Por de mais que vou crescendo, mais viciado a sociologia filosófica e experimental da robustez cultura pelo qual fui vacinado no meio dos anciãos nos kimbos das terras santas do norte de Angola. Fui muitas vezes alvo de críticas como resultado duma propaganda tribalista partindo duma estrategia maquiávelica imposta pela cobiça do homem drogado com o perfume de poder. Assim são os meus primos, tios, amigos, filhos, netos etc, mas tudo isto não retire em mim as qualidades humanistas de um angolano que deseja o progresso de um povo unido. Sou orgulhoso de ser aquilo que sou porque, isto não depende duma simples declaração política mas sim um mérito divinamente assinado.
A mentira no círculo da minha infância era um sujeito notário, porque tinha-se na minha buala (Beu) um velho que customara-se de mentir. Cada vez que mentia, oferecia sempre um nome como testemunho das suas declarações. Na verificação de factos, concluia-se sempre que o suposto testemunho era sempre um outro velho defunto. Porque? Porque o velho mentiroso tinha sabedoria!
A mentira é simplesmente a arte de prociferar o que não é verdade num espaço de tempo. Toda a afirmação daquilo que é contrário à verdade. Ela é um factor intermédio que permite diferênciar a realidade a verdade. Ela não é só uma concepção filosófica ou linguística que vive no coração do homem e navigue a sua boca mais como pode se tornar por um processo que gradualmente cresce, a mentira torna-se por uma monstruosa personalidade que cheira nauseabundo.
A mentira não vive isoladamente na sua residência da conformidade porque encontre sempre no roubo um acompanhante inseparável, que vai tornar o sujeito por um assassino. Ela acelera o envelhecimento do recipiente (homem) que adore-la. A mentira provoca uma psicose no homem, desfigurando a sua fiseonomia facial. Assim muitos mentirosos são logo reconhecido pela vista.
Muitos professionais em mentiras tornam-se por políticos nos países em via de desenvolvimento, onde esquece-se ainda que a política não é cultura de aldrabar, mas uma ciência devidamente estruturada e desenvolvida com téorias e concepções comprovadas. Na sociologia africana, a mentira tem curtas pernas e é alérgica à qualquer outro meio de transporte (locomoção), que mal sabe se esconder e que respira de forma pânica.
No mundo político, a mentira não é camuflagem e nunca foi um mal necessário como se profetize pelos homens que só aspirem causar danos. A mentira é um fenómeno nocivo que provoca a perda de respeito e consideração do profeta, muitas vezes a condenação (fora da inclinação religiosa). As declarações públicas do então ministro da (des)informação do governo iraquiano de Sadam nos últimos minutos da invasão americana, antes da capitulação, refutando a realidade dos acontecimentos foi a mais grosseira conspiração estupidamente orquestrada pela sujedade do fracassado político do mundo em via de desenvolvimento. Em 1975, a FNLA introduziu-nós (no norte de Angola) numa nova entrada na nova sociedade soberana angolana passando pela grande porta de mentiras, que o Holden Roberto tinha recebido nas mãos do governo português o livro de ouro da independência de Angola, desde Carmona. Foi também na mesma altura que a mentira da década e do século arquitectada pelo MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) conotou os angolanos de norte de Angola por zairenses, demostrando públicamente mediante a mídia nacional como internacional as partes de orgãos humanos armazenados nos congeladores e frigoríficos em vários quarteis abandonados pelas tropas da ELNA demostrando o canibalismo dos bakongo. Esta monstruosa intrigue continua ser o monstro de 7 cabeças que separa angolanos até hoje dificultando todo processo da unificação nacional, já que os comunistas do Partido de Trabalho rejeitam com teimosia qualquer ação reparativa. A marginalização de um povo pelo sistema aplicando uma dura política da exclusão social. Isto não é dividir para melhor reinar?
‘’Ignorar o problema não é a melhor maneira de resolver o problema’’ assim penso, e tanto não haver reparação, não haverá unificação patriótica, tanto quando o nosso MPLA estiver no poder!
Havemos de voltar
JDNsimba©2009publ/104