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terça-feira, 2 de junho de 2009

AFRICA: O PRESIDENCIALISMO AFRICANIZADO

Até hoje não existe no mundo uma escola seja primária ou universidade para os presidentes. O Presidente ou chefe do governo nos estados democráticos não é uma condição natalícia como numa Monarquia, Dinastia ou num Reino onde este direito é reservado para familias ou clãs especiais como herança. Este vazio na formação de homens na liderança duma república prova que não há específicos critérios para ser presidente mas que exige-se certas qualidades, condições e características. O mundo já conheceu homens com altas qualidades intelectuais que na presidência tornaram-se por monstros contra seus povos e homens com uma base social que se considera péssima, que foram grandes líderes das suas nações: O Ronald Reagan, um actor de cinema foi um grande presidente que soube estimular a economia Americana. John Major antigo motorista de maximbombo liderou o governo británico fazendo menos gastos económicos e créditos deixando menos dívida. Fala-se hoje do presidente Joseph Kabila Kanambe na República do Congo, um militarista tendo um CV desconhecido. Não quero falar daqueles presidentes cómicos, bêbados, don-juans ou caçadores de saias, sangunários, ladrões, pugilistas, teimosos, irresponsáveis etc

Não é dificil ser um bom presidente mas não é fácil chegar a presidência duma nação. A história ensina-nós que a chegada a presidência difere-se de um elemento a outro, tanto como a saida. Cada teve um percurso diferente e menos special. Fidel Castro lutou numa revolução até conquistar o poder, emfin foi substituido por motivo de saúde e idade. Nelson Mandela foi eleito presidente de ANC e posteriormente presidente da RSA. Yeltsin organizou um golpe de estado contra Gorbatchov numa Russia em turbamulta. José Eduardo foi apontado para substituir o falecido Agostinho Neto. Mobutu capturou e matou Lumunba, prendeu o Presidente kasa-Vubu e auto-proclamou-se presidente. Ele foi na sua vez caçado pelo maquisarista Kabila. Nicolae Ceaucescu da Romenia foi caçado pelo povo depois duma falha das suas forças contra a Igreja em Timisoara. Nino Vieira, Samuel Doe foram massacrados pelas suas próprias forças armadas. Sadate e Kennedy foram assassinados. Saddam foi pressionado pelas forças estrangeiras e abandonou o palacio para uma toca. O Aristide de Haiti foi ordenado pelos guarda-costas de subir a avião para um destino descinhecido. Ao Kabila Kabangue foi ofertado a posição presidencial. Gordon Brown capturou o poder como estrategia interna do partido. Tabu Mbeki foi substituido devido a um escándalo político. O presidente Abacha da Nigeria suicidou-se num excess d’amenagement social num hotel de Lagos.

Um bom presidente procura cumprir o seu mandato evitando envolver-se em conflitos pessoais, familiares ou partidários. Procurar eternizar-se no poder reflete muita negatividade; que seja ditatorial, a falta de auto-confiança ao resultado sobre o seu serviço prestado no mandato, acumulação exagerada de riqueza, o desbanjo da economia nacional, loucura da morte, egoismo ou a gula do poder. O mandatório na Suiça tem somente um ano irrenovável no poder. Na frança o alto mandatório tem 7 anos com possibilidade de 2 mandatos. Em Africa usa-se manipulativamente o poder conferido para oferecer-se mandatos indeterminados e ilimitados assim encontre-se presidentes com mais de três decadas no poder como: Mobutu, Kaunda, Idi Amin, Nyerere, Bokassa, Paul Biya, Jose Eduardo dos Santos, Bernard Bongo, Kadaffi, Museveni, Sassou etc Ainda muitos vão aparecer usando a nova estrategia do cículo rotativo inventado por Putin.

Um bom presidente tem vocação para com esta posição. Ele deve-se respeitar e fazer respeitar a lei. Assim terá a qualidade de obedecer as leis constittucionais e respeitar as instituições. Ele não é complexado, não sofre de nenhum conflito de interesse ou inter-pessoal sabendo distinguir-se entre o presidente da nação e pai da familia. A vocação é um atributo nato, que não se recebe a natureza ou aprende-se na escola. A vocação permite o desenvolvimento moral do leadership spirit. Acredita-se que a vocação é a tal chamada para um serviço prestado com amor e sucesso.

