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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DA ESCURIDAO PARA NASCERMOS NA CLAREZA

Angola já conheceu um grande líder visionário, que infelizmente sendo homem cometeu erros como todo o ser humano mas que teve preocupação de poder um dia reparar seus cometidos erros. Não gostaria agora classificar certas coisas pois não foi bem definido se for por engano próprio, ou por estratégia partidária ou talvez foi uma sabotagem da parte dos inimigos da pátria; esses falsos colegas da revolução com uma agenda diferente do partido, que Este acabou por basculhar noutra parte da existência onde reina o silêncio. Este homem considerado por centenas de angolanos como Pai da nação escreveu e declarou uma vez que ‘’nascemos na luta, crescemos na vitoria’’ que eu interpretaria também como ‘’nascemos no escuro e crescemos na clareza’’ porque assim também entendo a mensagem do Guia Imortal.

A luta do povo angolano não era só contra o colonialismo português mas contra todo o angolano que tinha uma mentalidade fantochada, contra os impedidores do progresso do povo africano, contra a kazukuta e corrupção. Fez-se a luta usando todo o poder que humanamente foi-nos conferido, todo poder financeiro que a economia angolana dispôs as mãos do povo, de todo material que se pode adquirir em troca ao suor e sangue dos filhos da pátria até quando o inimigo foi derrubado. Mesmo assim a luta angolana continua na consciência do angolano que não consegue reabilitar-se moralmente, visto que os parasitas internos da nomenclatura bolchevica continue desenvolver-se arruinando as estruturas da gestão administrativa do aparelho governamental. A nossa grande luta é hoje contra a corrupção estatal que infecta a mentalidade da nação de forma a expandir suas raízes as populações, aproveitando-se da sua fragilidade educacional, da sua pobreza, do tribalismo e outras sequelas herdadas do colonialismo.

Crescer na vitória não só se limitava na obtenção da independência mas visionou-se também a mudança de mentalidade, na reconstrução nacional e sobretudo a reconciliação do povo. Crescer na vitória é também desenvolver mecanismos políticos que ajudem a nação a conhecer um desenvolvimento económico e social, desde a criação duma nova dinâmica no estudo, trabalho e produção. Angola que se diz um país de próspero futuro tem andado a lentos passos mas sem direcção, uma vez a politica que é uma força de liderança perdeu a direcção, visão e até mesmo a ética. O angolano já não está crescendo na vitória até diria-se que vai caminhando as derrotas. Derrota porque dia apois dias, as esperanças do povo vão mergulhando com pânico nas turvas e violência de um serpenteado rio turbulento. Como já não se precisa armas para reordenar a caminhada deste povo, então precisa-se vozes de corajosos que podem aclamar alto o que se precisa e se necessita. Mesmo rico em termo de minerais, Angola não é um país de transformação industrial, de produção e de criação de serviços para não se pensar em inovação. A economia angolana (petrolífera) em si não é segura embora que apresenta sintomas positivos. Estes sintomas são puramente e simplesmente passageiras uma vez a economia não assenta nuns alicerces economicamente fortes (boa gestão e administração, falta de transparência e visão, ma gerência financeira, distribuição injusta, falta do patriotismo, crise na liderança, aproveitamento da mão de obra nacional etc). Um governo que se pretende e se proclama democrático que não consegue combater a corrupção não pode criar mecanismos para recuperar uma economia. E o nosso governo nunca apresentou uma energética resposta no combate a corrupção, porém é mesmo acusado pelos tenores políticos de fomentar e fortalecer as bases da corrupção. Ainda mais que os discursos a nação não trazem uma matéria capaz de incentivar, e, reforça a prova desta falta da direcção e visão. A linguagem política deste tempo já não necessita uma orneada mensagem a base literária mas precisa de transmitir coragem e sensibilidade tendo reais planos e estratégias daquilo que se pretende realmente conquistar na produção e na distribuição. Até hoje em Angola conta-se bocas que ‘’mastigam’’ porque a maioria padece com fome mesmo quando os dados estatísticos provam (irrealmente) um progresso económico. Não vai eternamente manter este povo mesmo com o seu nível de analfabetismo no obscurantismo porque diz-se ‘’a noite mesmo se for prolongado, o dia acabará por chegar’’

Não é por acaso que aparecem hoje homens com coragem de reclamar o que se necessita. Isto é natural e é uma lógica do tempo que nenhuma revolução consegue de abafar. Qualquer que seja o nosso estatuto, a nossa força, vamos se conformar com o que se deseja pois em conjunto poderemos ainda como no passado derrotar forças da injustiça. Hoje é mesmo vergonhoso, pois ontem combatemos contra toda a máquina da injustiça e hoje somos estimuladores deste sistema sistematicamente caduco. Os angolanos vão vendo claro porque não se pode camuflar eternamente informações pois até mais que se sepulta a verdade maior será a curiosidade de desenterrar o que se escondeu. A espiral da nossa história já avançou e nunca irá regredir porque a luz da consciência angolana já é iluminada. O tempo de dominar com aldrabices já passou. Enquanto pode-se ainda recuperar o tempo perdido porque não se aproveite as oportunidades dadas para corrigirmos os erros? Não é que a cronologia das histórias revolucionárias de vários povos prova-nos que nenhuma arma pode se forjar contra a vontade do povo? E qual é hoje a vontade do povo angolano? Ao este povo foi prometido o bem-estar social. Talvez também por imprudência que não se parou gabar-se diante de todos como Angola é rica e é o país de célebre futuro. Este povo vê e assiste as vantagens que se oferecem diariamente aos estrangeiros (não pretendo aqui que o angolano é contra o estrangeiro). Um povo que não consegue emprego tem contado as numerosas casas, prédios, fazendas, fabricas, contas bancárias que o dirigente do governo-estado acumula na terra para além daquilo que se lê nas rubricas de R. Marques e outros autores angolanos que uma ou duas vezes desbobinam certas verdades irreversíveis que os oportunistas ‘’escondem’’ no alem fronteira.

Enfim o angolano já não vive no obscurantismo porque já se soprou o vento da democracia. Quem não aproveita este barco, ora morre afogado, ora é lançado a beira-mar a espera do inesperado. A máquina do progresso já está movimentada, nenhum povo quer ser atrasado. Ninguém quer viver primitivamente, e isto Neto prometera aos angolanos de Cabinda ao Cunene. Ficará ultrapassado só aquele que quer se proclamar inimigo do povo. Aquele que ainda pensa que a pilhagem continuará mesmo quando o filme acabar! No contexto actual, parece-me que aqueles viciados que vieram monopolizar e apoderar-se mais tarde do MPLA já não tem propostas para endireitar a ideologia do partido pois sofrem do vírus de conflito de interesse. Esses colocaram o partido no triângulo das Bermudas e estão preparados morrer sorrindo. Isto faz com que as incessantes rotações ministeriais já antecipadamente cheiram podre.

Já se viu a luz em Angola e todos sabemos distinguir e melhor escolha fazer entre a escuridão e clareza pois nascemos na primeira e crescemos na segunda.

Nkituavanga II