecánicos.

Só em Africa que os bancos nacionais são instituições privadas pertencentes aos presidentes. Estas instituições financeiras são simplesmente bolsos de presidentes, onde podem ‘’cartar’’ em qualquer circunstância. Em muitos casos são os filhos e filhas que controlam a riqueza nacional, rendimentos e fontes. Como pode se dizer que o futuro do continente depende da juventude quando Ali Bongo, o novo presidente gabonês ao substituir o pai, Bernard Bongo promete seguir de perto a política deste, sabendo que o velho foi um ditador que se eternizou no poder até a morte sem portanto mudar a economia e a fiseonomia da nação. Ben Ali Bongo nasceu em Brazaville, é um herdeiro milionario antecipado que leva uma vida luxuosa. Muitos gaboneses não são receptivos na sua subida ao poder uma vez não comunica nenhuma língua nacional e acusam-lhe de comportar-se por um verdadeiro capitalista pronto a desbanjar a economia já routa.

A nota escura que transmite o desespero a juventude africana e especialmente dos Camarões é a forma espetacular que o presidente Paul Biya que durante a sua estadia de 8 dias na capital francesa ocupa todo o andar do hotel (x). O presidente Paul Biya acompanhado da sua Honorária esposa reservaram os 43 quartos do hotel onde estão hospedados pagando assim uma fatura de 800 000 euros. Paul Biya que também procura eternizar-se no poder escolheu esta forma de gastar o suor da nação.

Perante estes comportamentos de dirigentes africanos, a juventude procure alcançar seus sonhos obstaculizados pelos abusos financeiros que abalam o continente. Outro dinosaure do continente, Sassou Nguessu já sofre uma pressão da população que apois a sua fraudelente vitória as eleicoes já se debate as reclamações para uma definitiva saída no poder. O futuro de Africa depende do africano como o futuro de Irak tem dependendo ao iraquiano. Felizmente para os iraquianos que foram salvos pela comunidade internacional perante os abusos de poder de Sadam e que hoje a mesma comunidade assiste silenciosamente os mesmos abusos aos africanos pelos africanos em beneficio da mesma comunidade internacional.

A Africa dorme no cicúlo entre a cleptocracia e a dinastia, entre a brutalidade e criminalidade de dirigentes e herdeiros. Na marginalização de Africa, o poder já fora nacionalizado pelos clãs presidenciais!


JDNsimba©2009publ/093

LUANDA, A CAPITAL

Luanda do nzimbo
Confiscada pela confusão
Oasis de desconhecidos
Lindo espelho multicor, concave
De conquistadores aos lubrificadores
Repulsa-se a otoctonia
Luanda, o brilho da dívida
Capital ou país...?
Da polémica história
Luando de Luanda

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

LUPA BIBLICA: ERRARE EST HUMANUM

Naturalmente e socialmente o homem é chamado a tomar 2 000 decisões por dia. Isto porque toda ação, movimento é sempre antecipado por uma decisão. A decisão determina o que o homem é ou procura ser. Entre a decisão e a ação, o poder de analisar reage como o processo intermediário. As boas decisões trazem sucesso enquanto as pobres levam o homem aos transtornos da vida e até deitem-lhe em dificuldades.

Naturalmente como espiritualmente o homem tem direito aos erros. O erro é natural e normal porque o homem não é perfeito: cada elemento tem direito a errar. Os erros cometidos ajudem o homem a ganhar experiência: pois é com os erros que o homem aprende. Mesmo errando, Deus criou o homem com habilidades que permitem-lhe viver positivamente na sociedade. Deus deu ao homem capacidades de pensar, de decidir, de declarar e de tantas outras funções que vai desempenhando ao longo de dia.

Prov 14:12
Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.

Decidir é um direito do homem. Cada homem é mêstre ou responsável da sua vida; decide pela sua própria vida. Deus não decide pelo homem por isso criou-lhe em forma trinitária: espírito, alma e corpo. Na sua alma, o homem tem a consciência (analisar, pensar e decidir), emoções (tristeza, felicidade, raíva) e desejos. Para bem viver, o homem necessita um bom comportamento. O comportamento é um conjunto de maneiras, formas de agir e reagir perante situações e condições no seio do seu meio social. No comportamento humano a correspondência entre a palavra e a ação deve se equilibrar.

Para que a decisão leve ao sucesso, o homem deve possuir uma visão. A visão é simplesmente o golo que se pretende atingir. O nível que se pensa alcançar seguindo planos e obras estabelicidas com sabedoria. Infelizmente muitas vezes a visão do homem falha ou talvez é suficientemente precaria. Muitas vezes a visão é boa mas que a ação do homem pode não ser a melhor; assim cai-se nos erros ou comete-se erros.

O homem pode confiar nas suas ações, estrategias que pensa ser boas enquanto observadores descobrem desastros. Por isso, mesmo talentoso, o jogador necessita sempre um bom treinador. Todo homem necessita de ajuda de outros atravez conselhos. Lembrai-vós que nenhum é perfeito e ninguém é completo. Isto faz a lógica da sociedade, que é um conjunto de homens que compartilham a mesma geografia social vivendo em entre-ajuda para o sucesso corporativo. Como o homem comete erros, a sociedade vai cometer erros, tais como movimentos e partidos vão cometendo erros. Errare est humanum!

O homem precisa de conselheiros: homens confidentes com capacidade de oferecer bons conselhos, boa direção. Contudo Deus o Criador é o melhor Conselheiro pois oferece adequadas instruções para o homem poder humanamente viver neste universo que criou.

A Biblia fala de muitos homens que cometeram erros. Judas cometeu o erro fatal de trair seu Mêstre, Jesus Cristo. Pedro também cometeu o mesmo erro negando públicamente o mesmo Mêstre, Cristo. O erro foi o denominador comun entre os dois discípulos. Judas reconheceu o seu erro mas rejeitou o perdão, preferiu matar-se enquanto Pedro aproveitou as graças do Senhor, perdoando-se de forma conveniente. Errar não conhece autoridade, poder, riquezas, cultura, posição social, idade ou experiência. Os erros tem tamanhos e graús mas tem menos poder que o perdão. Errar não é a finalidade de tudo mas oferece a possibilidade de corrigir-se. No processo de errar muitas vezes causa-se danos morais, físicos, emocionais etc neste caso aproveita-se de perdoar. Perdão é o reconhecimento do erro ou mal qualquer cometido, declarando-se pronto a corrigir e amelhorar a situação. Perdoar não é pecado! Quém aceita seus erros não é fraco mas sim franco. Partidos podem errar como governos erram. E nos vimos o Presidente Bill Cliton dos EUA pedir perdão ao seu povo. Vimos Mandela a perdoar públicamente os cobardes do apartheid. Então porquê não, eu? Como temos direito de errar assim temos direito de perdoar ou pedir perdão. Esse direito, o tem todo angolano mas infelizmente o nosso político acredita que nunca se comete erros na política angolana; daí tudo que se fabrica segue aos caminhos que levam a perdição. O MPLA erra como a UNITA, assim a FNLA e outros mas a falta de perdão do pai forma filhos chauvinistas e filhas hipócritas.!

Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o Senhor pesa os espíritos (Prov 16:2).

Errare est humanum! Mas não na política angolana porque temos dirigentes perfeitos ou então um povo sem coração de perdoar! No universo o erro e o perdão são inseparáveis.

JDNsimba©2009publ/091