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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O ANO 2009 ANGOLANO

O nosso portal informativo tem acompanhado de perto a situação de Angola; o que se vive dia-a-dia no soberano da nação angolana. Não só seguimos o percurso do desenvolvimento arquitectural das realizações angolanas mas também participamos de acordo as possibilidades que nos foram apresentadas. Muitos acreditam que a história não se repete, este relativismo de muitos é para nós uma realidade uma vez na prisma temporal o círculo não retrocede. Nos acreditamos o que se desenvolveu em Angola será elucidada porque acreditamos que a história de um povo não pode ser emprestada e nem tão pouco embrulhada, pois a nossa foi e é ainda.

O nosso observatório verificou muitos fenómenos e realidades das ocorrências que foram acompanhadas pela nação em geral, isto é de Cabinda ao Cunene embora alguma parte com muita clareza enquanto na grande maioria com obscuridade, uma vez não se permitiu ao angolano de agasalhar informações que lhe dizem respeito com veracidade. Tanto ao nosso governo como a nossa oposição, a informação foi uma arma de combate para se colocar na posição desejada. Assim o nosso povo foi muito manipulado, delimitado porque os órgãos informativos foram, ora privatizados ora nacionalizados, embora que não se sabe por quém e para que?

Muitos líderes, intelectuais e homens com autoridades tentaram em curtas palavras evocar seus sentimentos para explicar os eventos, ocorrências, enfim desbobinar o filme da vida que se projecta dia por dia em Angola mas especialmente em Luanda. A nossa capital continua a dominar tudo porque o nosso governo nega pensar na expansão da visão. O facto de aglomerar o terço da população na capital é suficiente para em qualquer eleição angariar votos que garantem uma vitória ao MPLA. Os investimentos restritos só a nível de Luanda facilitam a compartilha desequilibrada do rendimento, facilitam a obtenção da mão-de-obra estrangeira condenando angolanos no desemprego, na pobreza porque dirigir os pobres é mais fácil em qualquer parte do mundo. Luanda também ocupa uma posição estratégica no controlo da movimentação estrangeira, assim preferem que Luanda seja eternamente confundida como Angola. Luanda esconde a incapacidade de um governo de Luanda de cobiçosos que pretendem herdar o poder aos seus filhos desconectados com a verdadeira história de Angola.

Por áqui compilou-se todas as vozes que se levantaram do solo angolano, desde Luanda, de certos homens da oposição, como do partido-governo mas também de líderes religiosos e membros activos da sociedade civil. Essas declarações foram feitas no ano 2009 explicando-se com sentimentos de dores, de prazeres para defender estes ou promover estes mas deixamos uma vaga para o nosso leitor poder pensar e traçar umas conclusões.

José Eduardo Agualusa, escritor angolano que fez um balanço entre o produzido, lucros, investimentos, acumulados e desviados, comparando os recursos naturais e humanos, e as classes sociais declarou ‘‘Angola é um país com muitos recursos naturais, podia ser um país melhor para todos se essa riqueza fosse melhor distribuída’’. A sua explicação viria mais tarde ser esclarecida por um membro histórico do MPLA que justificou este cambalacho político-económico dizendo ‘’Estamos só educar a população no culto do chefe, como o é em todos os regimes africanos’’ Artur Pestana o incomparável escritor e politico angolano mais conhecido como Pepetela, membro do MPLA que acredita também que a máquina operacional do Movimento dos camaradas está encravada e que Angola vai seguindo as vias de outros países que conheceram o bem-estar mas que devido os erros políticos deste ou aquele chefe máximo, que identificaram-se ao culto de personalidade, que confundiram a propriedade nacional ao pessoal, finalmente sucumbiram na armadilha da cléptocracia, ditadura, oprimindo o seu povo de um direito divinamente estabelecido. Esta ideia foi também reforçada por Maria Eugenia Neto, esposa do primeiro presidente angolano, o Imortal e Saudoso Presidente Agostinho Neto reiterando "Olhe, o que eu acho é que quando havia partido único as pessoas falavam muito mais do que hoje. De tal maneira eles tinham liberdade que até montaram um golpe de estado - e nas calmas’’. Ela acredita que o actual governo está trabalhando no sentido contrário onde não há liberdade de tudo, quer dizer que o totalitarismo no pluralismo em aplicacao não funciona. Pelo menos não num país onde não há ainda a verdadeira reconciliação e com uma politica indefinida, que se diz democrática enquanto não é ainda. Talvez Nelo de Carvalho explicaria melhor já que se pretende sem Eduardo dos Santos, Angola não pode prevalecer e além dele Angola não tem outra alternativa. Embora que os angolanos acreditam que Deus é tão pobre, Nelo o bloggista angolano disse: ‘’A ideia obsessiva de que um homem só garante a paz e estabilidade é uma grosseira, uma estupidez que não se compara com nenhuma das ideias do passado’’ Este pensamento de Nelo não concordam com a citação de Marcolino Moco, antigo primeiro-ministro angolano, membro do MPLA e docente nas universidades angolanas que também opinou: ‘’...acredito que o MPLA é a única organização que, seja no poder seja na oposição, pode garantir, com certa eficácia, a construção de um país africano do tipo moderno’’ Se dermos hoje a nova possibilidade ao Marcolino talvez não seria capaz de reproduzir as mesmas palavras porque já entendeu como amarga é a pílula que o MPLA inflige aos angolanos. Coisas não funcionam e Angola anda doente porque tem um governo e uma oposição que só tem políticos cheios de teorias enquanto Angola tem procurado políticos cheios com teorias e práticas, por isso José Gama, um activista politico angolano que tem observado com lupa o progresso de muitos países justifica assim: ‘’A diferença é que a África do Sul é um país dirigido por um partido que monstra o que faz e Angola, por um partido que promete fazer’’. Mesmo assim as eleições presidenciais foram abolidas porque as teorias não conjuguem com vontade do PR e talvez da maioria da Assembleia. Esta imposição é justificada por um líder católico que defende o valor humano e do angolano exortando: ‘’Governantes angolanos matam pessoas que falam’’ –Frei João Domingos, padre. Isto porque na equipa do MPLA os deputados não são defensores de direitos e vivem com/nos conflitos de interesses, por isso Eduardo Agualusa voltaria justificar que: ‘’O que acontece é que há pessoas, que até há pouco tempo se diziam marxistas e apologistas de uma sociedade igualitária, que estão hoje alheios ao sofrimento da maioria da população’’. Noutro lado essas declarações foram ouvidas pelo próprio PR. Sua Exc. José Eduardo dos Santos que também declarou: ‘’não devemos pactuar com a corrupção ou com a apropriação indevida de meios do erário público ou do partido. Temos agora que passar para o concreto e o concreto é assumir compromissos sobre metas dos problemas que vamos desenvolver para melhorar a qualidade de vida do povo angolano’’

Da Unita em 2009 não se fez nada, talvez tenta também mergulhar na burocracia. Mas ainda sofre a atormentação da massiva partida que sofreu durante as eleições legislativas. A Fnla não teve expressão uma vez que se debate com um monstro de 7 cabeças, Lucas Ngonde feito presidente eleito num tribunal do partido-governo.

JOSE EDUARDO DOS SANTOS, Presidente reeleito do MPLA, Presidente não eleito da República de Angola também observou a nossa sociedade, viu e acredita que está doente, por isso fez a declaração acima citada. As declarações do nosso Presidente nunca foram-lhe impostas pela mulher ou filhos porque sabe-se que tem um raciocino e capacidade de sentir o sofrimento dos outros mesmo depois de rejeitar os conselhos da sua própria consciência por um tempo prolongado. Talvez as ocorrências obrigaram ao nosso presidente de compreender que as raízes da corrupção já não só se desenvolvem no subsolo mas está subindo a árvore da frágil revolução. O enriquecimento do partidário angolano não se pode justificar e ninguém pode pactuar com ele uma vez ultrapassa todas as expectativas. De mesma forma o sofrimento do angolano já não se limita aos ossos mas penetrou profundamente até enraizar-se a espinha dorsal. O PR anuncie uma revolução acreditando que o MPLA esteve adormecendo e que é preciso acordar para iniciar o trabalho. Ele diz mesmo que era um Partido do Trabalho sem trabalho mas agora é preciso trabalhar sem saquear. Ele vai pedindo a partida duma nova revolução colocando-se como cabeça a liderar o novo destino de Angola. Ele está pedindo mais 32 outros anos no poder desde as eleições de 2012, assim poderá reorganizar Angola. O nosso presidente anunciou o começo da guerra contra todas as epidemias económicas e contra toda nocividade na consciência angolana e promete termos desde 2012 uma sociedade nova onde serão realizadas todas as promessas do MPLA feitas desde 1975 até hoje em dia. Doravante seremos sérios no MPLA, e vamos também considerar outros angolanos assim como da oposição uma vez que deposite confiança ao eternal PR.

Talvez chegou a altura que o nosso PR desse razão ao cantor Bob Geldof que uma vez declarou: ANGOLA é governada por criminosos. As declarações do cantor e do Presidente evocam as mesmas coisas. Geldof só disse o que foi a sua verdade mas JES aceita aquilo e está determinado a fazer volta-face, usando uma linguagem politicamente adorna. Viva o PR, viva a nova revolução cuja Fidel Castro iniciou na sua própria família! Viva Angola.

O que nos preserve o ano 2010? a seguir!

JDNsimba©2009publ/127

FELICIDADES

AOS NOSSOS LEITORES, AMIGOS E CRÍTICAS DESEJAMOS FELIZ NATAL E UM NOVO ANO PRÓSPER. QUE O ANO VINDOURO TRAGA-VOS FELICIDADE, PAZ E AMOR.

KINZINZI AO VOSSO SERVIÇO, AO SERVIÇO DO BÉU E DE ANGOLA

Nsimba

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

DEZEMBRO: DICAS

‘’Não devemos pactuar com a corrupção ou com a apropriação indevida de meios do erário público ou do partido. Temos agora que passar para o concreto e o concreto é assumir compromissos sobre metas dos problemas que vamos desenvolver para melhorar a qualidade de vida do povo angolano’’ –JOSE EDUARDO DOS SANTOS

‘’Estamos só educar a população no culto do chefe, como o é em todos os regimes africanos’’ –ARTUR PESTANA PEPETELA

‘’Governantes angolanos matam pessoas que falam’’ –FREI JOAO DOMINGOS

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O REAL MADRID DE LUANDA

Foi-me incumbido uma tarefa quase impossível a realizar. Sabendo as minhas limitações e aproveitando as minhas relações na experiencia do meu know-how profissional procurei ajuda ao lado de um entrepreneur, perito internacionalmente reconhecido na resolução de assuntos impossíveis, o diplomata angolano Pierre Falcone. A nossa missão foi de transferir a equipa Madrilena em Angola, especialmente em Luanda para participar na Girabola. Não se pode justificar em nenhuma parte do mundo este unilateral permutação uma vez que Real Madrid se desenvolve geograficamente tanto demograficamente no e como fulcro da capital espanhola (Madrid). Real Madrid é uma organização ou pessoa moral de reputação elevada, é um brand cujo a presença em Luanda não justificaria a sua grandeza. Real Madrid que participa num campeonato considerado entre os três melhores do mundo não teria razão de participar no diminutivo e mal conhecido campeonato angolano. Pouco importa as infinitas razões desta deslocação mas a tarefa foi-nos dada, e a mágica mão, que não falha, de Falcone esta operacional uma vez milhões de dólares já poluem as contas bancárias do homem em Franca. Como tudo em Angola se faz com a base da lei corruptiva, eu fui contemplado por um ‘’obrigado’’ como se fosse dado ao cão que depois de servir o seu mestre. O facto de acreditar numa contribuição patriótica, o simples agradecimento foi-me suficiente.

