A lógica da realidade prova-nós que em qualquer sociedade ou comunidade humana, querer como não haverá sempre, temporadas ou dias de conflitos, desentendimentos , desacordos etc. As capacidades na compreensão, formas de observar e analisar, o poder na transmissão, as ambições e as características humanas são muitas vezes as causas de muitos conflitos. A resolução de qualquer conflito depende da vontade, desejos e objectivos dos actores envolvidos no conflito. A agudização de conflitos faz com que estes se tornassem por crises. As crises económicas, políticas, territórias, históricas e outras crescem para originar uma crise armada; quer dizer tornar-se por confrontações direitas onde armas são utilizadas devastando economias, decimando nações e aruinando esperanças.
Africa foi incessantemente terreno fértil de diferentes confrontações militares entre movimentos, partidos, etnias, nações etc. Para além das crises para as independências a guerra entre movimentos de Angola que iniciou em 1975 foi a mais longa e mais devastadora. A guerra Chadiana adicionou o índice da pobreza no continente. As guerras tribais de biafra em Nigeria e da Ruanda causaram mais cicatrizes no seio das populações. Os massacres no leste da RDCongo (guerra de coltão) ainda continua a dezimar populações e enriquecer o mundo ocidental, tal como foi a guerra de Sierra Leoa (guerra de diamantes). Houve no continente muitas confrontações militares provocadas pelo ego-político de certos homens como no Congo-Brazaville, na República Centrafricana, Costa de Marfim, Moçambique, Liberia. Houve também guerras das creênças (religiosas) como no Sudão, Somalia e de disputa de terras entre Etiopia e Eritrea.
Os conflitos armados tem também suas consequências. No continente africano as guerras tem como denominador comun o regresso económico do continente porque destroe-se as infrastruturas do desenvolvimento começando pela mão de obra (recurso humano/população) a pillagem sistemática de recursos ao benefício do estrangeiro (monopolista, oligarca, barrão, explorador, investidor e neocolono). Como os conflitos africanos não se resolve entre africanos, então os potências ocidentais procurem sempre instituições governementais como caritativas (seculares como religiosas) para funcionar/ajudar no terreno. A organização máxima do mundo, o chamado ONU pretende sempre possuir chaves estratégicas na resolução do conflitos.
Pela experiência sabe-se sem sombra de dúvida que a presença física das instituições onusianas em conflitos africanos tem mais contribuido na prolongação do mesmo. Qualquer conflito afrolado pela presença onusiana toma um carácter muito mais complexo pela violênça, expande-se afectando mais terrenos e populações porque:
1. As organizações e instituições aproximam-se aos bélicos com novas e ricas propostas de venda de equipamentos mais sofisticados tanto em armamentos, munições, fardamentos, logísticas etc. Isto faz com que as forças em conflito sejam mais estimuladas e drogadas à vitória. Como esta manobra manipulativa é sempre bipolar, intensifica-se as ações e prolonga-se a duração do conflito, tornando inalcansável a solução. Isto aconteceu em Angola, na RDCongo, Liberia etc.
2. O pessoal das organizações aproveita a debilidade dos governos locais e ultrapassa as zonas de conflitos até penetrar as zonas não afetadas à procura e localização de matérias primas dos pobres africanos. A boa ajuda internacional torna-se por uma caçada de ouro, diamante, petróleo como acontece no Irak, Afganistão, RDCongo, tal como, um dirigente angolano do MPLA em missão de serviço em Cuba deparou-se com o seu carro desaparecido em Luanda a curtir as ruas empoeradas de Havana.
3. As mesmas forças onusianas participem em ações barbáricas e especulativas como venda de gasolina, medicamentos, carros e ambulâncias roubadas. Alguns iniciem novos comercios como muitos nigerianos, pakistaneses que agora negociem cimentos entre Congo, Lagos e Pakistão. Houve violações de crianças, mulheres até velhas na Costa de Marfim, Sudão, Haiti, RDCongo etc
Muitas vezes as faturas desta ajuda é transferrida como dívida da nação, para além doutras extras-cargas para sustentar essas forças (alimentação até salários; que tipo de ajuda?). Finalmente desaparecem um bom dia sem que haja uma solução do conflito, abandonado nações totalmente deserguidas e que os políticos locais deverão encontrar outras vias de pacificação depois de matar toda a esperança do povo.
Até quando Africa continuará a suportar este tipo de negócio de saco routo? A organização africana tem um poder político capaz de acabar qualquer conflito uma vez que haja unidade entre dirigentes, presidentes e povos.
JDNsimba©2009publ/103