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sexta-feira, 1 de maio de 2009

CARTA ABERTA a Sua Exc. Rev. Pastor LUIS NGUIMBI, Secretario Geral do Conselho das Igrejas Cristas de Angola (CICA)

Shalom!

Sendo cidadão angolano, cristão e Servo do Senhor, vejo-me na posição, e como dever de qualquer patriota, Sentinela no corpo de Cristo de obrar de forma a participar ao desenvolvimento da minha pátria quer no sentido económico, social ou cultural conforme a inspiração divina, capacidade física assim como intelectual. Todavia a boa vontade nunca tem faltado aos angolanos de qualquer tecido social, independentemente do estatuto que a sociedade oferece baseando-se num ponto de visto político, de oferecer a esta nação o produto do seu suor que não deixe de ser um subconjunto das células do sangue derramado dos antepassados que heroicamente lutaram e defenderam com dignidade esta querida pátria, que procura hoje estabelecer-se como nação democrática depois de longos anos de lutas injustificáveis impostas pelo egoísmo humano do angolano incentivado pela guloseima da oligarquia estrangeira na acumulação da mais-valia. Portanto é na evolução deste processo reflexivo que alguns de nós talvez não temos encontrados órbitas para onde encaminhar a nossa contribuição; visto as experiências individuais dos ocoridos no nosso solo superpolitizado onde as divergências em opiniões não são muitas vezes bem vindas.

Referindo-me a sua pessoa, Sua Excelência não me sinto frustrado nem intimidado de desvaziar o que acho positivo para com a nossa sociedade já que relaciono-me com uma personalidade ecclesiástica cuja a re-eleição prova o savoir-faire no círculo cristão onde o amor, tolerância e perdão são alicerces que garantem uma união coesa para o sucesso em qualquer empreendimento, progresso e mesmo familiarização. Noutro lado, a sua recepção com toda a delegação ecuménica pela Sua Excelência Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos prova também como o meu Sr Reverendo é uma notável voz no seio desta nação e prova o papel decisivo que a Igreja desempenha e a sua consideração nela. Dirigir-me hoje ao Sr Rev não é acidental mas tenho a certeza que Deus, meu e seu Criador guiou minhas mãos para traçar-lhe essas linhas, com simplicidade, pois é também com antecipação que vejo com toda certeza a sua reação, acreditando que é no percurso das mesmas águas que estamos nadando.

Áqui não há elusões, porque o Sr Revendo como eu, sabemos sem sombra de dúvida que o ano 2008 é o ano de paz para os angolanos. 2008 foi divinamente declarado ano de inicio duma nova etapa histórica, numa nova dimensão na presença do Senhor Deus. Sabendo certamente que a presença de Deus é anunciada e notificada pela invasão da paz, amor e vitória na sua circunferência, uma vez esta está disposto a obedecer.

O ano 2008 é o ano das primeiras eleições livres em Angola. Neste ano vai-se corrigir os erros cometidos entre angolanos tanto em 1975 como em 1992. Um ano no qual Angola vai lançar o seu primeiro passo certo e gigante na penetração da liga das nações democráticas. As eleições, uma vez justas e livres permitirão aos angolanos esta penetração e darão um novo dinamismo nas esperanças.

A experiência política de Angola em relação as eleições é mesma amarga porque originou umas páginas cicatrizadas na memoria histórica deste dicionário. Contudo as eleições deste ano serão diferentes porque:

1. O angolano que foi decepcionado em 1975 e 1992 cresceu com o tempo e ganhou uma certa maturidade política.

2. Houve grandes mudanças dos componentes na liderança e no todo no seio do xadres do movimento político.

3. A história de Angola já tomou um rumo diferente já que as visões dos partidos políticos evoluiram e mudaram de expetativos. O político fez um estudo profundo baseando-se pelo preço pago na faturação da guerra. Este já apercebeu que o heroíco povo necessita um certo respeito.

4. Angola necessita uma democracia onde a lei será respeitada e a constituição não seja propriedade privada de individuo ou duma organização. Angola já se inseriu no vento da mundialização onde o progresso depende da boa vontade de leadership, patriotismo, livre decisão e trabalho sério etc. Angola penetrou numa via de único sentido ao progresso onde voltar atraz será científicamente empírico, políticamente suicidário, económicamente fatal, socialmente utópico e espiritualmente demóniaco.

E porquê não se coloque o ponto 5, justificando a ação cautelosa da igreja na aniquilação de confusões, na preparação espiritual de eventos anulando a ação do inimigo desda atmosfera invísivel.

Para mim o inicio deste ano se anunciou de forma positiva com grandes projetos e no desejo de crescer nas minhas tarefas no fulcro da paz e alegria. Gostaria de ver este meu desejo realizar-se para cada cidadão desta heróica pátria, portanto os acontecimentos de Pakistão (o assassinato de B. Bhutto) e as atrocidades nas terras de J. Kenyata (Kenya) raptaram-me a serenidade e deixaram-me perplexo. As imagens dramáticas destas carnagens que desfilam no espelho da minha caixa televisiva apoderaram-se da minha paz desta noite fria do inverno e submeteram a minha consciência no refugio do mundo de reflexão onde não só presenciei a densidade da obscuridão desta noite de pensamentos mas que também forçou-me a penetrar o espaço bíblico a procura duma saída para que Angola não conheça esta tragédia. Foi neste mar de pensamentos noturnos e intercedendo deparei-me com a personalidade do Reverendo Nguimbi para desaguar o que acredito na realidade foi uma semente que o Senhor semeou no meu coração para o bem de Angola.

