Todas as vezes que os meus olhos fitam a bandeira vermelha de Angola, o meu coração fica palpitando, acelerando assim o ritmo da minha respirção numa velocidade suprasónica enquanto a minha consciência vai vagabundeando nos espaços infinitos do universo à procura daquilo que não sei, talvez procuro dar a minha língua aos raivosos cães de Luanda. No passado da longa obscurecida história da revolução não sabia o que não sabia porque a densidade da obscuridade pela qual fui ‘’engolido’’ foi tão densa que o próprio obscurantismo ideológico imposto era tão obscuro que a própria obscuridade. Hoje sabe-se pela sociologia africana que ‘’uma bola cheia não pode se manter denifitivamente no fundo das águas’’ dai o angolano como eu, vou vomitando a pele do sapo que me foi forçado a digerir, pois o meu sistema já não é compatível ao tratamento infligido.
Eu não acredito ter um problema contra esta bandeira mas que talvez esta vermelhada bandeira tem tido problema contra mim. Não acredito ser o único nesta psicose causada pela bandeira partidária e nacional pelo qual fui forçado a jurar, porque assim sentem os meus amigos, primos, compadres, compatriotas e mesmos vizinhos. Esta peça colorida tem um efeito tão atraiente que afantasmadamente amedronta a consciência de muitos angolanos invadindo seus espaços de paz.
A onipresente bandeira da segunda República tem sempre transportado-me a uma viagem no vazio, talvez haja uma justificação! Não quero continuar cavar na memoria dos deuses dos antepassados porque a semente da consciência democrática da história do meu povo inspira-me algo que considero de preciosa revelação. Assim a curiosidade levou-me a realizar: ‘’o que é impossível a uns pode não ser impossibilidade a todos’’, dependendo da posição, espaço, motivação, creatividade, abilidades, poder, estatuto etc
A mistura da filosofia moderna, que me foi administrada pela contradição do comunismo à democracia com a tradicional, que me foi vacinada pela cultura bantu e a experiência histórica de Angola colocou-me numa casca de banana que reagiu ao meu peso, escorregando-se numa patinagem de alta velocidade na pista invisível até no término da descoberta, que facilitou-me entender o seguinte:-
Angola já não é teoricamente comunista mas que práticamente não é democrática. Em Angola pretende-se que o país está navegando do comunismo a democratização, só pelo simples facto de convidar uma dúzia de deputados na Assembleia Nacional que se conota por oposição sem ter substância, valor e qualidade da oposição. O nosso país é hoje representado por uma bandeira que no périodo do partido único, do estado totalitário e do comunismo foi simbolo do orgulho marxista. A bandeira da República Popular de Angola transitou para a República de Angola como um carro que só mudou de cor enquanto o dono, o motorista são os mesmos, a placa matrícula é a mesma e a mesma cédula mas espere-se que o agente trânsito aceite ser um carro diferente.
Vejamos as cores e as explicaduras dadas pelos defensores, pacificadores e unificadores da estrategia revolucionária de Angola que tentam vestir-se da pele da democracia:
Vermelho: simbolisa o sangue derramado pelos angolanos na luta contra o colonialista português na consolidação da independência. Esta luta foi estratégicamente um utensilio para dividir angolanos na consciência uma vez que o governação portuguesa ensinou aos seus aliados a nacionalizar o tribalismo, dividindo asssim os angolanos por regiões/provincias, línguas/idiomas e na pertência partidária (conforme os movimentos históricos). O MPLA nunca acredita que a história de um povo vivo nunca conhece um fim desde que este povo continua vivendo mesmo na pobreza. Assim o vermelho, que é a cor do comunismo continua simbolizando o sangue derramado pelos angolanos na sexta-feira sangrente. O sangue do angolano continua derramando dia por dia nas ruas, estradas de Luanda e de Angola onde as armas distribuidas pelos defensores dos direitos humanos do MPLA continuam falar a linguagem de adoração ao Partido do Trabalho. O sangue do angolano, feito desconhecido heroi, continua derramando nas esquínas em nome da revolução só porque reclamem seus direitos na escolha de outros partidos que não seja o MPLA. O sangue do angolano continua derramando nas picadas de Angola e nas aldeias só pelo facto de não votar pelo partido da situação e o sangue do angolano vai continuar ainda a derramar porque ainda há mais sexta-feiras em preparação nos laboratórios dos comunistas angolanos. O sangue do angolano continua derramando tanto quanto este profetiza a verdade, porque foi-nos incumbido que as Irenes e Ngangulas combateram por este Angola.
Negra/preta: que representa o continente africano. Uma das razões que Portugal preferiu dar a independência só ao MPLA foi que os da UNITA tanto da FNLA não sabiam bem dominar a arte de usar o garfo. Esses eram menos civilizados em relação aos membros do movimento de Viriato da Cruz. Porque colocarmo-nós em Africa quando temos uma apatia e somos frustrados, sabendo que o africano é um atrazado? Então porque toda essa hipocresia? Ainda hoje faz-se confundir o angolano sobre conceitos da civilização, africanismo, tradição e cultura. Somos africanos com mentalidade portuguesa mesmo sem uma consciência portuguesa. Somos angolanos corrompidos pelos brasileiralismo e permitimos uma invasão massiva da cultura brasileira sem portanto alimentar o nosso africanismo com novos valores culturais? Porque hoje o canibalismo africano/angolano não é de todos angolanos de Cabinda ao Cunene mas simplesmente de uma determida porção do povo angolano. Isto é o africanismo profetizado pelo partido que procure unificar os angolanos.
