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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

SE O MPLA FOSSE UM HOMEM

O facto de apresentar duas distintas características, o MPLA não seria por assim considerado como monstro, mas também não faltaria de ser visto como alguém que viveu traumas. Digamos isso porque o Movimento dos camaradas conheceu duas historias que num só homem projectaria a imagem de um frustrado ou talvez um esquizofrénico. Isto justifica-se pelo facto do MPLA da primeira hora, aquele que veio das matas e instalou-se logo no poder sob comando de Agostinho Neto teve uma historia muito aquém daquilo que se vive hoje nas fileiras deste, que ao longo de tempos se metamorfoseou que nem o camaleão pude. Se este não tivesse o mesmo nome, identidade e fisionomia diria-se que fosse dois diferentes indivíduos. Portanto a psicologia como o espiritualismo podem comprovar a existência de indivíduo tendo duas personalidades. Como a nossa experiencia politica e económica prova que o MPLA de hoje não tem nada do comum com o MPLA do passado. Espera-se que a conclusão desta observação não venha implicar a autoria pertencer a oposição e muito menos a Unita.

O MPLA não é realmente um ser humano como se verifique. É simplesmente uma organização político-militar, é hoje um partido constituído por diferentes elementos tende  cada características próprias. As analíticas características deste homem não têm nada de comum com as competências, acções e palavras, especificamente deste ou daquele membro ou dirigente. Como um todo, o MPLA tem suas formas e maneiras de agir e reagir, comportar-se e comprometer-se, prometer, discursar, influenciar, dirigir, e dominar; eis o que projectamos nesta miniatura.

O MPLA que veio das matas teria (tinha) um comportamento de camponeses, mesmo tendo no seu seio intelectuais/assimilados, felizmente as matas eram reservadas por uma minoria que combateu com armas na mão, enquanto uma boa maioria pululava grandes cidades como políticos (Kinshasa, Brazzaville, Dolosie, Algéria etc) e grandes academias militares da KGB em vários países comunistas. Este movimento soube readaptar sua filosofia de village-boy em metropolitano. Desde primeira hora este senhor (Mpla) tinha mania de sozinho dirigir. Era um camarada cobiçoso mas também egocêntrico. A sua passagem as escolas bolchevicas faz dele um grande manipulador. Eis a razão pela qual preferiu diabolizar outros movimentos para sozinho dirigir o destino do povo angolano. Para satisfazer o seu ego implementou mecanismo satânico (dividir para melhor reinar), mesmo consciente que semeava assim o tribalismo, mas preferiu usar a sua vantagem ideológica para justificar-se perante a nação assim como no plano internacional, denominando outros por fantoches, carcamanos, ate canibais. Como todo bom comunista este rapaz foi bem apetrechado em matérias politicas do marxismo. De lá foi dotado de habilidades que fez dele um bom estratégico político cuja propaganda e mobilização provaram aptidões. Embora, fisicamente, de frágil natureza, o jovem Mpla sempre se preocupou de robotizar-se com uma musculatura apta de dominar e controlar pressões; fortificou o seu braço armado adicionando também uma DISA, especializada em violência e brutalidade de dizimar anyhow qualquer oposição.

Com o tempo o jovem vai ganhando novas experiencias e a história da sua vida vai tomando um percurso muito tortuoso. Houve mudança na liderança e a nova direcção segue a mesma via mas por how long? Dai que a personalidade do nosso cota começa misteriosamente sofrer mudanças. Talvez o novo sangue injectado é a causa! Ele sofreu uma perfusão de sangue, rejuvenesceu-se a sua estrutura mas também a via da sua história tomou um rumo diferente, perdendo assim o seu carisma. O novo personagem do Mpla joga com uma táctica muito diferente aos dos revolucionários. Ele andava com armas e ideologia, mas este engravatado jovem conta com a esquemática brutalidade da sua segurança. Ele sofisticou suas acções visto que foi abençoado com uma economia sã que privatizou. Este jovem tem tudo que a riqueza oferece, não prestando contas a ninguém. Na pobreza o Mpla era o amigo, aliado, cúmplice do povo mas na riqueza manda-se li*** o povo numa gaiola psicológica e tormentos. Ate porque o mundo já não é o mesmo; hoje fala-se em democracia, mundialização, privatização, fala-se em dólares e não em kwanzas: novas palavras, novas modas, novo estilo, enfim tudo é novo. Já não se vive nas casotas mas em arranha-céus e palácios, já não se faz bichas no Jumbo mas no Nosso Super ou Champs Elisees em Paris, já não se conduz ladas soviéticas mas luxuosos Mercedes, abandonou-se as praias de Mussulo porque encontraram outras nas baias brasileiras, já não se viaje a RDA ou Cuba (pois o murro de Berlin já rebentou), o dinheiro já não se deposite no Banco Popular de Angola, mas sim em Londres, New York, Paris e Lisboa. O MPLA cresceu! tem empresas e bancos privados, lotes de esplêndidos carros, viaja-se de boeing pessoal, repousa-se nos altos mares em iates privados, curte-se ate quatorzinhas e se pratica pedofilia livremente. Assim o MPLA tem tudo; dirige um parlamento privado, tem a sua própria comissão eleitoral, partidos privados, tribunais e ministérios privados, tem ele o poder de dar e retirar. Ele acaparou-se de um divine superpower que poderia hoje construir uma segunda torre de Babel. O cota que gosta de atenção é rico e famoso não só em Angola mas no mundo, embora sob a reivindicação dos 37 anos pelas moscas (entende-se, angolanos). O village boy veste-se bem, cheira o odor do perfume egipcíaco. Ele procura sempre aparecer bonito, usando um sotaque misturado entre o brasileiro e português, com uma fraseologia confusa. Ele imagina ser sempre o melhor dos outros, até obriga as meninas do bairro de chamar-lhe por ‘’Dr. Mampela’’. O impostor não abandonou a sua teimosia comunista mesmo quando outros amigos do conclave tem abandonando o naufragado barco, e não consegue hoje fazer novos amigos. Ele nunca ouve conselho de outros pois acredite saber tudo e nunca precisa de outros. Nunca aceita que o seu barco vai afundando-se, pois desfruta sempre a melhor argumentadura. Como sabeis: o excesso da teimosia faz perder a visão. O velho Mpla é um player que pensa ser imortal e que Angola é um plantio que herdou da sua família.

Como o seu bolso é grande (dinheirito), o Mpla é gigante, incontornável estratega. Ele é optimista; nunca espera por uma derrota em qualquer situação. ‘’O dirigente não aldraba mas finta’’: assim justifica-se quando é acusado. Ele se considera de perfeito, que não sabe perdoar. Para o Mpla cada dia é domingo por isso em qualquer circunstância nunca chore! Até porque há bodes diariamente no seu quintal mesmo quando o vizinhado esta enlutado. Ele tem má influência em África, mas tem distribuído presentes por ali fora do continente, onde é conhecido por multimilionário.

Brevemente concluiria que este jovem ricaço MPLA, que perdeu a visão inicial tem hoje poucas boas qualidades. Ele preferiu ser violento, vaidoso, gabarola, teimoso, economicamente insensível, grande mentiroso e bom cenarista, separatista, mulherengo e impostor, desprezando homens nos seus arredores. A sua maestria como manipulador o coloca continuamente numa posição de vencer quaisquer eleições no solo angolano. Visualizando todas as características deste homem, é possível que se lhe atribuísse um corpo físico; vaga, esta que deixaríamos aos outros de colmatar.

Se fosse uma rapariga, como seria então a Unita? Se fosse viva, como seria a defunta FNLA?


Nkituavanga II