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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

EXCLUSAO SOCIAL NO EMPREGO COMO SEMPRE NO UIGE

O princípio filosófico abrevia a vida numa compreensão atómica: ‘’o homem nasce, cresce, reproduz e morre’’ nas ocorrências deste processo existem muitos atributos para que o homem seja realizado tais como comer e beber, estudar, trabalhar, enriquecer-se, se casar, envelhecer etc. Esta lógica é um fatalismo filosófico para cada ser humano em qualquer sociedade. Na sociedade angolana, os parámetros desta realidade foram trocados, assaltados e bloqueados pelos engarrafamentos. Isto porque a sociedade angolana tem uma lógica manipulada cuja a chave encontre-se subpoder do dirigente que determina a rota da evolução da sociedade, das camadas sociais e de tudo.

Sabe-se pela experiência que nos seus belos discursos o MPLA sempre tem prometido o bem estar social de vida aos angolanos. Tantos os discursos como as promessas nunca foram cumpridos. Estas falsas promessas foram sempre feitas emocionalmente sem portanto calcular as condições para criar-las. Assim prometeu-se sub a frustração das eleições a construção no território nacional de milhares de casas para o povo em 4 anos de mandato. Como a ilusão tem curtas pernas, destroe-se anarquícamente bairros da população para construir casas luxuosas para os milionários. Assim, seguindo o seu dirigente máximo, o governador do Uíge prometeu emocionalmente a juventude da provincia a completa recuperação de toda a industria paralisada e empresas abandonadas, e postos à disposição do mercado do emprego priorizando-lhe. Como o tempo não gosta do Partido do Trabalho e o ‘’Sr. Razão’’ do movimento dos camaradas vive em cimiteiros; mandem-nos como de hábito, esperar. Hoje a juventude da provincia cafeícola do norte esta chorando como de custome. Isto porque a política da exclusão social empregue na autróra continua no mesmo lenco assim o ‘’quém tem padrinho na cuzinha’’ vai dominando este mercado de emprego em qualquer provincia angolana.

Nas décadas passadas o governo investiu fortunas na formação desta juventude. Infelizmente o mesmo governo decidiu não aproveitar o quadro nacional formado com suor e gotas de sangue devido a mesma política da exclusão social preferindo cambiar-lhe no asílo pois o quadro formado era filho de kabolas. Hoje, muitas familias difícilmente investem fortunas para colocar filhos nas escolas, dando que tudo se faz em dólares como se fossemos todos americanos. Lamentávelmente muitos destes quadros formados nestas durezas acabam nas ruas praticando a zunga para sobreviver e sem a mínima chance de um dia ajudar seus parentes e filhos. Estes não encontrem furros no sistema por falta de relações já que ninguém pode impulsionar-lhes no mercado do emprego. A lógica: nunca foram colegas dos filhos de dirigentes nas escolas e nunca o serão nas empresas! Portanto os filhos dos nossos dirigentes preparam-se para serem os dirigentes dos nossos filhos e netos. ‘’Nascemos na luta crescemos na vitória’’ disse Agostinho Neto. Pergunto-me sempre nascemos nos ou nasceram eles? De quém na verdade falou o nosso imortal Presidente?

Quém observa esta Angola numa prisma informática não pode explicar como a própria juventude desta nação da economia emergente morre desempregada, enquanto multidões de estrangeiros atraversam dia por dia as fronteiras angolanas já com um emprego assegurado e facilmente penetram o mercado do emprego e finalmente feitos muatas, dirigindo otoctones. Mesmo os que na terra veem sem qualificação e experiência tem hoje o poder de kinkalar-nos nas ruas de Luanda. ‘’O futuro de Angola depende do angolano’’ disse Barack Obama mas a lógica e a prática angolana está dizendo que o furturo de Angola depende do estrangeiro. Esta política da exclusão social vai mergulhando-nos num neocolonialismo económico desta vez gerido pelo próprio angolano. Da forma que a juventude do Uíge chora é de tal forma que jovens de Cunene, Cabinda e de todas as provincias de Angola, incluindo a capital choram. Em Angola fez-se do emprego uma questão de classes!

O desemprego é alimentado por várias razões mas também tem consequências nefastas. Há longo que se vive as consequências do falhanço do ano de formação de quadros. Ainda viverá-se num futuro uma crise devido as lacunas feitas na formação contínua de quadro nacional, da política da exclusão e selectiva. O desemprego que se vive é um investimento governemental que espere atingir seus desejos: que seus filhos sejam amanhã dirigentes dos nossos filhos porque o filho do dirigente foi sempre estudando enquanto o filho de kabola passa a eternidade na zunga. O governo permite-se investir na criação e crescimento de vagabundos. Os ociosos de hoje serão os drogados do futuro, formados na bandidagem pronto à matar por um tubo de cigaro. Eles irão roubando, assaltando e assassinando quando forem mandatados. Porém as meninas vão abraçar a prostituição como única opção. Outras por falta da educação serão indesejávelmente concebidas, irão reproduzindo-se incontrolávelmente para aumentar o números de crianças de ruas.

Sacrificar gerações só para conseguir um objetivo que a própria consciência condena não é sabedoria! Aprende-se com erros mas parece-me que na realidade angolana não se sabe ainda que a mentira ou falsas promessas não fiquem eternamente indescubertas. Temos um território vazio porque a população é muito reduzida e temos recursos em todo o espaço nacional para explorar e transformar, quer dizer há emprego para todos!. Se houve empregos para estrangeiros, deve então haver empregos para otoctones. Questão de vontade, do patriotismo!



JDNsimba©2009publ/082