Sabe-se melhor que Real Madrid detenha ainda o estatuto da equipa mais endinheirada do mundo, deixando pela traz o Manchester United e City, Chelsea como também Barcelona, Milan, Bayern e outras. Real Madrid que testou seus músculos financeiros na compra de grandes estrelas do mundo futebolístico para melhorar seus resultados nesta época, adicionando o estilo e mágicos toques do português Ronaldo com a elasticidade do brasileiro Kaka. Desde que a poderosa equipa espanhola chegou em Luanda participando na Girabola, os resultados que tem acumulado no seu palmares tem demonstrado um fracasso não só da equipa mas de todo o trabalho realizado por mim tanto por Falcone, vejamos

Tinha-se pensado que o Real seria um super-power da Girabola que iria derrotando e destronando equipas como Petro de Luanda, Asas que eu preferiria por TAAG (a única equipa angolana que já foi campeã do mundo), Kabuscorno,…… mas é lamentável como o Real Madrid foi afastado da taça da Espanha por uma equipa da 4. Divisão.

Tendo grandes estrelas e craques, o Real Madrid não consegue ainda duma forma elevadíssima colocar-se na onda do Barcelona. Real não conseguiu durante toda a temporada passada adicionar ‘’coroas’’ a sua colecção de medalhas e troféus, já que não venceu o matemacista Primeira liga da Espanha. O troféu ficou entre as mãos de Etoo, o célebre Henry, Yaya Toure, Mesi e outros.

Na liga europeia dos campeões, o Real Madrid não conseguiu espelhar no campo de futebol a bela imagem da cidade que ele representa. Os talentosos jogadores, por tanto que fácil foi, não conseguiram colocar a peça de cabedal nas balizas de outros deixando o seu mais próximo rival, Barcelona com os sylvawares. Mesmo tendo uma performance matemágica, Ronaldo não teve suficiente condição de manter a sua posição do melhor jogador do mundo, deixou escapar esta com o talisman Mesi de Barcelona.

O que realmente se passa com o tão triunfado Real Madrid de Luanda? Mesmo com todo poder financeiro que tem, já que controla o mercado de diamante e petróleo angolanos, a multinacional de Luanda não consegue vencer mesmo tendo ao seu favor o trapaceiro de Caetano na arbitragem. Mesmo com craques como Kaka, Ronaldo e outros não deixe estes exprimir-se profissionalmente demonstrando seus talentos.

A capacidade táctico-tecnica da equipa já não produz efeito porque a estratégia da equipa é reproduzida de forma repetitiva dum jogo ao outro sem portanto distinguir as diferentes jogadas que se apliquem duma equipa a outra. Real Madrid que na sua equipa júnior alinhou sempre um jogador sénior, mal inscrito, decidiu nesta época reforçar a sua equipa sénior com este talentoso Paulo Pombolo e com mais recrutas como o possível substituto Manuel Vicente. Isto porque prepara-se para aposentar muitos maquisards que há longos fizeram os belos dias na revolução e que são hoje cansadíssimos. Actualmente nas suas jogadas as estrelas do Real Madrid de Luanda jogam individualmente cada um pensa-se melhor do outro, cada um pensa resolver e decidir o jogo sem ajuda dos outros, cada joga por si. Esta falta da coesão interna e familiarização fazem que real tenha um vestiário com uma atmosfera não amigável. O próprio treinador não confia seus jogadores e não consegue formular uma equipa principal, por isso dum jogo ao outro faz mudanças dramáticas e bruscas quebrando o team spirit. Ele até tenta alinhar seus familiares a jogar mesmo que não fazem parte da agremiação. Outros jogadores só querem e ganhar mais numerárias mesmo sem prestar serviços à equipa. Uns com mais massas optam não treinar mas querem conservar suas afiliações para auferir mais. Alguns estão sempre doentes devido o excessivo uso da droga. Tudo se faz em desordem, na indisciplina, no invejo, na concorrência. Os calejados não querem os recentes recrutados. Os craques não respeitam a nova geração. Os da reserva fazem brigas entre eles na bancada, fora do estádio e vão perdendo tempo dum bar aos outros e muitos estão constantemente em férias no Brasil, em Manchester e Espanha. Há batota interna onde não há colaboração para construir boas jogadas. Os guarda-redes só confiam na makumba. Os membros da equipa técnica gostam de corromper à torta e direita. O recinto de treinos é sempre invadido por quatorzinhas. Cada jogador desconfia os restantes e cada quer ser o melhor jogador e melhor goleador. Jornalistas são agredidos tanto nos recintos de treinos e mesmo nas ruas. Tudo que é Real Madrid de Luanda e intocável.


Assim vive-se em Angola; com toda riqueza, todo recurso humano necessário, craques, equipamentos, técnico de renome internacional, bons meio-campistas e melhores atacantes, defensores carrascos, mas não se ganha jogos. Ninguém está preparado para botar luvas, mesmo incapacitados querem continuar no campo sem bons resultados. Ninguém aceita a substituição mesmo os doentes e lesionados querem jogar a todo custo. Os fãs são descontentes, a torcida está sumindo mas o que mais importa é encher os tufos. Quém vai se preocupando com os problemas de fãs? Sá lixa! Tem eles ditos!

A actuação do Real Madrid de Luanda não garante mesmo vencer o municipal de Luanda de futebol. Falcone seria capaz de negociar que a equipa jogue numa divisão inferior mas mesmo assim só poderá vencer com batota tanto como foi em 1992 como em 2008. Talvez a reeleição do muata mude as coisas!

Vem aí o CAN como virão as eleições em 2012!


JDNsimba©2009publ/124

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

ANGOLAGATE NO ESCOPO ANGOLANO

Fui totalmente surpreendido pelo facto de ler nos anais do famoso Jornal de Angola o artigo sobre o famoso escândalo de Angolagate. Na verdade ofereceria felicitações ao autor desta peça incompleta de forma vulgar. Todo jornalista tem direito (limitado) aos erros tanto gramatical como ortográfico mas um trabalho colectivo difere-se sempre ao trabalho individual. Não procuro por áqui julgar o artigo e condenar o articulista mas faço uma revisão de certos artigos que no passado coloquei à disposição dos meus leitores que talvez com mais paciência não cometeria ou publicaria. Porque faltou-me serenidade, fui pressionado pelas tarefas diárias, faltou-me um proof-reader, e mais justificativos; contudo aprendi com críticas. Enfim um trabalho mal apresentado ou inacabado, mas o interesse do autor no sujeito é muito deliberativo para…

Eu não creio ainda que pode-se desenvolver em Luanda um texto à base da verdade em casos tão sensitivos como do Angolagate. Angolagate é um tema muito interessante parar qualquer angolano já que seria gostoso para devorar. A matemática demonstra que Angola + gate = Angolagate. Angola explica-se como a nação de príncipes uma vez a palavra original é Ngola que significa príncipe. Quer dizer que Angola é uma nação constituída por príncipes, porque cada angolano é um príncipe. Gate é a palavra inglesa que se traduz por grande porta, ou melhor portão. A escolha desta designação para conotar um escândalo financeiro testemunha a grandeza ou tamanho de volumosas somas postas em circulação (que numa parte se ganhou e noutra parte se perdeu) entre nações, organizações, operadores económicos, aventureiros políticos e prostitutas económicas. Foi neste silencioso intercambio que abriu-se o portão de Angola para que um grupo de homens ganhassem massivamente grandes quantidades de dinheiro em troca à vida de angolanos, de sangue, almas, recursos até o destino de Angola.

O jornal de Angola dedica uma pequena porção da página ocupando o quarto da folha para explicar ao angolano como outros angolanos, diplomatas como Pierre Falcone e Arcadi Gaydamak foram injustamente condenados, mesmo com a imunidade diplomática. Para quém nunca seguiu este dossier seria difícil realizar o que se trata pois a informação é incompleta e insignificativo. O jornalista fez (talvez) um infortúnio cálculo porque foi-lhe profissionalmente ofertado pouco espaço de exprimir-se livremente. Ele até riscou a sua carreira para escrever sobre o assunto uma vez é um ‘’top secret’’ do estado angolano. Angola não só gastou bilhões para ‘’acabar a guerra com a guerra’’ mas ainda tem uma dívida incalculável que gerações vindouras vão pagando à Rússia sem talvez saber a causa. Nesta mesma guerra, dirigentes angolanos do MPLA como da UNITA enriqueceram-se com a troca do sangue daqueles que profetizaram defender. Uns são hoje patenteados por heróis outros por fantoches. Assim acordamos um bom dia tendo um angolano que caiu subitamente num helicóptero comprado com carnes de irmãos mortelados, ao tecto das instalações da UNESCO representando Angola. Foi colocado a este ‘’mais angolano’’ um estatuto de herói nacional. Infelizmente, tendo várias nacionalidades (que não é pecado), o governo francês recuperou o Falcone esquecendo os 18 milhões pagos anteriormente pelo governo do MPLA. Dentro do Angolagate, criou-se empresas multinacionais de angolanos com dinheiro angolano para vender armas aos angolanos para matar angolanos no solo angolano. Os corruptos franceses deste dossier são julgados em Franca enquanto os angolanos fazem a lei e banga em Angola. Estes tiveram o mesmo denominador comum, que foi a criação de lucros e são hoje milionários por consequência Angola recebeu uma factura constituída por mutilados físicos, órfãos, viúvas, deslocados e refugiados, doentes relacionados com violências sexuais, verbais e corporais, afectos com produtos químicos ou tóxicos, biológicos etc.

Que permitamos aos angolanos de descobrir que filhos de dirigentes políticos podem ser julgados. Que ex-ministros e presidentes corruptos podem ser chamados na barra da justiça: isto é nos países onde a lei funciona. Vem agora Tolerância zero onde o título laboral não tem valor mas que a participação ou colaboração naquilo que é contra a lei tem um papel preponderante. Parece-me que a lei foi feita para corrigir os rebeldes e que a justiça existe para julgar os ‘’fora da lei’’. A lei é uma colecção de normas e regras que regula a sociedade, o lubrificante do motor de qualquer organização.

Este processo é mais um teatro orquestrado pelo governo francês para absorver a riqueza angolana. Sarkozy procura resolver este caso amiablement fora do tribunal mas a França não é uma República de banana onde a lei da selva predomina como em África. Entende-se que o angolano não tem direito a esta informação porque mesmo o deputado que represente-nos no Parlamento não é informado oficialmente a cerca deste processo: não há explicação ponto final! O jornalista não tem espaço, liberdade, expressão e é corrompido, marginalizado e não é valorizado.

E pena que o jornalista não tem jornal e vai dando a sua língua aos cães raivosos de Luanda.



JDNsimba©2009publ/123

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

POESIA: VALE DE CONTRASTES

No vale, na bacia ou numa erosão
Pouco importa cores, profundidades ou definições

No vale da injustiça, da corrupção ou de massacres
Ha vítimas, piratas e agressores
Vale de verdes no silêncio do ceu azul
Onde confude-se soldados da ocupação e da libertação

É o vale da sombra da morte
Ou vale da luz da vida
Respira-se o podre, mas semea-se a esperança

Ricos desmarcam-se de pobres
Dirigentes afastem-se de populares
Onde a felicidade agarra-se do sofrimento dos outros
A desolação se onipresente e a benção encontre refúgio

Eu vi chamas, ruinas, esqueletos e carapaças
Soldados sepultem companheiros
Civis pilhem sobejos
Urubus desmantelam carcaças
Deleito-me do meu achado tesouro de quatro preciosas pedras
No vale de contrastes

DJNsimba©2009publ/122

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

LUPA BIBLICA: A CORRUPCAO

A corrupção é uma nocividade antiga que existiu nas sociedades onde o egoísmo humano predominou. A corrupção cresceu com o tempo nas sociedades onde a divisão de classes desenvolveu-se de forma agressiva e injusta, tendo um apogeu no mundo capitalista e sobretudo nas sociedades do reinato ditatorial.

A corrupção é simplesmente o acto de corromper. Corromper é a acção de pervertir a lei, o curso de eventos, acção de denaturar, afetar algo numa anomalia desviando a qualidade do resultado, suborno ou seguir vias curtas, injustas e negativas, demoralizar a consciência atravez actos ou trocas para render alvo/algo. A corrupção é o cancro angolano criado pelo angolano para castigar e condenar o angolano na miséria, pobreza enquanto um reduzido número de angolanos vive melhor sub a proteção deste mostro colocado pelo angolano em cima da lei permetindo a lei da selva dominar a nação. O presseguimento esquemático para adquirir facilmente o que se deseja, saltando normas.