Leadership é saber servir com exemplos e não se servir. Sacrificar-se noite e dia, no frio ou no calor para ver o seu povo progredir como digno cidadão com uma consciência nova. Dirigir a força quando for necessário mas sempre com amor, perdão e castigo; isto é com a justiça da lei e não na ditadura. O bom Presidente sabe colocar os interesses nacionais em posição cimeira. Esta qualidade não é temporária como tem-se notado no Continente africano. O Presidente deve colaborar com outros, sabe ouvir, prestar atenção, pedir conselhos e respeitar os colegas do colégio político. Aprende dos outros tanto no país como no exterior; cooperação. Um bom líder tendo uma consciência livre e moderada não deve depender da CIA ou KGB para melhor dirigir. Um presidente não deve ter inclinações políticas desequlibradas e não ser um militar activo, isto não conjugue democraticamente. A presidência é como uma qualquer função que se desenvolve seguindo o job description da corporação. Esta função torna-se díficil se o homem for burocrático e quando o chain of command e a organigrama não são respeitados; dai temos um presidente em cima da lei e das instituições..

As condições corporais (física) jogam nenhum papel na presidência (Abdou Diouf foi alto mas Bongo é pigmeu) mas é preciso ser apto e saudável. Um bom presidente necissita ter uma rica sabedoria. A supra-inteligência é necessária mas não é uma obrigação, pois a experiência, determinação, motivação e desejos são decisivos. Não quere-se áqui dizer que mesmo um analfabeto pode ser presidente. Desde que a pessoa é patriota, isto quando tem amor para com o seu povo, ama as estruturas e o território. O patriotismo é o estado do coração do cidadão que espere defender a sua pátria. Pouco importa ser democrata ou republicano mas ter uma pouca inclinação nacionalista é importante numa Africa que foi sempre mercado de recursos para outros. O nacionalismo não tem nada haver com a ditadura e não é proteccionismo politico-económico.

O bom presidente é sempre um visionário que trabalha com um programa, planos estabelecidos. Ele trabalha para o desenvolvimento da sua pátria e não procura enriquecer-se primeiro. Seus colaboradores vão imitando-lhe arduamente fornecendo um trabalho de sucesso. Um visionário é sempre Pai da nação porque não só trabalha com os parlamentares, políticos mas a nação inteira é mobilizada atraz dele. Um visionário utiliza sempre as criticas e sugestões da oposição como pontos estimulativos para o sucesso. Não vê no opositor um inimigo mas um adversário em opiniões divergentes mas construtivas. Um visionário em Africa deve aproximar-se do seu povo para comunicar a sua visão atravez comicios, visitas. Qualquer presidente é um entrepreneur porque a sua tarefa exige estudar, planificar, organizar, investir, controlar, tomar decisões e possuir um discurso accessível ao povo.

Não devemos neglicenciar o papel da Primeira Dama ou simplesmente a esposa do Presidente. A história prova muitos casos de bondosos que tornaram-se violentos por causa da influência das donas do poder. A mulher do presidente deve se sentir importante e tem um papel positivo na sociedade. Ela deve se sentir mãe, isto é uma exigência da tradição africana porque a posição da mãe requere muito amor, carinho ao povo. A primeira dama é o primeiro conselheiro de cada presidente no mundo. Ela deve saber algo sobre a cultura do povo, por isso na tradição africana é sempre aconselhável que a Primeira Dama seja otoctone, mesmo nos países da dominação patriarcada. Como na história, muitos dirigentes estragaram suas posições, reputações e muitos até perderam suas vidas. A primeira dama não deve ser uma flor para ornear o palacio presidencial ou um modelo para colorizar as viagens presidenciais e representar a beleza nacional no além-fronteira. Ao contrário deve ser um espelho donde emana a luz da bondade duma nação rica em tradição, cultura e amor. Ceaucescu com a influência negativa da esposa foi um bom ditador que teria uma vida salva mas acabou por ser fuzilado ao lado da Mãe da nação. Até áqui não houve ditador forçado ao asilo deixando atraz sua esposa. Os que fugiram levaram suas esposas para descubrir em conjunto a nova aventura mas viu-se nas Filipinas onde a primeira dama voltou a nação depois da morte do ditador Marcos no asilo. Ainda me lembro de uma das esposas do antigo presidente da Uganda Idi Amin que na cidade de Colonha (Alemanha) nos anos 80 desenrascava-se na prostituição.