Eu não gostaria que Angola revivesse as experiências de 1992 onde a caça ao homem foi uma vitória política do angolano contra o angolano, enquanto observadores internacionais assistiam com gargalhadas comendo saladas feitas com o sangue do angolano e por cima com bolsos cheios de verdes deixaram o povo em óbito sem luto. Jamais Angola será sujeito de gargalhadinhas, caso o angolano entenda e decide o seu destino.

Sabeis, sua Excelência que Angola só pode ser erguida pelos angolanos sub a direção do seu Criador.

Prov 14:1
Toda a mulher (Igreja) sábia edifica a sua casa (Angola), mas a tola derruba-a com as suas mãos.

Sal 127:1
Se o Senhor não edifica a casa (Angola), em vão trabalham os (angolanos) que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela (Igreja).

Para que haja sucesso deste processo eleitoral até a paz duradoura é preciso anular com antecedência as fontes de confusão no seio da nação usando métodos harmoniosos. Sendo parte do Corpo de Cristo, a nossa luta é contínua mas que não seja carnal. A igreja tem de desempenhar um papel muito decisivo para ajudar o desenvolvimento no seio da nação. Neste périodo a Igreja deveria participar activamente na mobilização (apolítica) das suas massas, guardando a sua neutralidade no sentido de exclarecer a importância das eleições e o dever patriótico de cada cidadão (campanha educativa).

Prov 24:3-4
Com a sabedoria se edifica a casa, e com a inteligência ela se firma: e pelo conhecimento se encherão as camaras de todas as substâncias preciosas e deleitáveis.

O cristão angolano que faz parte duma população de maioria analfabeta pode ter enormes dificulfdades de discernir o significado de eleições. Ele não tem decisão na escolha, devido a falta de informação sobre o profilo de candidatos e partidos. A Igreja como instituição divina (e não governemental) deve ajudar a cidadania na sua livre tomada de decisão, sem influenciar-lhe de forma política ou manipulativa.

A militarização dos partidos políticos em Angola constitue um perigo constante aos princípios da democracia e a politização das forças armadas, segurança de estado e o corpo policial é um outro denominador evidente que constitue ainda um grande perigo nesta fase de eleições, capaz de ameaçar a paz duradoura que Angola merece e quebrar a esperança da unidade dos seus filhos.

Para tal acredito que Deus interpelou a minha consciência de rezar para a paz de Angola. Sabendo que dois são melhores que um; nesta visão penso que somente a intervenção adequada da Voz do Reverendo pode expandir esta ação no território angolano (Daniel 9:1-19) em:

1. Organizar mensalmente uma reunião de orações entre pastores e outros servos localizados em Luanda. Estes encontros serão uma vez em cada mês com agenda de interceder para vários sujeitos que podem constituir barreiras para o sucesso e paz apois eleições (amor, perdão do que aconteceram em 1975 e 1992, união entre partidos, unidade entre angolanos, oração contra o ocultismo, idolatrismo e tribalismo praticados desde então, sabedoria aos populares na tomada de decisão na escolha de candidatos, orar contra o banditismo político, invejo, competições internas etc.)

2. Decidir sobre a escolha de um dia nacional para orações (parece-me que tenho um testemunho interno que deve ser entre junho/julho). Que todas igrejas independetemente das doutrinas venham rezar só para salvagurdar a paz angolana (que não se procure um dia feriado).

3. Que o Reverendo realize palestras nas provincias para que a mensagem seja ouvida de um ponto ao outro e que toda Angola seja ajoelhada no dia decidido.

4. Caso a CICA tiver estruturas nas provincias, então que as provincias (nas cidades) tenham reuniões mensais de pastores e servos seguindo a agenda de orações conforme as instruções do Secretariado Geral para que haja uma só voz produzindo um resultado com eficácia.


A minha carta aberta simboliza uma solicitação com súplicas na partagem deste “peso” angolano que devemos todos levar para o beneficio do povo de Angola. A paz de Angola já foi proclamada e vai dorenavante depender da ação do próprio angolano, e a Igreja é chamada a tomar iniciativas estratégicas já que tem força e poder de determinar os acontecimentos e a direção da nossa nação.

Mais uma vez receba áqui meu Excelentíssimo Reverendo os meus respeitos e altas considerações pela atenção, compreensão e energia, e que Deus continua abençoando-lhe, sua familia e a nação que espiritualmente lidera não só para o Reino dos Ceus mas também para o progresso socio-económico e como soberánia política. Que o Senhor guie seus passos, Amen!

Seu servo

Nsimba JD
09 de Janeiro 2008


(Consulte por favor)
O denominacionalismo religioso no seio do Cristianismo
www.caaei.org/anexos/85.doc

A Igreja bíblica para o progresso de Angola
www.caaei.org/anexos/120.doc