Prov 17:23
O ímpio tira o presente do seio, para perverter as veredas da justiça.

Actualmente a evolução histórico-política que prova a intensificação da corrupção defendida pelos ditadores do continente africano é mais ecoada como uma epidemia europeia porque uns apois outros argumentam comparando-la com a evolução léxica e semântica. Isto porque defende-se que a palavra corrupção nunca existiu no vocabulário como nos dicionários das línguas africanas. A palavra pode não ter uma origem africana mas o comportamento adotado pela prática deste sistema de enriquecimento desequilibrado é mais musculativo no continente, sendo última bastião da ditadura. Actualmente é em Africa onde encontre-se mais ditadores. Africa ainda continua como o berço da corrupção porque ainda tem mais dirigentes egoístas, anti-democráticos, anti-patrióticos e sobretudo que não valorizem ainda o ser humano.

A corrpução angolana/africana pode ser combatida somente desde que o homem angolano aceite renovar a sua consciência porque até áqui a falha de Africa não é só alimentada pelos efeitos do colonialismo mas encorajada pela inconsciência patriótica de muitos dirigentes, alargando-se aos seus familiares, circuito de amigos antes que afeta a sociedade em geral. Ela traz luxo aos dirigentes e pobreza a população, retrocesso à sociedade. Uma vez cego pelo luxo, o dirigente angolano/africano pensa economisar este no continente europeu, que tarde ou cedo acaba duma maneira recuperar os acumulativos para alimentar a economia europeia.

O homem angolano/africano é naturalmente doutado de um espírito animado pelo amor pelo próximo. O africano herdeu dos seus antepassados a vida comunitativa; isto é saber viver em conjunto na conjutura tanto na abundância. A partagem é a principal porção que sustenta a vida de sobrevivência do africano. Infelizmente com o desenvolvimento estrutural da sociedade, o egoísmo instalou-se no coração do homem visionário de Africa que mergulhou agressivamente na acumulação de poder e bens, negando assim o direito da vida aos outros empurrando-os numa pobreza indefinida e ilimitada.

Para acabar com a corrupção na sociedade tem de implementar programas de re-educação cívica e moral para a conscientização do homem. Este programa tem de basear-se no verdadeiro sentido de amor pelo próximo e do perdão e adotar o regresso a educação cristã. Porque é necessário que os corruptíveis aceitem a sua condição e sejam dispostos a reconhecer públicamente a sua condição para que recebam dos povos o perdão.

A restituição de bens acumulados com o uso de força, injustiça e de várias formas de abusos é determinante desde que o ganho da nova consciência é provado. A implementação de um novo programa onde a redução da luxuosa vida é estabelecida para impedir um cículo rotativo. O combate serrado ou controlo da corrupção deve-se iniciar dentro do aparelho do estado antes que prossegue as empresas públicas para que abranje o sector privado. Estes mecanismos só podem ser funcionais uma vez a lei é estabelecida justamente e é respeitada nas instituições governementais e toda a cidadania. A revalorização do ministério da justiça como instrumento governemental de grandeza incomparável é decisivo.

Pro 16:8.
Melhor é o pouco salário ganho com honestidade, do que a abundância de colheita com injustiça.

A melhor forma de comentar este versículo deve-ser relativa, baseando-se na vida, visão e comportamento de cada cidadão/leitor uma vez ele oferece mais perguntas para responder. Coloca-se diante desta realidade e observa o seu posicionamento em relação a esta passagem e pensa... Tenho praticado a corrupção ou não? Sabendo que todo o desrespeito a lei provoca castigo, pergunta-se: quantas vezes fui castigado ou perdoado? Será o angolano capaz de castigar-me ou perdoar? Como posso ou poderei perdoar os outros? E serão eles capazes de perdoar-me?


JDNsimba©2009publ/121

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A BANDEIRA COMUNISTA DE UMA ANGOLA DEMOCRATICA

Todas as vezes que os meus olhos fitam a bandeira vermelha de Angola, o meu coração fica palpitando, acelerando assim o ritmo da minha respirção numa velocidade suprasónica enquanto a minha consciência vai vagabundeando nos espaços infinitos do universo à procura daquilo que não sei, talvez procuro dar a minha língua aos raivosos cães de Luanda. No passado da longa obscurecida história da revolução não sabia o que não sabia porque a densidade da obscuridade pela qual fui ‘’engolido’’ foi tão densa que o próprio obscurantismo ideológico imposto era tão obscuro que a própria obscuridade. Hoje sabe-se pela sociologia africana que ‘’uma bola cheia não pode se manter denifitivamente no fundo das águas’’ dai o angolano como eu, vou vomitando a pele do sapo que me foi forçado a digerir, pois o meu sistema já não é compatível ao tratamento infligido.

Eu não acredito ter um problema contra esta bandeira mas que talvez esta vermelhada bandeira tem tido problema contra mim. Não acredito ser o único nesta psicose causada pela bandeira partidária e nacional pelo qual fui forçado a jurar, porque assim sentem os meus amigos, primos, compadres, compatriotas e mesmos vizinhos. Esta peça colorida tem um efeito tão atraiente que afantasmadamente amedronta a consciência de muitos angolanos invadindo seus espaços de paz.

A onipresente bandeira da segunda República tem sempre transportado-me a uma viagem no vazio, talvez haja uma justificação! Não quero continuar cavar na memoria dos deuses dos antepassados porque a semente da consciência democrática da história do meu povo inspira-me algo que considero de preciosa revelação. Assim a curiosidade levou-me a realizar: ‘’o que é impossível a uns pode não ser impossibilidade a todos’’, dependendo da posição, espaço, motivação, creatividade, abilidades, poder, estatuto etc

A mistura da filosofia moderna, que me foi administrada pela contradição do comunismo à democracia com a tradicional, que me foi vacinada pela cultura bantu e a experiência histórica de Angola colocou-me numa casca de banana que reagiu ao meu peso, escorregando-se numa patinagem de alta velocidade na pista invisível até no término da descoberta, que facilitou-me entender o seguinte:-

Angola já não é teoricamente comunista mas que práticamente não é democrática. Em Angola pretende-se que o país está navegando do comunismo a democratização, só pelo simples facto de convidar uma dúzia de deputados na Assembleia Nacional que se conota por oposição sem ter substância, valor e qualidade da oposição. O nosso país é hoje representado por uma bandeira que no périodo do partido único, do estado totalitário e do comunismo foi simbolo do orgulho marxista. A bandeira da República Popular de Angola transitou para a República de Angola como um carro que só mudou de cor enquanto o dono, o motorista são os mesmos, a placa matrícula é a mesma e a mesma cédula mas espere-se que o agente trânsito aceite ser um carro diferente.

Vejamos as cores e as explicaduras dadas pelos defensores, pacificadores e unificadores da estrategia revolucionária de Angola que tentam vestir-se da pele da democracia:

Vermelho: simbolisa o sangue derramado pelos angolanos na luta contra o colonialista português na consolidação da independência. Esta luta foi estratégicamente um utensilio para dividir angolanos na consciência uma vez que o governação portuguesa ensinou aos seus aliados a nacionalizar o tribalismo, dividindo asssim os angolanos por regiões/provincias, línguas/idiomas e na pertência partidária (conforme os movimentos históricos). O MPLA nunca acredita que a história de um povo vivo nunca conhece um fim desde que este povo continua vivendo mesmo na pobreza. Assim o vermelho, que é a cor do comunismo continua simbolizando o sangue derramado pelos angolanos na sexta-feira sangrente. O sangue do angolano continua derramando dia por dia nas ruas, estradas de Luanda e de Angola onde as armas distribuidas pelos defensores dos direitos humanos do MPLA continuam falar a linguagem de adoração ao Partido do Trabalho. O sangue do angolano, feito desconhecido heroi, continua derramando nas esquínas em nome da revolução só porque reclamem seus direitos na escolha de outros partidos que não seja o MPLA. O sangue do angolano continua derramando nas picadas de Angola e nas aldeias só pelo facto de não votar pelo partido da situação e o sangue do angolano vai continuar ainda a derramar porque ainda há mais sexta-feiras em preparação nos laboratórios dos comunistas angolanos. O sangue do angolano continua derramando tanto quanto este profetiza a verdade, porque foi-nos incumbido que as Irenes e Ngangulas combateram por este Angola.

Negra/preta: que representa o continente africano. Uma das razões que Portugal preferiu dar a independência só ao MPLA foi que os da UNITA tanto da FNLA não sabiam bem dominar a arte de usar o garfo. Esses eram menos civilizados em relação aos membros do movimento de Viriato da Cruz. Porque colocarmo-nós em Africa quando temos uma apatia e somos frustrados, sabendo que o africano é um atrazado? Então porque toda essa hipocresia? Ainda hoje faz-se confundir o angolano sobre conceitos da civilização, africanismo, tradição e cultura. Somos africanos com mentalidade portuguesa mesmo sem uma consciência portuguesa. Somos angolanos corrompidos pelos brasileiralismo e permitimos uma invasão massiva da cultura brasileira sem portanto alimentar o nosso africanismo com novos valores culturais? Porque hoje o canibalismo africano/angolano não é de todos angolanos de Cabinda ao Cunene mas simplesmente de uma determida porção do povo angolano. Isto é o africanismo profetizado pelo partido que procure unificar os angolanos.

Os argentinos são os brancos da America latina como os israelitas os são na Asia e porque o angolano não seria o branco de Africa? Somos teorícamente africanos devido a localização territorial de Angola mas europeus da consciência mesmo que ela (a consciência) seja corrompida e de baixo nível. Somos angolanos da geografia enquanto na história não os somos; porque vivemos numa história emprestada e cheia de utopia.

Amarela(ouro): identificação a riqueza de Angola. A nossa bandeira é a identidade nacional que pregue a riqueza do angolano no mundo. Hoje com o MPLA, todo angolano é orgulhoso de viver com migalhas, assistindo centenas de morte de criancas em Cunene por falta de comida. Hoje com o Partido de trabalho somos tão poderosos que podemos adquirir bancos e monopólios em Portugal e noutras terras. Com o MPLA, o angolano é dono de fazendas e fábricas de armas.., o angolano pode depositar milhões de dólares em vários bancos da Suíça, Portugal e noutras nações para ajudar as economias de outros povos porenquanto as nossas irmãs se dediquem a prostituição como fonte de pão de cada dia. Temos petróleo, diamantes, ouro e tudo que se pode orgulhar-se mas a nossa verdadeira nacionalidade é pobreza. Somos ricos e vivemos de empréstimos da China e FMI. Somos ricos vivemos nas casa luxuosas construidas com o capital estrangeiro pois somos uma nação endividada, até as generações vindouras. Somos ricos/cegos que não sabem diferenciar Katambor da Talatona. Nunca vi um rico que se alimenta nas lixeiras, talvez que seja um rico maluco, mas, também nunca houvi dizer!

Roda dentada, catana, estrala que formam um conjunto que representa o trabalhador. A estrela ajude o angolano a brilhar com sofrimento. Eramos famosos pela guerra mas hoje Angola é um pais de célebre futuro para outros porque sabe-se no estrangeiro que o angolano é tão rico que já não gosta/quere trabalhar ou talvez prefere empregar outros. Somos ricos porque somos tão ignorantes que podemos oferecer trabalhos aos chineses quando na nossa casa somos afomintos. Somos ricos porque empregamos portugueses e brasileiros quando nos preferimos a zunga e a quitanda. Somos ricos com o sitema que impede-nos enviar os filhos nas escolas enquanto os herdeiros dos escolhidos estudam nas Europas e nas Americas. Com O MPLA somos mais ricos que qualquer outros africanos...