Os argentinos são os brancos da America latina como os israelitas os são na Asia e porque o angolano não seria o branco de Africa? Somos teorícamente africanos devido a localização territorial de Angola mas europeus da consciência mesmo que ela (a consciência) seja corrompida e de baixo nível. Somos angolanos da geografia enquanto na história não os somos; porque vivemos numa história emprestada e cheia de utopia.
Amarela(ouro): identificação a riqueza de Angola. A nossa bandeira é a identidade nacional que pregue a riqueza do angolano no mundo. Hoje com o MPLA, todo angolano é orgulhoso de viver com migalhas, assistindo centenas de morte de criancas em Cunene por falta de comida. Hoje com o Partido de trabalho somos tão poderosos que podemos adquirir bancos e monopólios em Portugal e noutras terras. Com o MPLA, o angolano é dono de fazendas e fábricas de armas.., o angolano pode depositar milhões de dólares em vários bancos da Suíça, Portugal e noutras nações para ajudar as economias de outros povos porenquanto as nossas irmãs se dediquem a prostituição como fonte de pão de cada dia. Temos petróleo, diamantes, ouro e tudo que se pode orgulhar-se mas a nossa verdadeira nacionalidade é pobreza. Somos ricos e vivemos de empréstimos da China e FMI. Somos ricos vivemos nas casa luxuosas construidas com o capital estrangeiro pois somos uma nação endividada, até as generações vindouras. Somos ricos/cegos que não sabem diferenciar Katambor da Talatona. Nunca vi um rico que se alimenta nas lixeiras, talvez que seja um rico maluco, mas, também nunca houvi dizer!
Roda dentada, catana, estrala que formam um conjunto que representa o trabalhador. A estrela ajude o angolano a brilhar com sofrimento. Eramos famosos pela guerra mas hoje Angola é um pais de célebre futuro para outros porque sabe-se no estrangeiro que o angolano é tão rico que já não gosta/quere trabalhar ou talvez prefere empregar outros. Somos ricos porque somos tão ignorantes que podemos oferecer trabalhos aos chineses quando na nossa casa somos afomintos. Somos ricos porque empregamos portugueses e brasileiros quando nos preferimos a zunga e a quitanda. Somos ricos com o sitema que impede-nos enviar os filhos nas escolas enquanto os herdeiros dos escolhidos estudam nas Europas e nas Americas. Com O MPLA somos mais ricos que qualquer outros africanos...
A roda dentada não tem nenhuma aplicação em Angola porque foi-se substituida pela catana. Com catana podemos massacrar-se uns aos outros sub um olhar silencioso do MPLA e da assistência da sua bofia. Tudo foi bem planificado a longo prazo. Sabia –se com antecedência que o angolano continuará a derramar o seu sangue tanto o comunismo continua no poder. Que seremos os mais desinformados de Africa, pensando ter uma conciência europeia e uma civilização sofisticada, quando vamos perdendo a nossa posição no continente e nunca teremos nenhuma na Europa. A classe elite tem preparado sua posição na Europa onde tudo está sendo acumulado por um futuro próspere com seus familiares: indices são visíveis. Com a transferência de toda riqueza angolana à Europa, o MPLA tem criado uma nova órbita como futura residência dos seus fieis da nomeclatura bolchevica. O 4 de fevereiro já passou mas ainda pensa-se renovar-la por isso a catana ainda tem valor na bandeira duma nação que alguém ainda pensa em guerra porque sabe-se que a luta continua (económicamente).
Finalmente o estilo de toda caricatura da bandeira angolana está envolvido no comunismo. As cores (vermelha), os intrumentos (roda dentada, catana) representam e revolução Leninista. Porém diz-se que Angola está em via a democracia, como? Até hoje ainda não se mudou em nada, não se fez nenhum passo a democratização. A constituição, a bandeira, o hino, a Assembleia, a justiça e a própria lei, as instituições até os membros dos partidos... são comunistas com estilo comunista e na base ao comunismo.
Tais como China na Asia ou Cuba na América, Angola é a ultima bastião do comunismo em Africa. Esta irrelevante resistência da teimosidade de comunistas se justifica talvez pela aliança assinada com o diabo quando se afirmou públicamente que ‘’Angola é a trincheira firme da revolução em Africa’’. Dali também se justifica a derramação de sangue do angolano nos Congos e noutras guerras em Africa, enquanto o MPLA se regozija com os méritos.
Tenho que ser realmente convencido mas por enquanto as práticas, vontades e a consciência não me provam que as estruturas do M poderão democratizar-se porque os criadores e todos elementos componentes não foram, não são e nunca serão democráticos. No que vejo em Angola: não acredito que o MPLA pode-se democratizar. Não acredito que um comunista africano pode se converter; acredito sim num lobo vestido como ovelha, este texto aprendi nas escolas do MPLA desde Uíge. Observando o sofrimento do angolano não vejo nenhuma presença de senso ou amor no homem que se auto proclama dirigente angolano.
Não vejo como acredita-se sermos democráticos vivendo na sombra duma bandeira comunista. Esta contradição tornou-se verdade porque assim foi normalizada pela Assembleia, pelos intelectuais e pelos políticos, forçando o resto de angolanos de adotar-la.
JDNsimba©2009publ/116