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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A POLITICA QUE ADORMECE



Angola não só trabalha para ser um dia uma potencia continental mas tem como conseguir este valioso estatuto uma vez o mecanismo para a obtenção desta disparidade vai sendo construído calmamente com toda a certeza nos laboratórios do partido-governo. Não são todos os governos africanos que são chupa-sangue mas parece que a maioria prefere nivelar-se aquelas ‘’galinhas que comem ovos’’

Enquanto os governos da Europa se preocupem em criar condições para a sua população e aumentar o nível social da vida, os do hemisfério sul procurem meios e utensílios para acelerar a entrada premeditada da sua gente no inferno. Assim vai-se reparando que não se constrói escolas, hospitais e outras infrastruturas de utilidade prioritária mas vai-se erguendo objectos da economia fútil. Os dirigentes da época pós-independência de cada nação africana não foram tão intelectuais comparando aos de hoje mas souberam preocupar-se na resolução dos problemas do povo. Muitos deles morreram pobres mas ocuparam lugares históricos porque souberam trabalhar patrioticamente e deixaram um legacy nas suas respectivas nações.

O tempo carregou nas suas poeiras a ciência e a tecnologia, por isso a deflagração do murro de Berlim também trouxe a democracia mesmo no continente em via de desenvolvimento. Esta terminologia e todo o seu conceito não foram bem acatados pelo homem político de África, por isso prefere a conotação de subdesenvolvimento. Nesta altura muitos países africanos preferem optar pela cléptocracia. Assim assistimos a um grande desfile de substituição de muitos filhos de dinossauros nas cadeiras presidenciais em várias nações, defraudando estrategicamente eleições sem crepúsculo. Hoje a África é mais mercado de matéria-prima do que ontém porque o próprio africano fez-se fantoche, saqueando toda a economia e transporta-la fora do continente ao benefício daqueles povos que conseguem dar leite as suas crianças. Mesmo pela loucura, há vários dirigentes que tem correntes de palácios no velho continente, bancos e empresas para além de frotas de luxuosos caros, enquanto sabem todos o cenário que viveu o imperador J.B Bokassa em relação a sua orneada cadeira.

Angola que se dizia um país do futuro próspero deixou de ser aquilo que alguém preconizou teoricamente. Tendo toda a riqueza que se abunde no seu subsolo, queira como não, Angola já perdeu aquela visão. Angola entrou na corrida estratégica de adormecer a população dando a cada cidadão o título de ministro de assuntos inúteis. O que pretende ou aspire a população já não faz parte da agenda da governação. Angola vai copiando todos os países que caíram no fracasso económico e que lançaram suas populações nas erosões infernais. Esses optaram primeiro na teoria de dividir para melhor reinar; este Angola tem falsamente tentado sem sucesso. Depois seguiram o rumo de esbanjo económico, pilhagem sistemática coberta numas nuvens da corrupção; nisto Angola está mergulhado até sob a olhada silenciosa da comunidade internacional. Esta fase a mistura química é feita no investimento em produções de atributos venenosos. Assim Angola esquece como outros antecessores construir escolas para crianças preferindo gastar milhões nas eleições que nunca serão justas e democráticas e cujos resultados são premeditados. Mesmo sem guerras vai-se investir fortunas num exército sofisticado que só protege uma família e que não tem nada com o resto da população, isto é pilhafricanismo. O que produz o desenvolvimento duma pátria encontre o conforto nas lixeiras nos laboratórios do parlamento e da governação. Estas instituições estabelecem o mecanismo para adormecer caoticamente a população. Isto Angola já entendeu e esta praticando. Como? Angola vai aproveitar desta brecha de desleixo político que colocou no seio da juventude (alem dos herdeiros), dando-lhe mais facilidade nos passatempos. E assim que se nacionalizou como património cultural as famosas maratonas de música implementado cuidadosamente nos bairros, onde existe muito mais facilidade de obter drogas e lançar-se numa prostituição juvenil bem calculada. Queira como não Angola vai doravante investir muita fortuna construindo fábricas de bebidas alcoólicas. Esta única via vai forçar o desempregado nela mergulhar sem pensar. O eixo Angola-Brasil é uma via eficaz na comercialização da droga proveniente de América Latina. Nos bairros mais recuados de Luanda, bairros onde a elite e famílias nunca residem, onde não há luz nem água e prevalece a lei da selva tipicamente angolanizada, a juventude dança até afogar-se nos copos da kapuca/kaporoto. Como em toda África, os pais desempregados já não tem poder sobre esta juventude, dando mais já não aguentam pagar os estudos desta. Nesses bairros também a juventude é abandonada entre as mãos de novos dinossauros religiosos animados com o espírito glutinoso. O político que tanto explorou esta juventude encontrou outras formas de explorarão abandonando-a ao solto de raposos pregadores de bênções para acabar os restos de ossos mesmo sem carnes em nome da religião.

 Enquanto isto se desenvolve no terreno, os herdeiros vão estudando para exercer amanha a chefia dos actuais manda-chuvas, pais crocodilos. A juventude foi entregue a maratona e cerveja enquanto a criança acusada de feiticeira é abandonada a sorte da rua. Quem será o futuro de Angola?


Nkituavanga II