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quinta-feira, 17 de maio de 2012

DA VERDADE A LIBERDADE PARA A DEMOCRACIA



Angola que não deixe de ser um Eldorado para os estrangeiros vai as próximas horas entrar na época das promessas blasonarias para os autóctones mas caóticas para os nacionalistas. Os períodos eleitorais deveriam representar o trampolim que projecta a nação, o povo nos ideais sonhos, passando através um processo que se chama as verdades das urnas. Porem quando se fala em verdades das urnas, cada equipa participante as eleições tem a sua compreensão, tácticas, lógica, equipamento e agenda.

A verdade das urnas é um direito cívico que qualquer estado oferece a sua população para livremente escolher futuros dirigentes da nação em conformidade a leis constitucionais. A verdade das urnas é a linguagem gestual de um povo para mandatar seus servos junto as instituições administro-jurídicas. Cada cidadão tem um direito natural (para não dizer divino) a decisão e escolha. Este direito é garantido nos estados onde a lei é respeitada mas quase universalmente se inclui naquilo que se define solenemente como liberdade de expressão que faz parte dos direitos do homem/cidadão. A liberdade de expressão deve ser um precedente factor que seguramente alimenta a verdade das urnas. Um povo que carece da liberdade da expressão não tem qualquer utensílio para exprimir-se com autonomia nas urnas.

Numa democracia as fortes virtudes como a verdade e a liberdade devem ser empregue no seu verdadeiro sentido. Não se vai hoje fazer a mesma pergunta do Pilatos que procurou junto do acusado Cristo saber: o que é a verdade? A verdade como concepção filosófica não é palpável mas visível. Mesmo sendo abstracta, ela se concretiza através acções. Ela é o estado de concordar com facto ou realidade; portanto a realidade pode ser relativa. Negar os factos nas repúblicas bananeiras também obedece a regra da selva; onde o mais forte tem sempre razão!

Procurou-se em todas as instalações sofisticadas das instituições do governo onde reside a verdade, infelizmente nos edifícios que basculhamos, foram-nos dito que a verdade é uma palavra desconhecida tanto no espaço governamental como partidário. O facto que muitos lideres ignoram e que aquilo que desconhecido não em algum lado implique inexistencia. A verdade pode ser desconhecida em Angola mas ela existe e o nosso povo precisa-la. A criação de um homem novo, como duma mentalidade nova exige a verdade. Sem a verdade não pode haver a tolerância zero como sem a seiva a arvore não pode sobreviver. Para uma mentalidade nova é preciso uma revolução cultural que depende duma instituição educacional muito forte. Por consequência não se pode educar na mentira como nas épocas do comunismo angolano.

A luta das qualificações políticas oferece-nos sempre uma identificação falsa, ela cola-nos um selo que tem causado decepções mas especialmente divisões. Ela faz deslocar a nossa luta num terreno estéril, onde a distracção reina e semeia a ruptura da nossa sociedade. Não fomos então chamados a edificar uma nova sociedade angolana, onde o denominador comum seria uma mentalidade nova?

Qualquer que seja o caminho pelo qual os dirigentes da nação conduzem-nos, como para o sucesso de qualquer revolução angolana, deve transitar obrigatoriamente pela via da liberdade. Uma vez que se garante e respeite a liberdade de cada cidadão, haverá facilidade de construirmos uma Angola reconciliada. A reconciliação tem suas bases na coabitação e não pela exclusão.

A passagem obrigatória de Angola para o seu desenvolvimento tem de ser através a verdade das urnas passando pela liberdade da expressão, criando condições para a coabitação como alicerce da reconciliação e unidade numa mentalidade angolana. Portanto com quem faremos a nossa democracia?


Nkituavanga II