A roda dentada não tem nenhuma aplicação em Angola porque foi-se substituida pela catana. Com catana podemos massacrar-se uns aos outros sub um olhar silencioso do MPLA e da assistência da sua bofia. Tudo foi bem planificado a longo prazo. Sabia –se com antecedência que o angolano continuará a derramar o seu sangue tanto o comunismo continua no poder. Que seremos os mais desinformados de Africa, pensando ter uma conciência europeia e uma civilização sofisticada, quando vamos perdendo a nossa posição no continente e nunca teremos nenhuma na Europa. A classe elite tem preparado sua posição na Europa onde tudo está sendo acumulado por um futuro próspere com seus familiares: indices são visíveis. Com a transferência de toda riqueza angolana à Europa, o MPLA tem criado uma nova órbita como futura residência dos seus fieis da nomeclatura bolchevica. O 4 de fevereiro já passou mas ainda pensa-se renovar-la por isso a catana ainda tem valor na bandeira duma nação que alguém ainda pensa em guerra porque sabe-se que a luta continua (económicamente).

Finalmente o estilo de toda caricatura da bandeira angolana está envolvido no comunismo. As cores (vermelha), os intrumentos (roda dentada, catana) representam e revolução Leninista. Porém diz-se que Angola está em via a democracia, como? Até hoje ainda não se mudou em nada, não se fez nenhum passo a democratização. A constituição, a bandeira, o hino, a Assembleia, a justiça e a própria lei, as instituições até os membros dos partidos... são comunistas com estilo comunista e na base ao comunismo.

Tais como China na Asia ou Cuba na América, Angola é a ultima bastião do comunismo em Africa. Esta irrelevante resistência da teimosidade de comunistas se justifica talvez pela aliança assinada com o diabo quando se afirmou públicamente que ‘’Angola é a trincheira firme da revolução em Africa’’. Dali também se justifica a derramação de sangue do angolano nos Congos e noutras guerras em Africa, enquanto o MPLA se regozija com os méritos.

Tenho que ser realmente convencido mas por enquanto as práticas, vontades e a consciência não me provam que as estruturas do M poderão democratizar-se porque os criadores e todos elementos componentes não foram, não são e nunca serão democráticos. No que vejo em Angola: não acredito que o MPLA pode-se democratizar. Não acredito que um comunista africano pode se converter; acredito sim num lobo vestido como ovelha, este texto aprendi nas escolas do MPLA desde Uíge. Observando o sofrimento do angolano não vejo nenhuma presença de senso ou amor no homem que se auto proclama dirigente angolano.

Não vejo como acredita-se sermos democráticos vivendo na sombra duma bandeira comunista. Esta contradição tornou-se verdade porque assim foi normalizada pela Assembleia, pelos intelectuais e pelos políticos, forçando o resto de angolanos de adotar-la.

JDNsimba©2009publ/116

NOVEMBRO: DICAS

Queremos que os nossos investigadores se assumam como soldados da ciência, capazes de superar os constrangimentos circunstânciais e estruturais’’ –MARIA CANDIDA TEIXERA

‘’Angola é um país com muitos recursos naturais, podia ser um país melhor para todos se essa riqueza fosse melhor distribuida’’ –JOSE EDUARDO AGUALUSA

‘’O dirigente angolano, animado por uma inconsciência patriótica é mais empresário que político’’ –NSIMBA J.DIAS

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

CRIANCAS DA RUA

Maldito empurrão !
...de divórcio
...da pobreza
...da violência
...da política
Lançou-me ao orfanato da rua
Rua destrutora que devora
Exposto no leito da droga
...da prostituição
Caçadores das migalhas
...do desemprego
Da morte contemplativa

Somos numerosos
Lixos sofisticados da sociedade
Metropolitanos da miséria
E das revelações diabólicas
Cativos da injustiça social
Tal que fomos decepcionados
Criançolas da rua

Somos o futuro roubado
contempletadores de fornos de prazeres
Flutuando nos ares da droga
Amigos de Kalashnikov
Nas veias de Luanda, Rio, Kinshasa
Destruidos, assim destruiremos
Habitantes da rua

JDNsimba©2009publ/113

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A OFICIALIZACAO CONTRADITORIA DE CONTRAFACTORES ANGOLANOS

A atmosfera do clima político da actualidade angolana está muito poluido, nebuloso e cheio de pertubações indefinidas. O angolano não tem uma consciência apaziguada porque vê-se empressado pelos ventos de todas as partes que o botam nas profundas do atlántico. Há quém aproveita a debilidade do nosso analfabetismo para semear as turvadas da corrupção dando avantagens a uma minoria que infinitamente cobiça a eternização no poder. Mesmo os poucos intelectuais são ignorados porque entre nós predomina a lei da selva. ‘’Se o cafofo é rei no mundo de cegos, porque que o gago não seria soba no kimbo dos mudos? assim pensam politiqueiros!

A primeira confrontação moral posta em debate se situa na violação dos direitos do homem angolano. O angolano é convidado a possuir um Bilhete de Identidade (BI) que tem uma banda óptica onde constam representações gráficas das imagens do Presidente Agostinho Neto e de José Eduardo dos Santos. Evoca-se altamente e oficialmente a razão da segurança nas efigies do documento, uma vez preconisa-se que tem um efeito proteccional desde a substância mágica que se utilizou-nas. Vejamos que a falsificação de qualquer documentação se desenvolve principalmente pelos elementos da mesma instituição que criou, desenhou, elaborou o mesmo documento, antes que cai a disposição da população. Os barrões do regime são os seguintes colaboradores que possuem poderes de aglomerar os modelos da documentação negociando-lo em privado com amigos ou familiares antes que chegue ao mercado. Também não se justifica como as figuradas de Neto e Dos Santos são as únicas que garantem esta segurança. Agostinho Neto, uma vez vivo não aceitaria a proposta, não está muito em causa neste debate porque já não joga o papel de imortal e o seu espaço no livro de ouro da história de Angola foi colmatado, como se crê no seio do Partido do Trabalho. Pensa-se que foi anexado para cubrir as maliciosas intenções de certos dirigentes e proteger assim a debatida presença da imagem de JES. Há fontes em liaison com a presidência que defendem a inoncência do JES no caso, uma vez que votou (ligeiramente) contra esta proposta. Por consequência não se justifica como o PR deixa-se facilmente manipular pelos colaboradores? Até áqui nada prova que as emblemáticas figuras de Neto e JES não podem ser falsificadas, mas também não se prova as qualidades defensivas que essas figurinhas apresentam que outras não poderiam possuir. Portanto existem outras figuras, simbolos que representem melhor Angola na própria consciência do angolano. Roubou-se ao angolano o direito de escolha e de decisão que Deus, o Criador nunca retira do homem. Assim numa consciência banditiva impunha-se aos angolanos pelos contrabandos do Parlamento um BI contrafactor.

Tem-se incessantes perguntas para propor e argumentos para oferecer mas a política polemista nunca se oficialize. A certeza é que o BI é um documento oficial mas de propriedade pessoal. O seu uso pode não ser privado mas o seu conteúdo é uma propriedade privada para a segurança pessoal. As características do BI não podem satisfazer qualquer angolano mas quando a maioria procura rejeitar-lo, mesmo com a teimosia do Faró deve-se pensar duas vezes. Talvez que a prática do culto de personalidade dos líderes vai entrando numa fase superior. A imposição deste documento simbolizaria a consolidação e oficialização da ditadura que tem-se até agora negado em Angola.

O angolano está moralmente quebrado pelos acontecimentos das suas circunstâncias políticas. Enquanto está insatisfeito com a impostura sobre o novo BI, o homem de Angola foi oficialmente convidado à participar no debate sobre a nova proposta constitucional, atravez as igrejas, ONG, associações socio-profissionais, organizações juvenis, femininas, desportivas, académicas e sindicais. Essas ofertas invenenadas torturam a consciência já afomintada do povo. Um debate sobre a constituição que o governo considera de matéria do maior interesse nacional necessita tempo, espaço e liberdade. Como e quando o pastor da igreja poderá ouvir e compilar todas as opiniões dos fieis de Cabinda ao Cunene e apresentar-las na Assembleia Nacional? Que tempo (meios e mecanismos) que se deu as ONG de deslocar-se as aldeias mais recuadas de Angola para colecionar as opiniões de velhotes? A constituição não pode ser a nova moeda eleitoral como as luxuosas construções, embora que mantenha-se segredo a data das realizações. Assim procura-se impor aos angolanos uma Constituição contrafactora.

Tudo que habitualmente se proporciona por direito ao angolano tem sempre uma característica anormal. Ninguém entende o que se faz, o que se procura estabelecer e mesmo o que se pretende realizar. Isto tudo é porque os melhores contrafactores angolanos estão na política e especialmente no governo e na Assembleia. Abreveria-se assim: ‘’os pais mandem os filhos à praça portanto vão semeando atrazmente cacos de garrafas no percurso’’. Quê graças!!! mesmo quando, com uma mão escondida nas costas, se oferece comida ao cãozito, este avança devagarrinho porque há grande desconfiança!!!

Talvez chegou o momento para o governo de Luanda ouvir a voz (reclamações, propostas, críticas, choros...) do povo, pois querendo como não, vamos num futuro muito próximo entrar no périodo apocalíptico do movimento dos camaradas. Portanto há possibiliades para que se evitasse...





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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

LUPA BIBLICA: A PRATICA DA JUSTICA

Homens que praticam a justiça são considerados de justos mas são também chamados de fieis, porque praticam a fidelidade as determinadas noções, concepções, leis, creênças, filosofias, culturas etc.

A justiça é simplesmente o carácter daquilo que é justo; portanto justo é somente quém pratica a justiça ou age conforme a razão e verdade. A justiça faz parte das padrões da civilização e do desenvolvimento.

Prov 14:34
A justiça exalta as nações, mas a injustiça é o opróbrio dos povos.

A justiça pode-se achar como uma palavra com atributos viris quando inclina-se ao lado da justiça ministerial, simples quando se considera na vulgaridade uma vez pode se conotar com ‘’santos’’ mas também com aqueles que socialmente considera-se por ‘’buelos ou parados’’

Para que haja justiça na sociedade é necessário uma concentração que permite ao homem de ganhar o senso humano. Este processo da reflexão antecipa o progresso, uma vez o sujeito é determinado à seguir as colineares da conclusiva observação da sua retrospectiva história. A justiça só pode ser alimentada pela energia da obediência e determinação.

A prática da justiça ajuda a nação ao engrandecimento, isto é aumentar a sua capacidade produtiva, possuir uma elevação em honras, ganhar uma rica reputação além fronteiras e seu povo vive na prosperidade. Porém a injustiça degenera a vergonha ao povo, dirigentes. Ela é o factor ampliador da corrupção, que é simplesmente o abuso à lei (direitos e deveres).

A justiça renova a consciência: a conscientização das massas parte de uma perfeita educação. Sabe-se bem que a educação é o fulcro do sucesso e do progresso. As estruturas, as instalações, o programa escolar, o corpo docente formam e determinam a qualidade do sistema educacional. A justiça deve-se partir da familia por isso é preciso que haja uma educação cívica e moralidade na sociedade mas isto depende do poder (posicionamento) que os pais recebem do governo.

A justiça exige o respeito as leis que gerem a sociedade, partindo da própria Constituição da nação. As estruturas e instituições que criem condições para formular as leis e criem condições para que as mesmas leis sejam aplicadas pela cidadania. O respeito à lei começa sempre do topo do chain of comand e não no sentido oposto como tem-se feito no continente africano. Tanto como sabe-se que ‘’na hierarquia familiar, o pai (experiente) deve ser o modelo e exemplar para os filhos’’.

A justiça não pode funcionar uma vez que o homem (cidadão) não é valorizado pelo dirigente e vizinhos. O estado deve proteger e defender seus cidadãos, oferecendo-lhes todas as condições socio-económicas para o desenvolvimento tanto individual como corporativo. A valorização do homem pelo estado e vizinhos crie um patriotismo agudo (unificação, trabalho). A unificação faz-se desde do amor pela próxima, isto fora do tribalismo e outras revoltas divisionistas, quando o trabalho faz o homem e transforma a natureza numa autêntica sociedade em torno do leadership nacional.

A prática da justica é uma obrigação moral e social para cada cidadão não só angolano mas para qualquer ser humano tendo capacidade raciocinal. A justiça prova a diferença entre um ser humano e um animal, ela demostra também o nível da corrupção que a consciência humana sofre tanto na escala individual como nacional. Uma nação que não pratica a justiça vive na indisciplina e conhece sempre condições caóticas independentemente dos seus recursos (minerais e humanos).

