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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

FOI LUKOKI UMA VEZ TRAIDO?


Vamos debruçar um pouco sobre o cidadão angolano Ambrósio Lukoki. Este nome, ou para bem dizer este personalidade tornou-se uma bruta tempestade para alguns e uma suave brisa para outros, porem em vogue não só em média social mas no coração de cada angolano. Ultimamente Lukoki tem abalado a atmosfera informática e politica nomeadamente depois cada congresso do MPLA. Na realidade o senhor tornou-se uma escada que vai ajudando muitos para subir nesta estação; uma pedrinha no sapato de alguém capaz de atrasar a chegada na maratona ou mesmo uma rocha que pode esmagar carreiras de alguns.

Sabe-se bem que, o Sr. Agostinho Neto foi o presidente do MPLA e o primeiro de Angola independente. Durante o seu reinado o Presidente Agostinho Neto reuniu alguns homens de confiança na sua circunferência, como todos tem feito. Este circulo fechado era constituído por 4 membros fieis do partido comunista por longos e longos anos, cito: Iko Carreira, Pascoal Luvualo, Ambrósio Lukoki e Lúcio Lara. Entre estes repousava a confiança da alma de Neto para em casos bruscos e emergentes continuar carregar a bandeira da República defendendo a ideologia marxista e os ensinamentos de Neto.

Iko Carreira ( verdadeiro nome: Henriques Teles Carreira) era e foi ministro da defesa por longos anos. Ele participou na luta da libertação de Angola como companheiro da trincheira como outros. Iko tinha capacidades e qualidades de dirigir Angola como PR. Infelizmente não deveria ocupar tal posição visto um sombrioso litigio a sua passagem histórica no colonialismo, onde participou como tropa deste monstruoso exercito. Ele foi ministro angolano da defesa onde estruturou a organização deste ministério antes de ocupar também a posição de Embaixador de Angola em Algéria. Salienta-se que foi general do exercito e valoroso combatente a quem Neto confiou a chave da defesa territorial nuns momentos difíceis de Angola.

Pascoal Luvualu foi o membro fidelíssimo aos ensinamentos de Neto. Luvualu foi formulado como politico desde as células do movimento sindicato que criou com outros. Militou no movimento de forma cega sem exercitar suas limitadas capacidades raciocinativas, assim foi-se tornando fiel comunista. Ele foi o braço mais direito de Neto e homem forte do movimento. Na sua completa prestação politica no movimento serviu como secretario da UNTA (União Nacional dos trabalhares Angolanos) e membro do comité central. O seu amor cego ao MPLA era infinito e continua ainda hoje contagioso no seio da sua restritíssima família. Luvualu fez parte dos bakongo ''avidi'' aqueles que rejeitaram a cultura kongo. Analisando seriamente o que se desejava, Luvualu não tinha capacidades de dirigir Angola embora sua fidelidade.

Lúcio Lara era o grande ideólogo e estratega do MPLA tanto nas matas como na soberania de Angola. Na sua carreira politica serviu como secretario geral do movimento/partido - estado. Ele foi membro do comité central e do bureau politico do MPLA. Este nacionalista tinha capacidades e qualidades de dirigir Angola. Alguém que merecia respeito da parte de Agostinho Neto. Ele leccionou a química. Este foi sempre a poderosa voz do MPLA no ''back stage''.

Finalmente Ambrósio Lukoki, que também foi um membro fiel ao movimento. Ele foi comissário provincial do Uíge, ministro da educação e actualmente embaixador de Angola na Tanzânia. Ele foi secretario geral do partido, membro do bureau politico e do comité central que acaba de recentemente desistir. Reconhece-se ao Lukoki uma inteligência excepcional mas também gabaria na experiência laboral no seio do partido. Lukoki foi também ideólogo do partido em substituição a Lara. Foi também professor universitário e resta o único sobrevivente entre os 4 fieis do circulo de Neto.

O caso Lukoki foi activado e acentuado logo depois da morte de Agostinho Neto na Rússia. Ambrósio Lukoki era a substituição lógica e natural de Neto. A prioridade do tempo para o prosseguimento da ideologia de Neto e da unidade angolana apontavam-lhe como escolha pessoal do Neto na cadeira presidencial. De acordo com todos os cálculos e estudos estratégicos era impensável nesta altura imaginar outra alternância nesta posição. Logo pois da morte do malogrado, respeitando o seu desejo, Lukoki era o único candidato e preferência a presidência da República. Esta preferência foi antecipadamente feita em concordância a da vontade de 3 membros deste circulo fiel.

