O facto de apresentar duas distintas
características, o MPLA não seria por assim considerado como monstro, mas
também não faltaria de ser visto como alguém que viveu traumas. Digamos isso
porque o Movimento dos camaradas conheceu duas historias que num só homem projectaria
a imagem de um frustrado ou talvez um esquizofrénico. Isto justifica-se pelo
facto do MPLA da primeira hora, aquele que veio das matas e instalou-se logo no
poder sob comando de Agostinho Neto teve uma historia muito aquém daquilo que
se vive hoje nas fileiras deste, que ao longo de tempos se metamorfoseou que
nem o camaleão pude. Se este não tivesse o mesmo nome, identidade e fisionomia
diria-se que fosse dois diferentes indivíduos. Portanto a psicologia como o espiritualismo
podem comprovar a existência de indivíduo tendo duas personalidades. Como a
nossa experiencia politica e económica prova que o MPLA de hoje não tem nada do
comum com o MPLA do passado. Espera-se que a conclusão desta observação não
venha implicar a autoria pertencer a oposição e muito menos a Unita.
O MPLA não é realmente um ser humano como
se verifique. É simplesmente uma organização político-militar, é hoje um
partido constituído por diferentes elementos tende cada características próprias. As analíticas
características deste homem não têm nada de comum com as competências, acções e
palavras, especificamente deste ou daquele membro ou dirigente. Como um todo, o
MPLA tem suas formas e maneiras de agir e reagir, comportar-se e comprometer-se,
prometer, discursar, influenciar, dirigir, e dominar; eis o que projectamos
nesta miniatura.


Com o tempo o jovem vai ganhando novas
experiencias e a história da sua vida vai tomando um percurso muito tortuoso.
Houve mudança na liderança e a nova direcção segue a mesma via mas por how long? Dai que a personalidade do
nosso cota começa misteriosamente sofrer mudanças. Talvez o novo sangue
injectado é a causa! Ele sofreu uma perfusão de sangue, rejuvenesceu-se a sua
estrutura mas também a via da sua história tomou um rumo diferente, perdendo
assim o seu carisma. O novo personagem do Mpla joga com uma táctica muito
diferente aos dos revolucionários. Ele andava com armas e ideologia, mas este
engravatado jovem conta com a esquemática brutalidade da sua segurança. Ele
sofisticou suas acções visto que foi abençoado com uma economia sã que privatizou.
Este jovem tem tudo que a riqueza oferece, não prestando contas a ninguém. Na
pobreza o Mpla era o amigo, aliado, cúmplice do povo mas na riqueza manda-se li***
o povo numa gaiola psicológica e tormentos. Ate porque o mundo já não é o
mesmo; hoje fala-se em democracia, mundialização, privatização, fala-se em
dólares e não em kwanzas: novas palavras, novas modas, novo estilo, enfim tudo é
novo. Já não se vive nas casotas mas em arranha-céus e palácios, já não se faz
bichas no Jumbo mas no Nosso Super ou Champs Elisees em Paris, já não se conduz
ladas soviéticas mas luxuosos Mercedes, abandonou-se as praias de Mussulo
porque encontraram outras nas baias brasileiras, já não se viaje a RDA ou Cuba
(pois o murro de Berlin já rebentou), o dinheiro já não se deposite no Banco
Popular de Angola, mas sim em Londres, New York, Paris e Lisboa. O MPLA
cresceu! tem empresas e bancos privados, lotes de esplêndidos carros, viaja-se de
boeing pessoal, repousa-se nos altos mares em iates privados, curte-se ate
quatorzinhas e se pratica pedofilia livremente. Assim o MPLA tem tudo; dirige
um parlamento privado, tem a sua própria comissão eleitoral, partidos privados,
tribunais e ministérios privados, tem ele o poder de dar e retirar. Ele acaparou-se
de um divine superpower que poderia
hoje construir uma segunda torre de Babel. O cota que gosta de atenção é rico e
famoso não só em Angola mas no mundo, embora sob a reivindicação dos 37 anos
pelas moscas (entende-se, angolanos). O village
boy veste-se bem, cheira o odor do perfume egipcíaco. Ele procura sempre
aparecer bonito, usando um sotaque misturado entre o brasileiro e português,
com uma fraseologia confusa. Ele imagina ser sempre o melhor dos outros, até
obriga as meninas do bairro de chamar-lhe por ‘’Dr. Mampela’’. O impostor não
abandonou a sua teimosia comunista mesmo quando outros amigos do conclave tem
abandonando o naufragado barco, e não consegue hoje fazer novos amigos. Ele
nunca ouve conselho de outros pois acredite saber tudo e nunca precisa de
outros. Nunca aceita que o seu barco vai afundando-se, pois desfruta sempre a
melhor argumentadura. Como sabeis: o excesso da teimosia faz perder a visão. O velho
Mpla é um player que pensa ser
imortal e que Angola é um plantio que herdou da sua família.
Como o seu bolso é grande (dinheirito), o
Mpla é gigante, incontornável estratega. Ele é optimista; nunca espera por uma derrota
em qualquer situação. ‘’O dirigente não
aldraba mas finta’’: assim justifica-se quando é acusado. Ele se considera
de perfeito, que não sabe perdoar. Para o Mpla cada dia é domingo por isso em
qualquer circunstância nunca chore! Até porque há bodes diariamente no seu
quintal mesmo quando o vizinhado esta enlutado. Ele tem má influência em África,
mas tem distribuído presentes por ali fora do continente, onde é conhecido por
multimilionário.
Brevemente concluiria que este jovem ricaço
MPLA, que perdeu a visão inicial tem hoje poucas boas qualidades. Ele preferiu
ser violento, vaidoso, gabarola, teimoso, economicamente insensível, grande mentiroso
e bom cenarista, separatista, mulherengo e impostor, desprezando homens nos
seus arredores. A sua maestria como manipulador o coloca continuamente numa
posição de vencer quaisquer eleições no solo angolano. Visualizando todas as
características deste homem, é possível que se lhe atribuísse um corpo físico;
vaga, esta que deixaríamos aos outros de colmatar.
Se fosse uma rapariga, como seria então a Unita?
Se fosse viva, como seria a defunta FNLA?
Nkituavanga II