‘’os cabelos brancos são um adorno que coroa aquele que segue os caminhos da justiça’’ não é bem necessário comentar este versículo uma vez é muito clarividente.



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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

MENDES DE CARVALHO, ULTIMA VELA DA HISTORIA REVOLUCIONARIA

Desde a criação do governo de transição até hoje, que José Eduardo dos Santos está sentado na bancada presidencial há mais de 10 980 dias conheçeu-se grandes homens ou líderes políticos com diferentes capacidades e características. Muitos desapareceram com a revolução porque foram actores ou vítimas do fracionismo. Uns foram envenenados silenciosamente e outros sucumbiram porque souberam combater o inimigo humano enquanto não conseguiram defender-se contra doenças ou confrontaçães mistériosas da batucada política. Alguns vão desaparecendo enquanto novos surgimentos são anunciados tanto no partido em poder como nas fileiras da oposição. O angolano vai descubrindo novos nomes, alguns até foram diabolizados mas são hoje herois. Há também certos herois de ontém, que ainda são dispostos, provando debilidades que não conjuguem com sucesso da antiga propaganda. Outros não tiveram resistências e foram empurrados fora da profissão e são caducados, ou não simpatizaram com o líder principal do seu partido ou tentaram duma forma denunciar alguns segredos do cambalacho partidário. Há aqueles que foram ultrapassados pelo tempo, esquecidos pela história mas o favorismo cobre muitos. Nesta barralha de grandes e pequenos líderes angolanos, de homens famosos e influentes depara-se com a figura do Honorário Mendes de carvalho.

Antes de tudo, foi pela curiosidade que descubri este senhor uma vez a história de Angola relata uma passagem de um corajoso jovem conhecido por Hoji Ya Henda. Mendes de Carvalho que é mano-velho do comandante Henda é muito conetado devido esta passagem histórica deste jovem. Talvez hoje Hoji é o único heroi angolano do MPLA (como todos herois angolanos são do MPLA) cujo a história relatada parece verdadeira pois muitas provem hoje ser simples fábulas, lendas até ficções. Infelizmente nesta Angola que se pretende democrática já não se valorize a nossa história e ninguém se preocupa para investigar as verdades dos acontecimentos do passado angolano. Nos fomos bombardeados com Ngangulas, Deolindas, Lénine, Ho Chimin, Bros Tito, Castro e outros mas a criança de hoje ném de Neto houve!!! Mendes não combateu militariamente ao lado de Hoji, nunca pensou relatar doutra forma a passagem terrestre do irmão mas também não está satisfeito como o menor caiu no esquecimento neste tempo que Angola pertence aos alheios.

Mendes é uma figura pública angolana que tive a oportunidade de encontrar umas poucas vezes. A sua popularidade conheceu o apogeu quando pela direcção do partido único da República Popular de Angola foi nomeado Comissário Provincial de Luanda. Bem, como de hábito no sistema, Mendes trabalhou como outros fazendo nada além de assinar papeladas para efeitos inúteis. Embora isto o Comissário somou mais pontos em relação a qualquer outro comunista da política angolana. Quém na altura não ficasse colado à rádio para seguir os famosos comícios de Mendes tivera lamentações inacabáveis. Ouvir de Carvalho no seus discursos em Kazenga, Golfo, Porto ou qualquer outra parte de Luanda era comparativamente doce tanto aos discursos de Sô Perfeito com as turvadas de Zeca diabo e de toda camaradagem do Bem-Amado. Mendes usando a sua linguagem popular e familiar, descrevendo as realidades, as injustiças em prática botava pedras a quém for, desde que cometa infrações. Comentava-se mesmo nos matutino de Ngola Kiluanje, Nzinga Mbandi e outras grandes escolas de Luanda que o Comissário não tinha medo de ninguém e que era intouchable devido o preço pago pelo sangue do irmão (como se fosse pequeno cristo angolano). Assim as peças do xadres foram movidos e o carismático Mendes viu-se injustamente atribuido a alta função na Saúde, como armadilha.

Conheci o Mendes de Carvalho como grande escritor angolano. Quém leu uma vez a narração do mbuko de Gulungo alto pode explicar como Uanienga Xitu tamodou-lhe com sucessivos e incessantes gargalhadas. Havia grandes escritores angolanos melhores que Mendes mas ele tem uma particularidade que outros não tem tido. Nas suas letras Uanienga prova possuir bom conhecimento da cultura bantu e domina perfeitamente a comedia angolana. Ele nunca foi frustrado e nunca sofreu tanto complexo como outros membros do MPLA. Nunca conheceu a intimidação da diáspora política da primeira hora. Por isso Mendes de Carvalho, o nacionalista quando uma vez apresentado ao músico brasileiro, Chico Buarte da Holanda não teve hesitações de dar-lhe um forte candando dizendo: Sou o Mendes de Carvalho de Catete! (ficção!?). O filantrópico Mendes escreveu altas obras que identificam melhor o homem angolano, enterrado pelo complexo político dos assimilados do Movimento dos camaradas. Ele foi entre os primeiros escritores cujo os livros foram traduzidos em inglês. O Patriótico Mendes não é primitivo como pode se pensar ou deduzir devido o seu habitual chapeu.

Na Saúde também o Excelente ministro seguiu a linha padrã traçada pelo partido. Infelizmente conheceu nesta posição grandes complicações e confrontações com diretores e delegados e a sua passagem foi caótica. Ainda me lembro quando numa reunião, o nosso ministro de saúde rejeita a existência da SIDA em Angola e desafia com toda a teimosidade a teoria do macaco africano sendo na origem e propagação da SIDA. Da saúde Mendes arruma a bagagem para ser Embaixador. Escreveu uma obra sobre ministros...Foi um dos poucos comunistas do MPLA que não concordou com a lei da nacionalidade na época da vitória é certa.

O Ilustre Embaixador de Angola na antiga República Democrática Alemã, desempenhou um bom trabalho uma vez que a amizade entre dois países comunistas era sempre bofiática. Mendes conheceu momentos difíceis com estudantes angolanos na Polonia e com alguns trabalhadores angolanos na Checo. Uma vez recambiou-se um estudante da Polonia para Angola, que 5 dias depois reapareceu reclamando o seu subsíduo no gabinete do Embaixador, que subitamente berrou: Naquele Aeroporto (4 de fevereiro) o Savimbi entra e sai livremente.

Mendes de Carvalho que hoje é entre os deputados mais idosos, é a esperança da juventude. Na sua carreira política mereceu sempre o respeito do angolano. Tem uma consciência que o diferencie dos outros políticos. Pela idade e experiência sabe-se na verdade que Mendes detenha ainda muitos segredos de Angola; tanto históricos, culturais e políticos. Num ditado africano diz-se: quando morre um velho é um dicionário que se queima. Foi ao Mendes que Neto revelou a sua herança de 200kzs na última hora da vida. Ele tem a chave do mistério (o porquê e como) do envio de Agostinho Neto à URSS para um tratamento final. Mendes sabe melhor sobre o titulado do tão disputado 4 de fevereiro (inicio da luta armada). Só o Mendes pode esclarecer a diferença climática e periódica entre a fundação do MPLA e FNLA. Mendes nunca se confude da verdade e sabe como na sua idade e posição a mentira profetizada pode roubar-lhe honras. Espera-se ao Mendes, já que é o único ou talvez o último político, que melhor e correctamente pode contar a pura história de Angola sem que seja desfigurada como a memória do R. Holden. Ele o único deputado que melhor observa o funcionamento do parlamento angolano. Ele conhece melhor as rugas, camuflagens, piruetas e armadilhas da nossa política embora nunca fez parte do Bureau Político. Talvez seja também o único deputado respeitado pelos políticos de outros partidos e tendências. Mendes tem a coragem de desafiar qualquer dirigente sem receio quando necessário fôr. Ele é um leão que não recua perante obstáculos, qualidade raríssima da distinção de Hoji. Mendes também é único que pode razóavelmente explicar a sua derrivação familiar do Uige, no tempo e espaço!.

A verdade é que o tempo já não está à favor do Kota Mendes, prepare então uma herança ao povo angolano. Mendes é a última carroagem do último comboio da história angolana. Que a sua luz não se apague antes que divulgue os puros segredos da nossa história revolucionária.



JDNsimba©2009publ/108

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A POBREZA NA RIQUEZA ANGOLANA

É que Angola é um país que tem aproximativamente 15 milhões de cidadãos distribuidos em dezoito provincias, com uma densidade populacional de 14 habitantes por km². Na geopolítica, Angola ocupa hoje um espaço destacado nos assuntos africanos especialmente na região centro-austral, onde tem participado no estabelecimento da paz subcontinental e noutros programas regionais. Angola que produz quase 1. 656 milhões de barris de petróleo por dia é a primeira produtora continental, efetivo membro da OPEP.

Neste período da crise económica, Angola ainda tem uma economia nacional resistente que continue emergente devido a massiva produção petrolífera e diamantífera que predominam a economia nacional. O país tem uma reserva económica de 18.9 mil milhões de dólares com um crescimento de 15.6 por centos e um propduto interno bruto (PIB) de 6.413,3 trilhões de kwanzas. Pode-se prolongar a lista numérica de dados económicos de Angola. Estes dados tem uma aplicação prática que deveria beneficiar em alguma forma cada cidadão angolano. Estes factos estatísticos são reais probabilidades uma vez que as operações científicas provam a coesão da metodeologia em uso. Portanto os factores históricos, a experiência que se vive neste solo demostra uma realidade muito deceptiva.

Não vai-se falar baixinha porque não é segredo que Angola é um riquíssimo país (só do pouco que se explore). As estatísticas de várias instituições internacionais comprovam o que é a realidade da potência económica: produção, rendimento, novas descubertas e o poderio financeiro de alguns membros da sociedade político-empresariada. A situação do angolano em geral é mesmo preocupante, e esta preocupação é geral. Vejamos que ela existe entre os políticos da oposição e de organizações caritativas. Há mesmo preocupação entre os menbros do MPLA sobretudo os que fizeram a história do movimento e que contribuiram para que este movimento chegasse a altura e consideração que goza. Há preocupação entre os membros da nova ideologia democratícamente progressiva. Os médicos, professores e outros intelectuais que deveriam constituir a classe media estão preocupados. Esta preocupação vai ganhando terreno entre os estudantes, trabalhadores, desempregados até as quitandeiras. Esta preocupação tem prenetrado as ruas de Luanda, os mercados são poluídos pela preocupação, que está afetando mesmo a linguagem do povo. A preocupação está inventando novos vocabulários populares etc...Talvez só diretores e militares (oficiais) que negam com hipocrisia preocupar-se mesmo observando suas familias padecer com sofrimentos. Portanto há também alguns elementos da oposição que estão mais preocupados pela demorra das oportunidades para desviar os frutos da nação. Angola tem umas classes sociais com caracteristica jactanciosa; constituidas pelos riquíssimos e pobretões, sem uma classe média.

Preocupa-se porque o país é rico mas vive-se miserávelmente enquanto alguém vai aglomerando e acumulando riquezas. O angolano é hoje conhecido no mundo como rico portanto as crianças continuam a morrer por falta de comida. Má nutrição é uma doença presente entre as 18 provincias da nação com graves casos em Cunene. Não se explica como este povo sofre quando o país está angariando infinitas riquezas. Para Angola diria-se que está economicamente no período da vaca gorda mas tem uma população assolada pelo sofrimento, por isto diz-se que a pobreza também tem a nacionalidade angolana. Constroe-se casas (moeda electoral) mais belas em Angola e as mais caras são vendidas em Luanda. Produz-se petróleo de alta qualidade e que se vende à alto preço. A preocupação geral e que se hoje (deduz-se que) Angola é rica e tem uma população miserável, que vive numa pobreza em baixo de 1 USD por habitante. A mesma pátria tem elementos multi-milionários, conhecidos entre barrões do mundo. Se hoje vive-se uma autêntica pobreza, quando diz-se que somos ricos, como será quando não teremos um rendimento saudável? Quando seremos afetados pela crise económica, o que seria do angolano?