Podemos circular em Washington, Texas, Paris, Zurich, Londres ou em muitas outras cidades do mundo desenvolvido e teremos a chance de se deparar com antigos presidentes ou chefes de governos como George Busch, Jacques Chirac, Tony Blair, Helmuth Kohl etc como prova duma maturidade política e democracia enquanto este facto é raríssimo em Africa onde os ex-presidentes não se encontrem em cidades ou mesmo aldeias por duas razões

1. Em Africa os presidentes são ditatores que usurparam o poder com forças e procurem sempre eternizar-se na cadeira presidencial até que a morte os separa da nação. Porém pelas forças da natureza muitos são golpeados pelos militaristas que os forçam a prisão ou a um asilo antecipado na Europa, especialmente no país dos seus protegés patrões que defenderam, usurpando a economia do seu povo, acumulando toda a riqueza no país destes que os expulsarão depois de os chupar toda a massa.

2. Uma vez chefe do governo ou presidente, o africano no poder posiciona-se em cima da lei. Esta suja vaidade torna a sua posição numa impossibilidade de readaptar-se como cidadão normal, por isso muitos dos antigos presidentes não conseguem respeitar seus sucessores e procurem sempre voltar a cadeira presidencial. Qualquer antigo presidente que foi ditador representa um perigo ao novo presidente. Kenneth Kaunda mesmo com a idade avançada procurou desafiar Tchiluba. Museveni voultou ao poder com as forças de armas. Sassou Nguessu com ajuda da França e Angola derrubou o regime de P. Lissouba e se reinstalou no poder.

Embora estas experiências a Africa pode orgulhar-se daquilo que Nelson Mandela tem demonstrado. Hoje pode-se encontrar Nelson Mandela e Tabu Mbeki nas grandes cidades da nova República Sul Africana. De Maputo a Windock pode-se ver Joaquim Chissano e Samuel Shafiihuma Nujoma.

Presidentes de Angola

Angola ainda não teve a possibilidade de ter um presidente porque nunca houve-na na realidade um governo nacional. Devido das condições politico-militares, a primeira República foi-se dividida entre a zona livre da oposição armada e do governo comunista. Embora não eleito Agostinho Neto dirigiu Angola da independência, involvida num conflito armado até a sua morte precipitada. Neto proclamou-se sempre comunista mas a presidência alterou muito a sua percepção. Neto não foi santo mas foi nacionalista e bom patriota. Com mais experiência na presidência angolana Neto começou a entender a realidade escondida do comunismo e apecebeu-se dos erros fatais do MPLA e começou a liderar o país numa outra via intermediante. Ele foi forçado pela estrategia ideológica de dividir os angolanos para conquistar o poder. O fraccionismo foi um movimento que facilitou-lhe descubrir muitas realidades e factores histórico-politicos de Angola que iriam desbloquear a morosidade do progresso socio-político de Angola. Neto não foi só o Presidente de Angola mas tinha o amor a sua pátria, isto prova como era Pai da nação e a sua educação cristã facilitou-lhe esta coesão. Se vivesse mais tempo Neto iria certamente unificar os angolanos. Agostinho Neto tinha qualidades e características de um bom presidente mas faltou-se condições para presidir os destinos de Angola por mais de cinco anos. Foi altamente considerado pelos homólogos africanos e tinha respeito dos seus colaboradores. Nunca se posicionou em cima da lei mas tinha um espaço político muito restricto tanto no interior como no estrangeiro. Foi muito debilitado pelo sistema comunista escolhida porque a sua visão era loucura para o comunismo.

Eugenia Neto nunca foi mãe de Angola. Há quém em Angola não sabe este nome e mais da metade da população nunca ouviu este nome. Poderia este nome ser reconhecido só porque completa-se por Neto. Até há quém nas eleicoes de 1992 beneficiou votos só porque era confundido no interior do país por Agostino Neto. Não temos memoria dela visitar oficialmente uma comuna de Angola ou mesmo um hospital em Luanda. Talvez a consciência de Neto era auto-julgada. O estilo da presidência aplicado por Neto foi europeu, isolando-se do povo mas procurou advezes aproximar-se dele para transmitir a sua visão atravez comícios, palestras ou colóquios feitos por vários dirigentes tais como comissários provinciais ou municipais e outros ministros.

Agostinho Neto que era amigo do líquido fermentado faleceu na URSS numa doença, foi substituido por um antigo estudante da Russia, Dos Santos. Neto que era avoltado pelo Lúcio Lara, Iko Carreira, Pascual Luvualo seguido de longe por Ambrósio Lukoki foi surpreendidamente substituido pelo jovem ministro de plano José Eduardo dos Santos, cujo as predilecções políticas não apontavam como canditato. Neto faleceu na pobreza, sem poder deixar uma fortuna a familia mas conseguiu de ocupar um lugar inesquecível na história do povo embora que pese nele a memoria do 27 de maio.

O que pode se dizer sobre Eduardo dos Santos e Ana Paula na segunda Republica....!

JDNsimba©pub2009/062