Num tempo oportuno, Lukoki foi assistindo sem reacção como a presidência escorregou-se das suas mãos. Seus olhos seguiram com atenção a trajectória desta escorregadia presidência e que foi afastando ate repousar nas mãos de JES. Assustado e ultrapassado, Lukoki ficou paralisado de vê-se negado a presidência devido um entre muitos ''código segredo'' do MPLA que estipula e sublinha que: ''nunca, tanto que o MPLA existir, Angola seja encabeçada por um bakongo'' Face a esta lei, o Lukoki viu-se perante uma realidade que nunca soube mas a qual serviu por longos anos. Assim os fungos da amargura começaram brotar no seu coração e consciência. Ele viu-se traído pela própria realidade do seu movimento. Então que fazer? Ficou contagiado pela peste Lukoki e foi combatendo contra a sua sombra ate um dia abandonar a terra dos vivos. O pecado de hoje é que Angola é dirigida a braço de ferro por alguém que naquela altura jurou ''copiar tudo sem esquecer nem sequer uma virgula'' nos ensinamentos do Neto. Ao Lukoki foi vendido pelo MPLA um gato preto num saco preto num quarto escuro e ele vai mordendo-se continuamente a língua ate roer pó.

No seu relacionamento com JES, a relação é simplesmente profissional. Entre os dois existiu sempre um antagonismo silencioso no sentido biunívoco. Servindo a nomenclatura partidária dirigida por JES, ele já foi uma vez exonerado como vitima do caso dito ''caricatura''. Ai está o homem servindo fielmente sem expectativa de auferir algo estimulativo deste movimento. Evidencie-se que foi recuperado antes de 1992 para contive-lhe criar outro partido politico; como fizeram com tantos membros que já não necessitavam. 

 
Nkituavanga II

sábado, 3 de setembro de 2016

A PESTE LUKOKI

A peste é uma enfermidade que surge ou ressurge num determinado tempo cobrindo progressivamente um determinado espaço. Ela espalha-se dramaticamente trazendo um pânico já que o seu poder de contaminação é rápido e ameaçador. Uma peste é a circulação livre de um tipo de micróbio ou bactéria que vai causando transtornos, mortes e outros resultados traumatizantes.  Angola já conheceu a sarna após guerra, o marburg nas regiões do Uíge e recentemente a febre amarela nas voltas de Luanda.

Para alem destas pestes, já houve varias pestilências políticas originadas pelos casos tais como a Kalupeteka no Huambo, Mavungu em Cabinda e a peste 15 activistas+ 2 em Luanda. Falariamos hoje da peste Lukoki. Ultimamente tem-se averiguado um comportamento revoltoso entre os membros veteranos e nacionalistas do MPLA. Como é frequente no seio deste movimento/partido onde predomina a politica de ''sim senhor''; quer dizer quando aceita-se todas ocorrências, planos, propostas e tudo incondicionalmente e mecanicamente. Neste contexto todos membros fieis são alinhados a integrar, incorporar e adoptar tudo sem sombra de dúvida. Este é a única forma de ser fiel ao líder e aos ensinamentos partidários. Portanto com o decorrer dos tempos a maioria fica decepcionada com a realidade que se convive na grande família comunista. Amontoa-se neste caso experiências amargas no percurso de cada. Então muitos que honestamente contribuíram na montagem desta historia ficam tanto fisicamente esgotados como moralmente magoados e revoltosos. Eis a razão pela qual alguns abandonam, outros morrem antes do tempo e certos escondem-se resmungando nas esquinas nebulosas, acumulando riquezas de migalhas que vão caindo em baixo das mesotas. Estes efeitos formam então uma doença, epidemia ou fôlego que gostaria de chamar por PESTE LUKOKI. Alguém terá a curiosidade de saber porque Lukoki? Pensei assim porque Lukoki é talvez o único, que como outros no circuito, observou, falou e enfrentou abertamente vários casos defendendo-nos com argumentos sólidos a uma posição correspondente a filosofia original do Movimento. Ele tem tentado pegar, agarrar o touro pelos cifres sem dobrar joelhos perante este gigantesco mito. Habitualmente todos os membros históricos amargurados do MPLA, logo que entram na terceira idade, recebem a coragem de falar, denunciar ou reclamar mas sem efeitos. Quase todos ficam insatisfeitos com a política do novo MPLA e do seu líder, JES. Coragem este que nunca tiveram/terão na flor e vigor da idade, nos postos de comando ou posições por eles aceitáveis. Talvez haja razão para tal, que se justificaria por poucos restantes dias nas suas existências. Este atrevimento assimila-se com a estratégia do Mugabe: ''ninguém gostaria de perder suas balas no corpo de um velhote''. Assim vão falando sem medo de JES.

Todos amargurados (só velhos, porque os jovens adaptam-se a corrupção e vacinam-se contra a realidade) desabafaram antes de morrer: Paulo Jorge, Mendes de Carvalho, Maria Mambo Café etc só com excepção de Norma Nlamvu e Maria Tonia Pedale. Alguns berraram antes de saltar o barco em perigo como Lopo de Nascimento, Pepetela, Marcolino Mouco etc...Também há ministros, generais e outros lideres que foram forçados a aposentamente. Ate aqui Lukoki não saltou do barco, pivotou somente da cabina da tripulação para se esconder nos porões.

O remédio contra este flagelo enraizado no seio da família ainda não foi descoberto.  Por enquanto o fanatismo e o lambe-botismo tem dado efeitos positivos a curto prazo. E os bajuladores vão subindo os degraus da escada caçoando-se da população sofredora!

 
Nkituavanga II