Ainda não se conseguiu até hoje recolocar o nível da vida nas comunas, nas aldeias ao nível que o colonialista deixara. Há paz no território nacional mas vive-se nas comunas de tal forma que no período da guerra em termo de consumação alimentícia, vestimentária e médica.

Hoje por falta da transparência económica a corrupção vai crescendo. A pillagem já não é sistemática pois o grupo afecto ao circuito da influência já se desfez. O PR mesmo isolado, desconfiando tudo e todos procura amelhorar os serviços, colaborando com o circuito familiar (esposas, filhos e sogros). O dossier Miala fez com que já não haja homens da confiança do PR, mesmo na familia do Partido do Trabalho. Agora cada um exerce a sua influência de forma isolada e coloque a sua coragem ao serviço para continuar a ‘’cartar’’ no poço financeiro da nação sem que haja empedimentos.


JDNsimba©2009publ/107

OUTUBRO:DICAS

‘’Olhe, o que eu acho é que quando havia partido único as pessoas falavam muito mais do que hoje. De tal maneira eles tinham liberdade que até montaram um golpe de estado - e nas calmas’’ – MARIA EUGENIA NETO

‘’A qualidade dos processos políticos de cada país é direitamente proporcional a qualidade e profundidade da participação dos cidadãos’’ –ABEL CHIVUKUVUKU

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

NOVA ESCALA CONSPIRATIVA CONTRA BAKONGO

A operação limpeza é a nova forma de purificação étnical ou um instrument de defesa territorial contra a imigração illegal? Uma operação que partiria dum processo da definição sobre a ilegalidade imigratória já que o dossier não oferece básicos esclarecidos segundo critérios do regime. Uma operação tripartrial entre Angola, RDCongo e Congo Brazaville que repousou simplesmente numa folha branca rubricada com preto uma vez não se estudou profundamente para resolver falhanços, elaborando assim uma estrategia A e B. Sabendo que Congo Brazaville não tem um corpo policial capaz de dominar uma operação deste tamanho, que a RDCongo não tem capacidade financeira para aguentar um dossier deste e que Angola não tem um balanço moral na resolução destes casos uma vez a corrupção coroa ainda a mentalidade estatal.

Não se pensou na logística, meios de trabalho, recursos financeiros e não se fez uma sensibilização política dos serviços empregues (policia, militar e segurança), uma vez existem diferenças culturais nestes corpos de acordos as ideologias e reabilitação moral das instituições deste três países. O caótico plano foi desenhado e condenado as falhas uma vez as intenções foram obscuras por isso escalou-se fora do parámetro do controlo. Mais uma vez foi uma macabre penalizando populares inoncentes, sobretudo bakongo de Angola radicados há longos em Kinshasa e Baixo-Congo, no Palanca, Mabor, Kazenga e noutras partes. Mais um fiasco do MPLA sub um olhar silêncioso dos morribundos bakongo.

O cabrito rompe a corda e afasta-se

Joseph Kabila aproveitou do fracasso desta maldita operação para consolidar e reafirmar a sua posição estratégica entre os grandes na política regional. Ao expulsar os congoleses da vizinha República do Congo Brazaville do território da RDC, Joseph Kabangue, o mussulmano transmite uma mensagem clara ao seu homólogo, o grande Kissimbi da secçao africana da farmaçoneria Dennis Sassou Nguessu que o peso já não está em contra-balanço. Alerta a este último para notificar a sua presença, habitualmente ignorada pelos dinosaures mais experientes do mundo da ditadura africana.

A reacção do puto Kabila foi também uma mensagem política ao seu ‘’Kota’’ José Eduardo dos Santos dizendo que ‘’já não sou o miúdo’’. Kabila que muitas vezes foi teleguiado pelo Kremlin angolano (Ciadade Alta) procure provar que também possue asas, capacitadas de voar. O fearless rapaz, mesmo rodeado pelas tropas angolanas, prova que um sábio gato pode hipnotizar a cobra. Kabila declara ao Dos Santos que ‘’acabou o tempo de manter-me preso numa residência under your control’’. A operação limpeza deu uma brecha para o retiro do cavalo branco e distanciar-se da dominacao Eduardista. Aqui a dominação de JES está posto em causa, sabendo a duplicidade de Kabila-Kagama, uma vez este último é o único mêstre da região central reafirmando a sua posição. Quer dizer que o Kagame quer sair da sua toca e ser reconhecido internacionalmente.

A reafirmação da limpeza étnical em Angola

Em contrapartida, no solo angolano a operação limpeza prova ainda a continuação da política de confusão do governo indeciso de Luanda. Entende-se que foi uma operação que se ramifica no xadres militar/policial e segurança mas a sua natureza e a magnitude atirem a atenção de toda a pátria. Um projecto que deveria ser primeiro esclarecido aos deputados da AN, isto eviteria os contraversos e a criação de um clima nebuloso entre Angola e RDCongo.

A experiência de muitos falhados projectos angolanos no repatriamento de estrangeiros ilegais exige sempre cautela na aplicação de qualquer outros projectos deste tamanho. Como Angola é constituido só por duas classes sociais divididas entre os riquíssimos e pobretões assim os estrangeiros que ilegalmente perforem as fronteiras angolanas se dividem. Os ricos entram obtendo facilidade de membros do governo que os garantem uma estadia com falsos vistos obtendo estatutos de cooperantes enquanto os pobres procurem logo encantonar-se numa mistura à população casando-se com angolanas, ou caçando nas zonas diamantíferas. Assim em Angola encontre-se ilegalmente um incredível número de brasileiros, portugueses, chineses, malianos, nigerianos, sãotomeses, caboverdianos, libaneses, senegaleses, congoleses até israelitas. Infelizmente também há aqueles que em Angola vivem normalmente há décadas como sãotomeses, cabovedianos e portugueses. Existem também muitos que áqui estão há longos prestando um serviço ao MPLA como o caso de Katangueses que combateram ao lado das FAPLAS contra a resistência à FNLA e posteriormente à UNITA e contra a poderosa força Sul africana (a história deve-se re-escrever). Felizmente também temos imigrantes ilegais que do governo totalitário receberam a nacionalidade angolana por decreto presidencial tal como Pierre Falcon e outros companheiros da revolução...

A operação limpeza foi um barrómetro para testar a tensão tribalista do povo angolano, sobretudo dos kimbundos aumentando sua íra contra irmãos bakongo. Pensa-se remodelar as estrategias da sexta-feira sangrenta onde tombaram mais de 40 mil angolanos de descendência Ntotila. Como pode-se explicar o silêncio prolongado do governo angolano que tinha criado o ‘’monstro’’ no seio da população. A diabolização de bakongo por canibais partiu duma estrategia politica à uma autêntica identificação de todo um número de angolanos que do norte de Angola nasceram. Vejamos que os antecedentes massacres nunca foram justificados e o relatório do enquerito de caçada de 1992 reforçou o audágio ‘’padre morreu, missa acabou’’. Acredita-se hoje talvez haja coneção entre a morte de Mwanza Venâncio de Moura com este dossier! Talvez não se pode reclamar a morte do Professor Nlandu Mfulupinga por ser activo político mas os inoncentes que tombaram no Mabor, Palanca e noutras partes de Luanda? Qual é hoje a explicação que vai se dar ao angolano do norte, uma vez a operação limpeza se degenere por uma caçada de bakongo em Luanda? Aqui não se acusa ninguém mas a certeza que houve casos isolados em Luanda de ataques aos bakongo, enquanto a inoficial mobilização e propaganda provocou mais pánicos e danos morais. Qual é a nova medida tomada para a prevenção contra qualquer eventual ataque contra bakongo em Luanda? Quantas vezes houve massacres de outras etnias em Cabinda, Zaíre ou Uige? Qual foi a explicação que se deu ao Dino Matros, Paulo Mpombolo, Abilio Sianga, Mankenda Ambroisio, A. Canga e outros? E ao ministro sem pasta B. Bento? Para não incluir Lucas Ngonda, C. Zassala, Ernesto Mulato e outros dignos defensores da lei (des)angolana. Talvez a pergunta seria quais foram as explicações pedidas por estes?

Parece-me que é necessário aos bakongo estudar as razoes profundas e secretas da criação da FLEC de Nzita Tiago, talvez haja uma digna justificação que o resto de bakongo de Angola nunca entendem! O governo deve encorajar-se em apresentar esclarecimentos à população angolana sobre este canibalismo montado as peças nos laboratórios comunistas da KGB seção angolana. Este entrave deve constituir o ponto do ‘’empasse’’ no desenvolvimento da consciência e mentalidade angolana, se na verdade existe! Qual é hoje a avantangem que anointe o partido dos camaradas desde deste macabrosa manipulação?

Não acredito, e nenhum pai ou mãe vai acreditar que ‘’ignorar um problema é a melhor maneira de resolver-se o tal problema’’ Não é no MPLA que foi-nos ensinado que os homens morrem mas a revolução não desaparece? Neto ficou na primeira esquina mas Eduardo vive eternamente calado. O corrompido Venâncio de Moura morreu (não vai-se respeitar os mortos quando não se respeita os vivos) mas ainda existem mais bakongo no MPLA que tem a coragem de explicar sem vergonha os efeitos do '’peso da poderosa mão do MPLA’’ sobre bakongo.

Escrevo estes trechos com pena, tristeza e lagrimando porque não vejo a lógica, ética nem deontologia no Parlamento angolano, na oposição e muitos menos no Bureau politico do Partido do Trabalho em poder. Sabeis que tenho filhos e netos bakongo! A revolução desaparece (a bolchevica passou) mas a esperança de um povo nunca morre.

Jamais ninguém rasgará a bandeira erguida de Ntotila!


JDNsimba©2009publ/105

terça-feira, 13 de outubro de 2009

OS EFEITOS DA MENTIRA

Por de mais que vou crescendo, mais viciado a sociologia filosófica e experimental da robustez cultura pelo qual fui vacinado no meio dos anciãos nos kimbos das terras santas do norte de Angola. Fui muitas vezes alvo de críticas como resultado duma propaganda tribalista partindo duma estrategia maquiávelica imposta pela cobiça do homem drogado com o perfume de poder. Assim são os meus primos, tios, amigos, filhos, netos etc, mas tudo isto não retire em mim as qualidades humanistas de um angolano que deseja o progresso de um povo unido. Sou orgulhoso de ser aquilo que sou porque, isto não depende duma simples declaração política mas sim um mérito divinamente assinado.

A mentira no círculo da minha infância era um sujeito notário, porque tinha-se na minha buala (Beu) um velho que customara-se de mentir. Cada vez que mentia, oferecia sempre um nome como testemunho das suas declarações. Na verificação de factos, concluia-se sempre que o suposto testemunho era sempre um outro velho defunto. Porque? Porque o velho mentiroso tinha sabedoria!

A mentira é simplesmente a arte de prociferar o que não é verdade num espaço de tempo. Toda a afirmação daquilo que é contrário à verdade. Ela é um factor intermédio que permite diferênciar a realidade a verdade. Ela não é só uma concepção filosófica ou linguística que vive no coração do homem e navigue a sua boca mais como pode se tornar por um processo que gradualmente cresce, a mentira torna-se por uma monstruosa personalidade que cheira nauseabundo.

A mentira não vive isoladamente na sua residência da conformidade porque encontre sempre no roubo um acompanhante inseparável, que vai tornar o sujeito por um assassino. Ela acelera o envelhecimento do recipiente (homem) que adore-la. A mentira provoca uma psicose no homem, desfigurando a sua fiseonomia facial. Assim muitos mentirosos são logo reconhecido pela vista.

Muitos professionais em mentiras tornam-se por políticos nos países em via de desenvolvimento, onde esquece-se ainda que a política não é cultura de aldrabar, mas uma ciência devidamente estruturada e desenvolvida com téorias e concepções comprovadas. Na sociologia africana, a mentira tem curtas pernas e é alérgica à qualquer outro meio de transporte (locomoção), que mal sabe se esconder e que respira de forma pânica.

No mundo político, a mentira não é camuflagem e nunca foi um mal necessário como se profetize pelos homens que só aspirem causar danos. A mentira é um fenómeno nocivo que provoca a perda de respeito e consideração do profeta, muitas vezes a condenação (fora da inclinação religiosa). As declarações públicas do então ministro da (des)informação do governo iraquiano de Sadam nos últimos minutos da invasão americana, antes da capitulação, refutando a realidade dos acontecimentos foi a mais grosseira conspiração estupidamente orquestrada pela sujedade do fracassado político do mundo em via de desenvolvimento. Em 1975, a FNLA introduziu-nós (no norte de Angola) numa nova entrada na nova sociedade soberana angolana passando pela grande porta de mentiras, que o Holden Roberto tinha recebido nas mãos do governo português o livro de ouro da independência de Angola, desde Carmona. Foi também na mesma altura que a mentira da década e do século arquitectada pelo MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) conotou os angolanos de norte de Angola por zairenses, demostrando públicamente mediante a mídia nacional como internacional as partes de orgãos humanos armazenados nos congeladores e frigoríficos em vários quarteis abandonados pelas tropas da ELNA demostrando o canibalismo dos bakongo. Esta monstruosa intrigue continua ser o monstro de 7 cabeças que separa angolanos até hoje dificultando todo processo da unificação nacional, já que os comunistas do Partido de Trabalho rejeitam com teimosia qualquer ação reparativa. A marginalização de um povo pelo sistema aplicando uma dura política da exclusão social. Isto não é dividir para melhor reinar?

‘’Ignorar o problema não é a melhor maneira de resolver o problema’’ assim penso, e tanto não haver reparação, não haverá unificação patriótica, tanto quando o nosso MPLA estiver no poder!

Havemos de voltar


JDNsimba©2009publ/104

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

AFRICA: A AJUDA ONUSIANA

A lógica da realidade prova-nós que em qualquer sociedade ou comunidade humana, querer como não haverá sempre, temporadas ou dias de conflitos, desentendimentos , desacordos etc. As capacidades na compreensão, formas de observar e analisar, o poder na transmissão, as ambições e as características humanas são muitas vezes as causas de muitos conflitos. A resolução de qualquer conflito depende da vontade, desejos e objectivos dos actores envolvidos no conflito. A agudização de conflitos faz com que estes se tornassem por crises. As crises económicas, políticas, territórias, históricas e outras crescem para originar uma crise armada; quer dizer tornar-se por confrontações direitas onde armas são utilizadas devastando economias, decimando nações e aruinando esperanças.

Africa foi incessantemente terreno fértil de diferentes confrontações militares entre movimentos, partidos, etnias, nações etc. Para além das crises para as independências a guerra entre movimentos de Angola que iniciou em 1975 foi a mais longa e mais devastadora. A guerra Chadiana adicionou o índice da pobreza no continente. As guerras tribais de biafra em Nigeria e da Ruanda causaram mais cicatrizes no seio das populações. Os massacres no leste da RDCongo (guerra de coltão) ainda continua a dezimar populações e enriquecer o mundo ocidental, tal como foi a guerra de Sierra Leoa (guerra de diamantes). Houve no continente muitas confrontações militares provocadas pelo ego-político de certos homens como no Congo-Brazaville, na República Centrafricana, Costa de Marfim, Moçambique, Liberia. Houve também guerras das creênças (religiosas) como no Sudão, Somalia e de disputa de terras entre Etiopia e Eritrea.

Os conflitos armados tem também suas consequências. No continente africano as guerras tem como denominador comun o regresso económico do continente porque destroe-se as infrastruturas do desenvolvimento começando pela mão de obra (recurso humano/população) a pillagem sistemática de recursos ao benefício do estrangeiro (monopolista, oligarca, barrão, explorador, investidor e neocolono). Como os conflitos africanos não se resolve entre africanos, então os potências ocidentais procurem sempre instituições governementais como caritativas (seculares como religiosas) para funcionar/ajudar no terreno. A organização máxima do mundo, o chamado ONU pretende sempre possuir chaves estratégicas na resolução do conflitos.

Pela experiência sabe-se sem sombra de dúvida que a presença física das instituições onusianas em conflitos africanos tem mais contribuido na prolongação do mesmo. Qualquer conflito afrolado pela presença onusiana toma um carácter muito mais complexo pela violênça, expande-se afectando mais terrenos e populações porque:
1. As organizações e instituições aproximam-se aos bélicos com novas e ricas propostas de venda de equipamentos mais sofisticados tanto em armamentos, munições, fardamentos, logísticas etc. Isto faz com que as forças em conflito sejam mais estimuladas e drogadas à vitória. Como esta manobra manipulativa é sempre bipolar, intensifica-se as ações e prolonga-se a duração do conflito, tornando inalcansável a solução. Isto aconteceu em Angola, na RDCongo, Liberia etc.
2. O pessoal das organizações aproveita a debilidade dos governos locais e ultrapassa as zonas de conflitos até penetrar as zonas não afetadas à procura e localização de matérias primas dos pobres africanos. A boa ajuda internacional torna-se por uma caçada de ouro, diamante, petróleo como acontece no Irak, Afganistão, RDCongo, tal como, um dirigente angolano do MPLA em missão de serviço em Cuba deparou-se com o seu carro desaparecido em Luanda a curtir as ruas empoeradas de Havana.
3. As mesmas forças onusianas participem em ações barbáricas e especulativas como venda de gasolina, medicamentos, carros e ambulâncias roubadas. Alguns iniciem novos comercios como muitos nigerianos, pakistaneses que agora negociem cimentos entre Congo, Lagos e Pakistão. Houve violações de crianças, mulheres até velhas na Costa de Marfim, Sudão, Haiti, RDCongo etc

Muitas vezes as faturas desta ajuda é transferrida como dívida da nação, para além doutras extras-cargas para sustentar essas forças (alimentação até salários; que tipo de ajuda?). Finalmente desaparecem um bom dia sem que haja uma solução do conflito, abandonado nações totalmente deserguidas e que os políticos locais deverão encontrar outras vias de pacificação depois de matar toda a esperança do povo.

Até quando Africa continuará a suportar este tipo de negócio de saco routo? A organização africana tem um poder político capaz de acabar qualquer conflito uma vez que haja unidade entre dirigentes, presidentes e povos.


JDNsimba©2009publ/103

POESIA: NAO VI NADA

Vi a beleza
Perdi na riqueza
Já não sei diferenciar
Não sinto a pólvora
Cego, segregado

Não vi o encantamento
Sumiu a terra prometida
Na íra da ironia
Sucumbiu a amizade


JDNsimba©2009publ/102

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

LUPA BIBLICA: A TRANSPARENCIA NA SOCIEDADE

A transparência pode se definir relativamente por várias formas segundo a esfera que se pretende debruçar-se; mas a transparência em si é a qualidade do que é transparente: qualquer corpo que facilmente se deixa atraversar pela luz, ou raios luminosos. Pela prática da vida social, a transparência é uma forma, modo ou estilo social com características visíveis. A transparência é a vacina social contra as polémicas especulações. Quanto na gestão económica, ela é o processo pelo qual as decisões são formuladas, informadas e as conclusões publicadas.

A transparência é um atributo corporativo da sociedade, uma vez que ela germina e se manifesta no seio duma comunidade, organização ou simplesmente sociedade. Ela permite definir o estilo de leadership numa sociedade por isso tem a sua origem no amor mutual entre seres, pois o verdadeiro amor entre homens aniquila as injustiças e obedece as leis.

Prov 10:10-11
Quém esconde a verdade aos outros os faz sofrer, quém os leva com isenção traz-lhes a paz. A boca do justo é manancial de vida, mas a violência cobre a boca dos ímpios.

O sucesso de qualquer sociedade depende do relacionamento dos componentes que formam a mesma sociedade; enquanto qualquer relação humana é alimentada pela forma escolhida na troca de informação, mas que o agrupamento parte do verdadeiro amor mutual que rege a tal comunidade. Este triângulo social torna-se positivamente operacional atravez a aplicação da lei.

O respeito (obedecer e aplicar) da lei pela população depende muito da forma como se aplique esta lei pela dirigência (leadership). A transparência é então o efeito da aplicação positiva da lei juridicamente constitucional. Numa sociedade socialmente e tribalmente dividida como a nossa (angolana), que pretende desenvolver-se democráticamente a implementação de mecanismos que garantem a transparência deve obedecer a totalidade das leis estabelecidas pelas instituições e seus instrumentos abrangindo os princípios do sucesso de seguintes ramos da gestão social (descritos no Prov 10:10-11): informação, responsabilidade, luta a corrupção, amor (patriotismo) e do sistema social (democracia). Vejamos:

Informação: a escolha de meios de comunicação e o estilo da transferência da mesma informação. A informação é um produto que necessita uma purificação (eliminação das mentiras, bajulação, difamação e toda demagogia etc) e as formas como ela é apresentada são decisivas para a mobilização e unificação da população à leadership. Isto é também entre as classes sociais da nação (pobríssimo e riquíssimo angolanos, além da nobleza que vai emergendo). A empresa pública deve ser dotoda de bons canais de comunicação tendo seus públicos com que partilha a visão, a linguagem etc. Isto só funciona com o respeito da lei por todos. Esta lei tem que ser discutida abertamente dando audição aos sem vozes que pagam impostos e elegem dirigentes.

Responsabilidade: isto é o trabalho realizado para dotar a população duma consciência nacional. Que a população seja preparada no sentido de contribuir para o progresso da pátria, mas a valorização desta pela governação é profícua. Isto só funciona com o respeito da lei por todos.

Luta a corrupção: A corrupção é sinónimo de todo o mal que roe a sociedade. Ela é um valor anti-patriótico e anti-democrático que permite identificar o tipo de líderes e das instituições. Ela é sempre combatida de cima para baixo (hierarquia e chain of command), só atravez a lei. Esta luta só funciona com o respeito da lei em todas as instituições.

Patriotismo: é o amor espiritual que nasce no coração de cada cidadão perante a sua nação. O amor de cada indivíduo para com outros, estruturas, lei e espaço territorial. A formação de patriotas se faz mediante um programa ricamente formulado, onde existe uma cumplicidade entre a teoria e a prática. Entende-se porque tendo antecedências comunistas(resultado do comunismo imposto), onde o patriotismo é cimentado à volta do fanatismo adicionado o obscurantismo africano(resultado da política exclusiva do colonialismo), mas, este processo será uma verdadeira revolução politico-cultural. Até hoje o angolano ainda não é patriotista. Esta revolução só funciona com o respeito da lei por todos.

Sistema social: é o sistema político escolhido pela nação, neste caso a democracia. A democracia é o desenvolvimento do homem, das instituições e do sistema em geral seguindo princípios democráticos que garantem ao ciadadão certos direitos (primários) e liberdades como: direito ao emprego com salário compatível, ao alojamento, escola ou formação, saúde, alimentação e a liberdade de exprimir-se sem intimidação e a expansão profissional etc. A transparência é a condição fundamental e obrigatória na democracia. Isto só funciona com o respeito da lei por todos.

Assim Deus revelou a sua personalidade num sistema chamado Cristianismo, dando o programa do seu reino atravez a Biblia (sua Constituicao), proporcionando um exemplo no Calvário onde foi derramado o sangue de Cristo...

Prov 14:28
Na multidão do povo está a magnificiência do rei, mas, na falta de povo, a pertubação encabeça o fim do seu poder. (Por este versículo, No comment).


JDNsimba©2009publ/101

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

UMAS ENTRE AS ANGOLANAS

Luanda: Num rápido e curioso movimento, as lâmpadas da minha consciência ficaram hipnotizadas pelas forças que emanam da imagem que elas fitam. Uma imagem chocante e deceptiva que força as lágrimas de qualquer observador a desaguar nas derradeiras da pele suave. Parece-me que as pessoas já não tem almas porque aproveitam desta ocorrência para criticar emvez de solidar-se com o sujeito exposto as graças do sofrimento que assistem. Vejo mas não acredito o que vejo. Oiço mas não concordo com a minha própria audição. Isto não é Angola que eu nascera, crescera e conhecera. Tudo se passa numa tarde, embora com novas medidas rodoviárias estamos ensardinhados num mini-bus que leva-nos à um destino incerto. Entendo que cada tem uma direção à seguir, mas, de facto que não tenho a certeza de chegarmos aos destinos devido as condições das estradas, do próprio carro e da atmosfera de cada indivíduo, prefiro considerar a nossa viagem sem destino. Vejo no canto do mini-bus uma mulher bem sentadinha a mamentar uma criança. Eu estou muito limitado para poder bem descrever este cenário uma vez que tenho insuficientes vocabulários e as palavras em si são insensitivas, talvez só utilizando a língua russa ou eslovaca que tem mais de 30 letras alfabéticas que serei apto para descrever o fruto da minha observação.

Esta cena é muito pobre, amarga e chocante mas os efeitos que produzem são insuportáveis, inconcebíveis. Numa fracção de segundo nesta observância, a minha memória reflectiu imagens indescriptíveis. Em Angola há mulheres que se classificam como sendo de business class. Aquelas que vão passar férias nos Estados Unidos e nas praias brasileiras. Que vão fazendo compras em Portugal, França ou Italia e que dirigem as organizações, associações de massas, empresas até simples mães de familias com infinitas influências. Por consequências existem também aquelas que não tem férias porque os maridos são desempregados (condição obrigatória a baixa classe) e elas são hoje a fonte de ganho-pão da familia. Elas vão trabalhando 24 horas por dia e 7 dias por semanas. Elas são domésticas e zungueiras, quitandeiras e tudo que a poeira de Angola colore. Não possuem calendários por isso não conhecem férias pois vão duma rua à outra e duma praça à outra e que as pernas nunca pisaram o elevador rolante, o chão interior do Nosso Super...

Ô mulher angolana! Não quero relatar da Mãe-Africa ou da Mãe-Angola como fomos habituados porque Agostinho Neto ensinou-nos a poesia. Falo daquela mulher que foi ontém a nossa irmã e que tomorrow será a nossa esposa e um dia a nossa filha. A mulher que é o grande amor do homem pois este nasce da mãe, cresce com as irmãs e finalmente casa-se com a esposa para um dia produzir umas filhas. Esta mulher que adoramos nas nossas poesias, que honremos nas nossas músicas. Aquela mulher que faz de nós verdadeiros homens. Não gostaria de falar das heroínas que por uma causa (in)justa envergaram o fardamento e foram satisfazer o apetite dequeles comandantes de unidades ou quarteis ou líderes politicos nos máquis. Não daquelas que enquadraram-se as fileiras da bofia só para fazer banga nos bairros ou para desafiar homens com os quais opuseram-se. Falo da mulher angolana que toma conta das crianças e da casa familiar, que soprando as lenhas só para conficionar refeição para seus filhos ficaram com olhos encardidos. Aquelas mulheres que por destino político da nação tem filhos cujos os pais são desconhecidos, porque foram forçadas as matas para serem segundas, terceiras esposas de uns militares que nunca amaram. Daquelas que injustificadamente são morteladas ou foram violadas por causa da revolução, como se fosse um ritual no comunismo africano.

Entendo que existem em Angola mulheres consideradas enquanto as outras são desconsideradas porque nunca tiveram pais capazes de enviar-lhes a escola. Porque a nossa actual sociedade não se preocupa delas e são condenadas pela nova lei da exclusão social de Angola e ficaram sem espreança nem possuem outras opções. Existem na nossa sociedade umas mulheres promovidas. Aquelas que tem títulos, ocupam lugares de destaque e que tem conotações devido à pertência a um determinado clã, talvez por via matrimonial. Portanto existem aquelas desprezadas porque foram desprezadas pela lei descriminativa da nossa sociedade. Elas foram promovidas no sentido oposto e pertencem hoje a lixeira social de Angola. São constantemente caçadas pela policia que proibem-lhes vender ou mesmo que desarmem-lhes a sobrevivência dos filhos. Elas não tem padrinhos nas cuzinhotas porque nunca pertenceram ao partido em poder ou talvez por serem duma região fora da óptica governemental. Há também as verdadeiras donzelas, mêstres da situação: aquelas mesmo sem título ou formação mas tem beleza, são atraentes tem capaciade pelas suas persuassivas belezas de carbonizar qualquer dirigente, político, famoso, estrela, homens com poderes. Elas não carregam nada nos míolos mas são tremendosamente empacotadas, tem algo doce a oferecer e são idolatrizadas pelos ministros e diretores. Porém umas são falsas porque não tem ninguém para as jicular, são odiadas porque não metem calças apertadas, não tem sutaque aportuguesado, não são sofisticadas, não conseguem hipotecar o sistema.

Eu observei longamente esta mulher no mini-maximbombo. Sentada com a criança no colo, concentrada a alimentar com leite natural (chuxas fora da blusa). Ela sente-se marginalizada porque cheira o perfume de milho que vai vendendo. Vendo-lhe embrulhada por si no canto, entende-se que sente-se isolada e rejeitada pela sociedade. Ela luta por si para não tocar ninguém pois será logo abusada com insultos. Ela perdeu a sua liberdade devido a sua actividade comercial. Ela deve batalhar para a sobrevivência da familia como as outras fazem nos gabinetes ou viajando de avião. Não são diferentes pois são angolanas e tem profissão; só que elas não tem salário mensal como outras. Não tem ficheiros, nem patrão e chamamos-lhes de zungueiras, peixeiras, prostituitas etc. Esta mulher no cantinho é esposa de um angolano como eu, ou qualquer dirigente. Ela é irmã de alguém e possivélmente é ainda filha de um cicrano angolano. O seu peito (chuxa) exposto é muito invitaminoso e tem uma aparência desértica provando que não tem o leite materno mas está alimentando. Curiosamente as moscas preferem pousar-se nela como se fosse pista de aeronaves. Outros passageiros lançem olhadelas ferozes e criticam sem imaginar as dores que vão somando nela. Ninguém pensa na responsabilidade do governo mas furiosamente todos insultem até ao ausente marido sem portanto saber a condição social deste. Quém procura saber se é viúva? A criança já reconhece viver no mundo cheio de hostilidade, encolhe-se bem ao colo da mãe. Quém sabe do futuro desta criança? A criança tem duas filas de ranho que escorregam das narinas e está cuberto num tecido emvoltado pela poeira e sem a mínima higiena. Quém pelo menos oferece um bocado de sabão? A cruelidade angolana sabe bem criticar.

Fiquei involvido nesta atmosfera entre a tristeza, a hostilidade e tudo que emocionalmente era nagativa. Quiz gritar mas consegui controlar-me sem portanto reter as minhas lágrimas. Algumas mulheres também foram amagoadas pela cena mas... a juventude, o futuro d’amanha! Tive que descer súbitamente preferindo progredir andando.

Onde vão os milhares obtidos no negócio petrolífero? Angola é rica e riquíssima mas a pobreza também tem a pura nacionalidade angolana! As damas de consideração não tem sequer ... para aconselhar os maridos e namorados!?



JDNsimba©2009publ/097

SETEMBRO/DICAS

’A ideia obsessiva de que um homem só garante a paz e estabilidade é uma grosseira, uma estupidez que não se compara com nenhuma das ideias do passado’’ – NELO DE CARVALHO

‘’O que acontece é que há pessoas, que até há pouco tempo se diziam marxistas e apologistas de uma sociedade igualitária, que estão hoje alheios ao sofrimento da maioria da população’’ –JOSE EDUARDO AGUALUSA

‘’A diferênça é que a Africa do Sul é um país dirigido por um partido que monstra o que faz e Angola, por um partido que promete fazer’’ –JOSE GAMA

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

JP de MORAIS: QUI S'EXCUSE S'ACCUSE

Experimentando um estilo de leadership tradicional aplicado pelos Sobas na minha comuna do Béu (Maquela do Zombo) onde cresci, entendo que a política angolana não é ainda baseada numa filosofia científicamente estabelecida mas enrola-se à volta de probabilidades especulativas em mistura as condições duma atmosfera politicamente criada conforme as realidades autênticamente angolanas. Portanto a prática desta ciência não oferecia (nos kimbos)espaços para críticas amargas uma vez os erros eram argumentados com fundamentos e de forma construtiva. Isto não vejo no mundo intelectual de políticos angolanos: vejamos-

Quando na minha aldeia alguém perdesse algo importante, contactaria logo o Soba para puder ajudar a localização do objecto e a possível recuperação do mesmo. Lá o Soba teria então a missão de no anoitecer do dia anunciar a alta voz andando duma ponta à outra em 3 ou 4 voltas. No seu anúncio descreve-se o objecto e o desejo do dono para que se devolva o objecto, assumindo que foi perdido. Isto vai-se repetindo durante 2 ou 3 dias sucessivos mas que no último dia a mensagem tenha uma forma ameaçadora porque pensa-se que a coisa não se perdeu mas sim foi roubada. Por isso a mensagem do Soba seria agressiva. No fim se alguém encontrou o objecto vai devolver-lo. Isto era o normal dos acontecimentos porque nas aldeias as coisas não desapereciam para sempre e a gatunagem era um fenómeno raríssimo. O curioso acontecimento se passa quando o objecto desaparecido não aparece e que um elemento qualquer responde a mensagem do Soba de forma frontal. Dalí assume-se que este homem foi certamente o gatuno. Este será chamado perante um grupo de sábio para uma investigação posterior. Na forma abreviada diz-se nas nossas zonas que ‘’quém responde ao anúncio (n’tangu) do Soba sobre a gatunagem é o gatuno’’

A compilação de um dossier de 6 pages denominado teses da defesa do antigo ministro das finanças, José Pedro de Morais endereçado ao PR, José Eduardo dos Santos levou-me a uma reflexão que originou as seguintes linhas. Esta tese da sua defesa, escrita com terminologias técnicas do comercio foi digitado pelas errupções incessantes de críticas contra o homem que uma vez foi o melhor ministro das finanças em Africa.

Esta compilação reclamativa do JP Morais poderia não ser dirigida ao PR porque não foi o JES que o criticou. Entende-se noutro lado pois JES é o dirigente máximo do estado. Portanto procura-se saber o que JES deve fazer da mesma? Com todo o respeito, sabe-se que o nosso Presidente não tem tido tempo de conversar com a população explicando casos sérios e vai hoje ocupar o espaço televisivo só para defender o Morais.

Até áqui não se recebeu do povo ou de um qualquer angolano acusações, reclamações ou queichas, junto aos tribunais ou qualquer instituição jurídica contra Morais. Ele talvez tenha adversários mas são invisíveis, então o JES não poderá localizar-os. Não pode-se defender sem que haja quém acusa. Não pode-se explicar quando não tem complemento a quém explicar. Será que o nosso ex-ministro prevê algo a chegar? Não se pode escrever uma tese de defesa quando o processo não é oficial mas especulativo.

Sabe-se bem, como agora o próprio Morais convida-nós a oficializar o processo, ele foi ministro no tempo de boom económico de Angola. Este tempo foi o mesmo que o sofrimento do angolano se agudizou no seu apogeu. Este balanço requere uma explicação das autoridades competentes da equipa dirigente da nação. Morais pertenceu ao grupo da influência do circuito presidencial. Morais foi também citado logo no dossier inicial do Mensalão, antes que nomes de dirigentes angolanos fossem retirados. Aqui Morais de-nós a liberdade de concluir neste caso que não há fumo sem fogo. O angolano pensa na reconciliação passando pelo processo de perdão. Morais que pensa defender-se oficialmente, entende reconhecer que há dirigentes que participem na depredação sistemática da nação. As entradas financeiras são altas (produzimos 1 656 000 barris de petroleo por dia) mas o angolano ainda vive em baixo de 2 dólares por dia. Morais foi listado entre os angolanos mais ricos, possuindo mais de 100 milhões de dólares. Esta riqueza foi-se constítuida por menos de 10 anos e tem fontes desconhecidas.

Morais não tem nenhuma justificação explicadura para comprovar as fontes da sua riqueza com a base do seu salário. Morais procura justificar-se queimando outros que na mesma turma pi..... a economia angolana, porque ele demostra e reconhece indireitamente que houve abusos no sistema.

Mesmo assim JES não ficou convencido com a papelada de Morais, pois trata-se de mais um caso de burocracia. O alertado PR preferiu orientar o ministro da economia, Manuel Júnior para engavetar-lo eternamente.


JDNsimba©2009publ096